quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Hebreus

1
1-4
Cristo é o centro do sermão. O trecho é o mais denso de todo Novo Testamento: Deus falou definitivamente em Jesus Cristo, o qual é a palavra viva e concreta de Deus. Tudo o que podemos falar sobre o projeto de Deus - criação, revelação e redenção - tudo encontra sua expressão definitiva em Cristo. Este é quem faz existir e salva toda criatura. Ele é igual em tudo ao Pai; e, glorificado, é muito superior ao mundo dos anjos.
2
5-18
A Lei transmitida pelos anjos não é capaz de abrir o mondo novo da salvação. A alienação produzida pelo mal, pelo pecado e pelo medo da morte exigem transformação radical da condição humana. Encarnando-se, Jesus se torna irmão e solidário dos homens e assume totalmente os problemas deles, chegando a entregar-se à morte para introduzir os homens no reino da vida. A cruz é o sinal de glória e honra: o filho de Deus feito homem e crucificado foi glorificado e agora domina o universo (cf. Fl 2,6-11). A humanidade encontra em Jesus um seu semelhante, capaz de ser sua garantia junto de Deus, como verdadeiro sumo sacerdote (v. 17). Os VV. 17-18 apresentam o tem central do sermão, que vai ser desenvolvido nos capítulos seguintes, a saber: Jesus é o sumo sacerdote, fiel a Deus e solidário com os homens.
3,7-4,14
Após uma exposição sobre a fidelidade de Jesus, o autor faz longa exortação, mostrando que os cristãos devem ser fiéis, professando a fé em Jesus. Moisés e Josué não conseguiram introduzir o povo no descanso de Deus, porque o povo se revoltou e foi infiel a Deus tanto no deserto como em Canaã. Jesus é o novo Josué, é o guia do povo de Deus. Ele alcançou a verdadeira terra prometida, o verdadeiro descanso. Os Cristãos não devem ser infiéis, como o povo israelitas no deserto, mas acreditar em Jesus e segui-lo, para também eles chegarem ao descanso prometido.
4,15-5,10
Os Cristãos não devem temer a Jesus, mas aproximar-se dele confiantes, certos de sua acolhida misericordiosa. A figura do sumo sacerdote se realiza plenamente em Jesus, de modo superior ao sacerdócio de Aarão e de qualquer liturgia terrena. Cristo atravessou o céu (4,14) e, ressuscitado, vive para sempre aquela “justa compaixão” que testemunhou aos homens no momento da Paixão. Como Filho, e do mesmo modo que o misterioso Melquisedec, Jesus se empenha para sempre, com toda a sua pessoa, na súplica e no sacrifício. A Paixão é vista aqui como a mais solene prece de intercessão e o mais sublime ato de obediência.
Os VV. 9-10 anunciam o tema da próxima parte: levado à perfeição, Jesus tornou-se o princípio de salvação eterna, pois recebeu de Deus o título de sumo sacerdote.
8
6-13
Israel é o povo da aliança manifestada na lei e no culto. Desde os tempos de Jeremias, porém, temos a profecia sobre a nova aliança, profecia que critica o passado e dá esperanças para o futuro (Jr 31, 31-34). A Sagrada Escritura, portanto, anuncia uma nova situação religiosa: a relação entre Deus e os homens não se realizará mais em base a leis ou instituições, mas se fundará na própria pessoa de Jesus Cristo, mediador das relações vitais de Deus (cf. 1Tm 2,5).
9
24-28
O que são Paulo diz sobre a Lei, o autor repete sobre a liturgia judaica. Esta faz reviver a experiência do pecado, mas não consegue libertar dele. O sacrifício de Cristo, a existência inteira de Jesus, todo o movimento de sua consciência é o verdadeiro ato sacerdotal, o grande e perene ato de oferta. Ele tira o pecado, restabelece a ligação com Deus mediante a sua própria pessoa e experiência viva. Funda  a nova aliança, o povo novo que pode ter acesso a Deus. E o caminho para esse acesso é o compromisso de fé com Cristo, compromisso que nenhuma liturgia pode substituir.

10
1-18
O que são Paulo diz sobre a Lei, o autor repete sobre a liturgia judaica. Esta faz reviver a experiência do pecado, mas não consegue libertar dele. O sacrifício de Cristo, a existência inteira de Jesus, todo o movimento de sua consciência é o verdadeiro ato sacerdotal, o grande e perene ato de oferta. Ele tira o pecado, restabelece a ligação com Deus mediante a sua própria pessoa e experiência viva. Funda a nova aliança, o povo novo que pode ter acesso a Deus. E o caminho para esse acesso é o compromisso de fé com Cristo, compromisso que nenhuma liturgia pode substituir.
19-25
Doravante o caminho que leva os homens é a pessoa de Jesus, através de sua atividade e sacrifício. No batismo, os cristãos se unem a pessoa de Jesus Cristo. E essa união se manifesta concretamente pelo testemunho ativo que transforma a sociedade e pela partilha e vida fraterna em clima de comunidade. Aliás, essa partilha é que sustenta o testemunho. E a união com Jesus e com os irmãos manifesta a comunhão com Deus, que se completará quando formos introduzidos no descanso definitivo. (Dia do Senhor)
11
1
A fé é o dinamismo que impulsiona o homem a fazer história. Possuindo a firme convicção da realidade de um mundo futuro melhor, o homem jamais se conforma com as estruturas pessoais e sociais existentes; nunca se toma por definitivas e absolutas. Essa inconformidade o leva a romper as cadeias da falsa segurança no já-pronto, para ser agente de novas formas de sociedade, e o impele a fazer de uma vida o processo sempre inacabado em busca da maturidade plena.
2-40
A fé cristã afunda suas raízes no povo do Antigo Testamento. Escrevendo a cristãos temerosos diante das perseguições, o autor mostra que eles são os herdeiros da história do povo eleito. Lendo-a, os cristãos poderão descobrir modelos de fé viva, que levou o povo de Deus a construir a história em direção a Cristo.
12
1-3
Após o exemplo de fé dos antigos, apresenta-se agora um modelo muito maior para nos estimular à perseverança: o próprio Jesus. Ele sofreu até a morte de cruz e, no entanto, agora está junto de Deus, glorificado pela ressurreição.
4-13
Os cristãos vão sofrer por causa do testemunho que deverão dar; muitas vezes, terão até que enfrentar o martírio. Num primeiro momento, podemos achar que se trata de castigo. Mas, à luz do destino de Jesus, podemos descobrir que o sofrimento e a perseguição por causa do testemunho é a maneira pela qual o Pai no educa para percorrermos o mesmo caminho do seu Filho.
18-29
A aliança do Sinai realizou-se dentro de um clima terrível e fascinante (cf. Ex 19-20; Dt 4,11; 9,19). A nova aliança, porém, é uma realidade de paz e confiança: chegou o tempo da presença de Deus no Cristo ressuscitado. O modo de viver de Israel é apenas uma pista para a conduta da igreja; e voltar para a religião insuficiente de ontem seria desprezar o dom de Deus, que é justo e julga continuamente a humanidade, exigindo verdade e justiça.





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