1-7
Estes capítulos apresentam uma classificação dos sacrifícios e dão normas para as cerimônias com que são realizados. Sacrifício é um ato pelo qual o homem oferece a Deus algo que ele estima muito, tornando-o sagrado. Tal generosidade atinge o máximo significado quando alguém sacrifica a se próprio, em vista de outra pessoa ou de uma causa que poderá beneficiar a outros (cf. Jo 15,13).
1
1-17
Holocausto é um sacrifício no qual a vítima é queimada completamente e sobe ao céu em forma de fumaça. Trata-se de um gesto de homenagem, gratidão e súplica a Javé. A imolação é um talho que se faz no pescoço da vítima para retirar-lhe todo o sangue. A expressão "suave odor para Javé" mostra que Deus aceita o sacrifício. O sangue é a vida do animal e, no sacrifício, representa a vida da pessoa que o oferece.
2
1-16
A oblação (ou oferta queimada) é própria de uma agrária, e consiste em oferecer alimentos, e não animais. Uma parte era queimada (memorial) e o resto destinava-se aos sacerdotes. O fermento é proibido, porque corrompe o alimento; enquanto o sal é obrigatório, porque o conserva e lhe dá sabor; além disso, é símbolo da amizade. As primícias são os primeiros frutos: porque são os melhores, se oferecem a Deus como sacrifício.
3
1-17
O sacrifício de comunhão, também chamado sacrifício pacífico, se caracteriza pelo fato de a gordura e o sangue, relacionados ao mistério da vida, serem reservados a Javé, Senhor absoluto da vida. O resto é consumido pelos sacerdotes, pelos ofertantes e suas famílias. O sacrifício terminava com a refeição, sinal da amizade de Deus com o homem.
4,1-5,13
O texto leva em conta os pecados feitos sem consciência, mas que, apesar de tudo, deixam impuro o homem. Para se obter o perdão, é necessário um sacrifício, que varia conforme o culpado. O sumo sacerdote e a comunidade são considerados sagrados; nesse caso, se faz um ritual especia. Já o chefe e a pessoa do povo pertencem ao domínio profano, e o ritual é mais comum.O centro do sacrifício pelo pecado é o sangue, que é a sede da vida e tem força para perdoar o pecado (cf. Lv 17,11). Tais sacrifícios foram abolidos na Nova Aliança: a partir dela, só o sacrifício e o sangue de Jesus é que podem perdoar pecados (cf. Hb 9).
5
14-26
Quando o pecado causa dano às coisas de Deus ou do próximo, não basta confessar e fazer o sacrifício ritual: é preciso reparar o dano causado. Só a restituição confere eficácia ao rito.
6,1-7,38
Depois de ter descrito vários tipos de sacrifício, são apresentados aqui as normas a serem observadas pelos sacerdotes durante o ritual. Essas normas estabelecem também quais as partes da vítima que os sacerdotes tinham direito de conservar para si. Sobre a sacralidade do sangue, cf. nota em 4,1-5,13.
8,1-9,24
O ritual aqui apresentado salienta o caráter sagrado do sacerdote. Este rito reflete a mentalidade de que existem dois tipos de pessoas e coisas: as sagradas, que pertencem a Deus; e as profanas, que não pertencem a ele. Umas puras, outras impuras; umas "santas", outras que contêm pecado, isto é, não servem para o culto. Os profetas e o Novo Testamento proclamarão que o pecado não é mancha ou defeito externo, mas culpa que sai de dentro do homem (cf. Is 29,13; Mc 7,20ss).
Os sacerdotes e reis eram consagrados com a unção de óleo. Tornavam-se assim ungido de Deus (em hebraico, Messias; em grego, Cristo), mediadores entre Deus e o povo. A carta aos Hebreus mostra que todo o sacerdócio antigo foi superado: doravante, Jesus é o único sacerdote-mediador entre Deus e os homens (cf. Hb 5-8).
10
1-20
O texto é um conjunto de elementos reunidos artificialmente. O episódio de Nadab e Abiú salienta o perigo de profanar o sagrado, e serve de introdução para algumas instruções. Os vv. 16-20 são confusos e de difícil compreensão.
