1
1-7
Paulo ainda
não conhece os cristãos de Roma. Por isso, apresenta-se com todos os seus
títulos: servo, apóstolo e escolhido. Sua missão é anunciar o Evangelho, isto
é, a Boa Notícia que Deus revela ao mundo, enviando Jesus Cristo para libertar
os homens e instaurar o seu Reino. O centro desse Evangelho é, portanto, a
pessoa de Jesus na sua vida terrena, morte e ressurreição, que o constituem
Senhor do mundo e da história. A originalidade da missão de Paulo é conduzir os
pagãos à obediência da fé, ou seja, uma submissão livre, que os faz viver de
acordo com a vontade de Deus, manifestada em Jesus Cristo.
5
1-11
Justificados pela fé em Jesus Cristo, estamos em paz com
Deus; por isso, começamos a viver a esperança na salvação. Essa esperança é
vivida em meio a uma luta perseverante, ancorada na certeza, garantida pelo
Espírito Santo que nos foi dado (VV. 1-5). Deus manifestou seu amor em Jesus
Cristo, que morreu por nós quando ainda éramos pecadores (VV. 6-8). Agora que
já fomos reconciliados podemos crer com maior razão e esperar que seremos
salvos pela vida-ressurreição de Jesus (VV. 9-11).
O termo “tribulação”, que aparece muitas vezes no Novo
Testamento, se refere às opressões de que é vítima o povo de Deus. Opressões e
repressões por parte dos poderes humanos, que procuram reduzir o alcance do
testemunho cristão para que este não abale a estrutura vigente na sociedade.
12-21
Paulo contrapões duas figuras, dois reinos e duas
conseqüências: Adão-Cristo, pecado-graça; morte-vida. Adão é o único e a
personificação da humanidade mergulhada no reino do pecado e caminhando para a
morte; Cristo, o novo Adão, é início e personificação da humanidade introduzida
no reino da graça e caminhando para a vida. Paulo não está interessado nas
semelhanças entre Cristo e Adão. Ele os contrapõe apenas para mostrar a supremacia de Cristo e do reino da
graça sobre Adão e o reino do pecado;
pois o dom de Deus supera de longe o pecado dos homens.
6
1-11
Jesus foi morto por um sistema social injusto, pecaminoso e
mortal. Mas Deus o ressuscitou para sempre, condenando assim o sistema que
matou Jesus. Pela fé e o batismo, o cristão participa da morte e ressurreição
de Jesus. Em outras palavras, cristão é aquele que passa por uma transformação
radical: rompe com o sistema pecaminoso, gerador de injustiça e morte, e
ressuscita para viver vida nova, que promova a justiça e a vida.
8
1-13
A libertação do homem foi realizada por Cristo não como ato
vindo de fora, mas como obra que se realiza a partir de dentro. Cristo se
encarnou, trazendo o Espírito de Deus para dentro da própria condição humana,
que é dominada pelo egoísmo. Desse modo, o homem pode seguir a Cristo que
passou da morte para a ressurreição, passando do egoísmo para a doação de si
aos outros. A entrada do Espírito de Deus no homem, mediante Cristo, determina
uma renovação pela qual o homem sente, pensa e age conforme a vontade de Deus.
Em lugar da “lei dos instintos egoístas, surge a Lei do Espírito que dá a
vida”. Trata-se de um novo dinamismo interior que, com a própria força de Deus,
liberta o homem da tirânica “lei do pecado e da morte”. Em lugar do pecado ou
egoísmo, que determina o ser e ação do homem, existe agora o Espírito ou o
Amor; em lugar da morte , existe a vida. A unidade entre querer o bem e
realizá-lo é recomposta. A situação desesperadora do homem é superada. Com
isso, as relações sociais podem ser refeitas e a estrutura social injusta e
opressora pode ser superada.
14-17
Contrapondo-se ao egoísmo, a ação do Espírito cria um novo
tipo de relacionamento dos homens entre si e com Deus: a relação de família.
Agora podemos chamar Deus de Pai, pois somos seus filhos. E isso é a base para
as relações sociais compostas: o clima de família se alastra, porque todos são
irmãos. A herança prometida por Deus aos “que são guiados pelo Espírito”
consiste em participar do Reino. Mas isso implica a seriedade de um testemunho,
como o de Jesus Cristo.
18-27
A luta contra o egoísmo é possível para aqueles que entram
no âmbito do Espírito. Essa luta não terminou, mas está em contínuo processo:
vivemos na esperança de conseguir a vitória final. Esse anseio é universal e se
expressa nos clamores da natureza e do homem. A natureza espera ser
libertada do uso egoísta, para ser
partilhada e colocada a serviço de todos. Os homens esperam ser libertos de
toda exploração e opressão que escravizam seus corpos, a fim de sempre mais se
projetarem gratuitamente a serviço dos irmãos. Entretanto, a salvação plena é
uma realidade futura e inimaginável. Cegos pelo sistema egoísta, muitas vezes
não conseguimos enxergar o caminho. É o clamor do Espírito que nos dirige,
então, orientando-nos conforme a vontade de Deus.