11,1-16,34
A lei sobre a pureza está unida à lei de santidade (Lv 17-26), como aspectos negativo e positivo da mesma exigência divina.Estas regras se baseiam em proibições religiosas muito antigas: e é impuro aquilo que pode aproximar-se de Deus, e é impuro aquilo que é impróprio para o culto divino ou dele é excluído. Essa concepção foi completamente abolida pelo Novo Testamento (cf. Mc 7,14-23; At 10).
11
1-47
Pureza e impureza, aqui, não significam algo de físico ou moral. Impuro é o que pode estar carregado de forças perigosas ou desencadeá-las. Muitos animais são proibidos para alimentação porque sua carne é considerada repelente ou anti-higiênica. Entretanto, no Levítico, a observância dessas leis tem objetivo religioso, que é participar do sagrado, ou seja, entrar na esfera da santidade de Deus. Cf., porém, At 10.
12
1-8
O texto deixa entrever a idéia de que a mulher que dá à luz perde algo de sua vitalidade, que é recuperada através de ritos que a unem a Deus, fonte da vida. Maria, mãe de Jesus, se submete a esta lei, levando a oferta dos pobres (cf. Lc 2,22-38).
13
Estes capítulos apresentam uma classificação dos sacrifícios e dão normas para as cerimônias com que são realizados. Sacrifício é um ato pelo qual o homem oferece a Deus algo que ele estima muito, tornando-o sagrado. Tal generosidade atinge o máximo significado quando alguém sacrifica a se próprio, em vista de outra pessoa ou de uma causa que poderá beneficiar a outros (cf. Jo 15,13).
1
1-17
Holocausto é um sacrifício no qual a vítima é queimada completamente e sobe ao céu em forma de fumaça. Trata-se de um gesto de homenagem, gratidão e súplica a Javé. A imolação é um talho que se faz no pescoço da vítima para retirar-lhe todo o sangue. A expressão "suave odor para Javé" mostra que Deus aceita o sacrifício. O sangue é a vida do animal e, no sacrifício, representa a vida da pessoa que o oferece.
2
1-16
A oblação (ou oferta queimada) é própria de uma agrária, e consiste em oferecer alimentos, e não animais. Uma parte era queimada (memorial) e o resto destinava-se aos sacerdotes. O fermento é proibido, porque corrompe o alimento; enquanto o sal é obrigatório, porque o conserva e lhe dá sabor; além disso, é símbolo da amizade. As primícias são os primeiros frutos: porque são os melhores, se oferecem a Deus como sacrifício.
3
1-17
O sacrifício de comunhão, também chamado sacrifício pacífico, se caracteriza pelo fato de a gordura e o sangue, relacionados ao mistério da vida, serem reservados a Javé, Senhor absoluto da vida. O resto é consumido pelos sacerdotes, pelos ofertantes e suas famílias. O sacrifício terminava com a refeição, sinal da amizade de Deus com o homem.
4,1-5,13
O texto leva em conta os pecados feitos sem consciência, mas que, apesar de tudo, deixam impuro o homem. Para se obter o perdão, é necessário um sacrifício, que varia conforme o culpado. O sumo sacerdote e a comunidade são considerados sagrados; nesse caso, se faz um ritual especia. Já o chefe e a pessoa do povo pertencem ao domínio profano, e o ritual é mais comum.O centro do sacrifício pelo pecado é o sangue, que é a sede da vida e tem força para perdoar o pecado (cf. Lv 17,11). Tais sacrifícios foram abolidos na Nova Aliança: a partir dela, só o sacrifício e o sangue de Jesus é que podem perdoar pecados (cf. Hb 9).
5
14-26
Quando o pecado causa dano às coisas de Deus ou do próximo, não basta confessar e fazer o sacrifício ritual: é preciso reparar o dano causado. Só a restituição confere eficácia ao rito.
6,1-7,38
Depois de ter descrito vários tipos de sacrifício, são apresentados aqui as normas a serem observadas pelos sacerdotes durante o ritual. Essas normas estabelecem também quais as partes da vítima que os sacerdotes tinham direito de conservar para si. Sobre a sacralidade do sangue, cf. nota em 4,1-5,13.
8,1-9,24
O ritual aqui apresentado salienta o caráter sagrado do sacerdote. Este rito reflete a mentalidade de que existem dois tipos de pessoas e coisas: as sagradas, que pertencem a Deus; e as profanas, que não pertencem a ele. Umas puras, outras impuras; umas "santas", outras que contêm pecado, isto é, não servem para o culto. Os profetas e o Novo Testamento proclamarão que o pecado não é mancha ou defeito externo, mas culpa que sai de dentro do homem (cf. Is 29,13; Mc 7,20ss).
Os sacerdotes e reis eram consagrados com a unção de óleo. Tornavam-se assim ungido de Deus (em hebraico, Messias; em grego, Cristo), mediadores entre Deus e o povo. A carta aos Hebreus mostra que todo o sacerdócio antigo foi superado: doravante, Jesus é o único sacerdote-mediador entre Deus e os homens (cf. Hb 5-8).
10
1-20
O texto é um conjunto de elementos reunidos artificialmente. O episódio de Nadab e Abiú salienta o perigo de profanar o sagrado, e serve de introdução para algumas instruções. Os vv. 16-20 são confusos e de difícil compreensão.
11,1-16,34
A lei sobre a pureza está unida à lei de santidade (Lv 17-26), como aspectos negativo e positivo da mesma exigência divina.Estas regras se baseiam em proibições religiosas muito antigas: e é impuro aquilo que pode aproximar-se de Deus, e é impuro aquilo que é impróprio para o culto divino ou dele é excluído. Essa concepção foi completamente abolida pelo Novo Testamento (cf. Mc 7,14-23; At 10).
11
1-47
Pureza e impureza, aqui, não significam algo de físico ou moral. Impuro é o que pode estar carregado de forças perigosas ou desencadeá-las. Muitos animais são proibidos para alimentação porque sua carne é considerada repelente ou anti-higiênica. Entretanto, no Levítico, a observância dessas leis tem objetivo religioso, que é participar do sagrado, ou seja, entrar na esfera da santidade de Deus. Cf., porém, At 10.
12
1-8
O texto deixa entrever a idéia de que a mulher que dá à luz perde algo de sua vitalidade, que é recuperada através de ritos que a unem a Deus, fonte da vida. Maria, mãe de Jesus, se submete a esta lei, levando a oferta dos pobres (cf. Lc 2,22-38).
13
1-44
Estas
prescrições visam a proteger a comunidade do contágio de doenças,
principalmente do contágio de doenças, principalmente da lepra, que é a mais
temida. Observe-se, no entanto, que a tendência é chamar de lepra muitas
doenças de pele, que realmente nada têm a ver com a lepra.
45-46
Ao
homem declarado leproso impunha-se um comportamento especial para que fosse
reconhecido e vivesse fora da comunidade. Jesus, no seu projeto de libertação,
vai até o leproso, o cura e reintegra na vida social (cf. Mc 1,40-45 e nota).47-59
As roupas e objetos poderiam tornar-se transmissores da doença. Note-se, porém, que aqui se chama de lepra qualquer mofo ou decomposição orgânica.
14
1-32
Todo ritual para purificação do leproso visava a reintroduzir o doente curado na comunidade, da qual fora excluído por causa da doença. O ritual ainda continuava, no tempo de Jesus (cf. Lc 17,11-19). A ação de Jesus é bem diferente da ação de Jesus dos sacerdotes, pois Jesus liberta a pessoa da doença, enquanto os sacerdotes só declaram se a pessoa está doente ou está curada.
33-57
Cf. nota em Lv 13,47-59.
15
1-33
A legislação sobre a vida sexual e as doenças venéreas é aqui influenciada por uma concepção misteriosa da sexualidade, e procura impedir que a vida sexual seja perturbada por forças ocultas. Sobre a atitude de Jesus diante de um caso assim, cf. Lc 8,43-48 e nota.
16
1-34
O grande ritual de expiação visa a livrar Israel de todas as falhas conscientes e inconscientes, e restabelecer as relações da Aliança de todo o povo com Javé. A carta aos Hebreus menciona essa liturgia, para mostrar que Jesus realizou definitivamente a expiação dos pecados: ele carregou o pecado do mundo e o expiou com seu próprio sangue (cf. Hb 9, 6-14 e nota).