28-30
O projeto eterno de Deus é predestinar, chamar, tornar justo
e glorificar a cada um e a todos os homens, fazendo com que todos se tornem a
imagem de seu Filho e se reúnam como a
grande família de Deus. O projeto não exclui ninguém. Mas o homem é livre: pode
aceitar ou recusar tal projeto, pode escolher a vida ou a morte, salvar-se ou
condenar-se.
31-39
Com o amor de Deus, manifestado em seu Filho, nada mais
temos a temer: nem dificuldades, nem perseguições, nem martírio, nem qualquer forma de dominação. Nada poderá
desfazer o que Deus já realizou. Nada poderá impedir o testemunho dos Cristãos.
E nada poderá opor-se à plena realização do projeto de Deus.
9
1-5
Nos capítulos 9-11, Paulo analisa a situação do povo de
Israel, procurando responder à difícil questão: “Não é uma contradição o fato
de que o próprio povo escolhido, portador da história da salvação, e se
tenha rejeitado Jesus e se tenha
excluído da salvação?”Esse problema escandalizava judeus e pagão e comprometia
o êxito do Evangelho.
6-13
Os privilégios ou promessas de Deus a Israel não falharam. O
verdadeiro Israel, herdeiro das promessas. Não são os filhos carnais de Abraão,
mas aqueles que têm fé, como ele teve. Além disso, Deus escolhe quem ele quer
para colocar a seu serviço, a fim de assegurar a realização do seu projeto na
história.
14-29
Neste texto não devemos procurar uma doutrina fatalista
sobre a predestinação. Paulo apenas salienta os imprevisíveis chamados de Deus, que age soberanamente, escolhendo homens e povos como
instrumentos de seu projeto. Ao escolher, Deus é soberanamente livre; não é
obrigado nem a ter misericórdia nem a punir. Isso não quer dizer que Deus seja
injusto. Um vaso reclama contra um oleiro? Os profetas anunciaram tanto a
salvação dos pagãos como a eleição de Israel.
10
5-13
Não é preciso fazer grandes esforços (subir ao céu ou descer aos abismos) para conhecer a vontade de Deus, porque Deus veio ao nosso encontro em Jesus Cristo. O Evangelho da salvação é acessível a todos sem distinção, e está pronto a ser acolhido, a fim de libertar o homem e conduzi-lo para a vida nova. Seu conteúdo fundamental é este: Jesus é o Senhor da vida, porque Deus o ressuscitou dos mortos. E esse anúncio supõe apenas que o homem acredite em Jesus, dê sua adesão a ele e o testemunhe na vida prática.
10
5-13
Não é preciso fazer grandes esforços (subir ao céu ou descer aos abismos) para conhecer a vontade de Deus, porque Deus veio ao nosso encontro em Jesus Cristo. O Evangelho da salvação é acessível a todos sem distinção, e está pronto a ser acolhido, a fim de libertar o homem e conduzi-lo para a vida nova. Seu conteúdo fundamental é este: Jesus é o Senhor da vida, porque Deus o ressuscitou dos mortos. E esse anúncio supõe apenas que o homem acredite em Jesus, dê sua adesão a ele e o testemunhe na vida prática.
13
8-10
Na vida cristã a única tarefa que não tem limites é o amor,
pois ele não só resume tudo o que deve
ser feito, mas é também o espírito com que deve ser feito. Como nos evangelhos,
Paulo também ver o amor como a expressão perfeita de toda Lei.
15
1-6
Os cristãos mais conscientes não devem usar a sua força e prestígio para impor aos outros a própria opinião e consegui poderes sobre a comunidade. Não foi esse o modo de proceder de Jesus Cristo, que veio para servir e dar a vida. O respeito e o bem do outro são o maior sinal do cristão consciente.
7-13
O acolhimento mútuo no amor é o caminho para que as mentalidades diferentes não quebrem a união da comunidade. assim fez Cristo, que acolheu judeus e pagãos num só povo. Além disso, a comunidade não deve julgar que o fato de pertencer ao povo de Deus seja privilégio que a separa dos outros; antes, é fonte de responsabilidade, pois a vocação da comunidade é acolher todos como irmãos, testemunhando assim o projeto divino de reunir todos os homens.
15
1-6
Os cristãos mais conscientes não devem usar a sua força e prestígio para impor aos outros a própria opinião e consegui poderes sobre a comunidade. Não foi esse o modo de proceder de Jesus Cristo, que veio para servir e dar a vida. O respeito e o bem do outro são o maior sinal do cristão consciente.
7-13
O acolhimento mútuo no amor é o caminho para que as mentalidades diferentes não quebrem a união da comunidade. assim fez Cristo, que acolheu judeus e pagãos num só povo. Além disso, a comunidade não deve julgar que o fato de pertencer ao povo de Deus seja privilégio que a separa dos outros; antes, é fonte de responsabilidade, pois a vocação da comunidade é acolher todos como irmãos, testemunhando assim o projeto divino de reunir todos os homens.
16
25-27
O louvor exprime a alegria da Igreja que já vive o tempo que
se realiza o mistério da salvação. (cf. nota em Ef 3, 1-13).
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