17-26
Estes capítulos provêm coletânea de leis feitas imediatamente antes do exílio, e refletem provavelmente os usos do Templo de Jerusalém.São capítulos chamados Lei de Santidade, porque no centro está a santidade de Javé, a qual exige a santidade do povo: "Sejam santos, porque eu, Javé, o Deus de vocês, sou santo" (19,2; 20,7.26; 21,8; 22,32-33). O texto considera a santidade de modo principalmente ritual; o Novo Testamento retomará essa exigência, transportando-a para o campo da vida prática (cf. Mt 5,48; Lc 6,36).
17
1-16
O sangue não deve servir de alimento, porque ele é vida, e esta pertence unicamente a Deus. Esta lei sobre o sangue tem sentido educativo, porque mostra o caráter sagrado da vida. Jesus terminará sua missão derramando o próprio sangue, isto é, dando a própria vida.
18
1-30
No Egito e Canaã, os reis se serviam de relações incestuosas para manter e consolidar o poder político. Israel é chamado a ter uma identidade social nova, que preserva a unidade do grupo humano e, ao mesmo tempo, respeita a individualidade de cada pessoa. Nas proibições deste capítulo podemos notar a presença do sexto mandamento do Decálogo: "Não cometa adultério". O v. 21 proíbe o sacrifício humano como forma de culto: Deus é fonte e Senhor da vida, e não aceita culto nenhum que produza a morte.
19
1-37
Javé, o Deus que fez Aliança com o povo, exige, nessa união, que o povo seja santo, assim como ele próprio é santo. Tal santidade se caracteriza pela prática da justiça libertadora, para produzir um relacionamento comunitário que concretize o projeto de Deus. A norma fundamental é o amor ao próximo (vv. 17-19), incluindo o imigrante (vv. 33-34). As outras normas repetem e comentam os princípios básicos da nova sociedade, já exposto no Decálogo: não ter outros deuses, não manipular Deus, honrar pai e mãe, guardar o descanso semanal, não roubar, não levantar falso testemunho (cf. Ex 20,1-17 e notas), Note-se, ainda, a insistência em defender o pobre e o fraco (vv. 9-10.14). Podemos notar que este capítulo é um verdadeiro tratado de espiritualidade, que ensina o povo a trilhar o caminho da santidade.
20
1-7
Moloc era uma divindade antiga, à qual se sacrificavam crianças, Javé, porém, é o Deus da vida, e pune com a morte aqueles que adoram o deus da morte. Certos sistemas sociais modernos são verdadeiros Moloques, que devoram a vida do povo (cf. Jr 32,35 e nota).
8-21
Aqui vêm as penas que se referem às proibições sexuais já apresentadas em Lv 18.
22-27
Israel é um povo em aliança com Javé. Por isso, não pode viver segundo os projetos de outros povos. Pelo contrário, deve manter essa originalidade e dedicar-se inteiramente ao projeto de sociedade desejado por Javé.
21
1-24
As instruções sobre a vida e o comportamento dos sacerdotes se baseiam numa concepção da transcendência e distância de Deus em relação ao mundo. Por isso, o sacerdote é considerado alguém separado do mundo e purificado pela sua maior proximidade com Deus. No decorrer do tempo, essa maneira de pensar gerou privilégios para os sacerdotes, que acabaram se tornando uma carta opressora, fazendo que o povo dependesse deles para se aproximar de Deus. Jesus inverte essa concepção, mostrando que Deus é que vem ao encontro dos que dele precisam (cf. Mc 2,17; Lc 15).
22
1-33
Os sacerdotes se alimentavam com parte das ofertas levadas pelo povo ao santuário. Essa alimentação era proibida para os sacerdotes em estado de impureza e também para as pessoas estranhas ao serviço do culto. Os vv. 17-33 prescrevem a oferta de animais sem defeito; caso contrário, haveria de o risco de o povo oferecer animais doentes e defeituosos (cf. Ml 1,13-14).
23
1-44
Todas as festas de Israel tiveram origem no meio agrícola ou pastoril, mas acabaram sendo absorvidas pela tradição do Êxodo incorporadas à celebração da Aliança. Sobre a festa da Páscoa e dos Pães sem fermento, cf. notas em Ex 12,1-28. Sobre a festa das Semanas, também chamada Pentecostes, e a festa das Tendas, cf. nota em Ex 23, 14-19. A oferta do primeiro feixe (vv. 9-14) é um ato de reconhecimento pelo dom que Deus realiza através da natureza. E a festa da Lua Nova reflete costumes agrícolas: a vida no campo era regulada pelas fases da lua. Sobre a festa da Expiação, cf. nota em Lv 16,1-34.
24
1-9
O rito da lâmpada lembra a presença permanente de Javé no santuário. O rito dos pães lembra que o povo de Israel (doze tribos) está continuamente diante de Javé. Sobre os pães oferecidos a Deus, cf. Mc 2,25-26.
10-23
Amaldiçoar Javé, a fonte e o Senhor da vida, é amaldiçoar a vida mesma e, por isso, é pedir para si a morte. Sobre a lei do talião, cf. nota em Ex. 21, 18-27.
25
1-7
A cada sete anos a terra deve descansar, sem nenhum cultivo. Esta lei abre duas grandes perspectivas: o respeito para o ciclo da natureza (aspecto ecológico) e respeito para Deus, reconhecendo-o como único proprietário da terra. Ele a dá igualmente para todos, para que todos possam usufruir dela (aspecto social). Portanto, esta lei supõe a devolução da terra a Deus, para que ela seja redistribuída entre todos.
8-17
O ano de júbilo se abre com o toque da trombeta, chamada em hebraico jobel; daí o nome jubileu. Esta lei enfraquece bastante a legislação antiga do ano sabático, que previa a prática da libertação do escravo e a devolução das propriedades a cada sete anos (cf. notas em Dt 15, 12-18). Esta nova legislação, provavelmente, prevê a recuperação das propriedades para os judeus que voltam do exílio na Babilônia.
18-22
Como o povo se sustentava durante o ano de descanso da terra? (cf. 25,2-7). De um lado, confiando na providência, isto é, produzindo mais no sexto ano e reservando parte desta colheita para sustentação até a próxima.
23-34
A terra pertence unicamente a Javé, que a dá como herança para todo o povo: todos tém direito de usufruir desse dom. Se alguém, por circunstâncias diversas, for obrigado a vender sua propriedade, terá direito de resgatá-la. Essa lei impede a formação de latifúndios; conseqüentemente, terá direito de resgatá-la. Essa lei impede a formação de latifúndios; consequentemente, evita o surgimento de desigualdades sociais. Os vv. 29-31 são verdadeiro manifesto contra a especulação imobiliária: todos têm direito à casa própria e são protegidos por uma legislação que impede a ação arbitrária de despejos e extorsões. O levita tem direito permanente ao resgate, porque a casa própria é sua única propriedade.
35-43
Esta lei exige a solidariedade com quem está em apuros financeiros, e proíbe aproveitar-se da miséria do outro, que se dispõe a aceitar qualquer trato para aliviar momentaneamente a própria situação. O v. 38 traz o princípio: quem foi libertado por Deus não pode ser escravisado ou explorado por alguém.
44-55
Esta lei faz uma diferença entre Israel e as outras nações: só Israel é considerado como povo de Deus. Essa visão será modificada pelo Novo Testamento; através de Jesus, todos poderão fazer parte do povo de Deus, não se justificando mais nenhuma escravidão.
26
1-46
A "Lei de Santidade" termina com previsão de bênçãos e maldições. O povo que for fiel a Deus e ao seu projeto terá a bênção, isto é, a propriedade e a vida. Se for infiel, terá a maldição, ou seja, a ruína e a morte. Deus quer a vida, mas os homens é que escolhem o próprio destino.
27
1-34
O projeto de Deus é vida para todos. Quando o homem reconhece esse projeto, pode oferecer seus próprios bens com promessa ou voto, e assim participar do mesmo projeto. Se uma promessa ou voto não tem sentido, é mau e deve ser substituído. Sobre o assunto, cf. Mc. 7,1-13 e nota. O anátema era um sacrifício no qual eram oferecidos totalmente a Deus os bens conquistados do inimigo numa guerra; esses bens pertenciam exclusivamente a Deus, e não podiam ser resgatados. Tal prática visava evitar que o povo assimilasse religiões e costumes estrangeiros. O presente texto entende o anátema como oferta exclusiva a Javé, e só podia ser usada pelos sacerdotes.
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