1
3-14
Paulo desenvolve um hino
de louvor em forma de “bênção”, frequente no Antigo Testamento. O louvor é uma
resposta do homem ao Deus que se manifesta através de um ato de salvação ou
mediante a revelação der um ministério.
Deus é o sujeito e a fonte
de toada a ação criadora e salvadora. E tudo o que Deus realiza bno homem e no
mundo, ele o faz mediante o seu filho Jesus Cristo: escolhe (VV. 4-5), liberta
(VV. 6-7), reúne tudo em Cristo (VV. 8-10), entrega a herança prometida (VV.
11-12) e concede o dom do Espírito Santo (VV. 13-14).
15-23:
Pela fé, os cristãos possuem uma sabedoria que supera
qualquer outro conhecimento: sabem que Deus manifestou em Jesus Cristo a sua
força, destronizando todos os poderes que até agora aprisionam a vida, e
libertando os homens para uma esperança nova diante do futuro.
Nesta carta, a Igreja ideal se identifica praticamente
com o Reino e, portanto, ultrapassa meras concretizações históricas. Como corpo
e plenitude de Cristo, ela se torna a meta para a qual caminhamos. Paulo se
refere a uma Igreja santa, a um modelo ideal que exige conversão contínua da
Igreja real que vive na história.
2
1-10
Paulo opõe duas épocas e dois modos de viver: sem Cristo
e com Cristo. Sem Cristo é o mundo pagão, cuja mentalidade, modo de pensar de
agir manifestam a presença ativa do mal, que é o egoísmo que assume formas
individuais e coletivas, dividindo os homens. Com Cristo surge a nova forma de
viver: o amor que gera doação e comunhão, através das obras que continuam a
ação de Jesus Cristo, realizando o projeto de Deus. A nova forma de viver,
porém, é graça de Deus que já foi dada aos homens mediante o testemunho de
Jesus Cristo. A vida cristã é passagem contínua de um modo de viver para o
outro.
11-22
A participação de judeus e pagãos no único povo de Deus é
sinal concreto do homem novo. A morte de Cristo derrubou o muro de separação
que a Lei colocava entre judeus e pagãos; surgiu assim o novo Israel, a Igreja,
que se abre para todos os homens e os coloca sob uma cabeça única, Cristo. O
Evangelho fará cair todas as diferenças. Por mais que surjam sociedades
classistas, suas leis e instituições injustas virão abaixo pela força do
Evangelho, desprestigiadas por sacrificarem seus povos, em lugar de ajudá-los.
3
1-13
O ministério é o centro do anúncio de Paulo, e está
inseparavelmente ligado á sua vocação de missionário entre os pagãos. Esse
ministério é o projeto de Deus, que se realizou em Jesus Cristo e que manifesta
toda a sua grandeza na Igreja, mediante o ministério de Paulo: os pagãos são
chamados a pertencer ao povo de Deus.
4
1-6
O aspecto central da vida cristã é a unidade. Com efeito,
a ação de Deus em Jesus Cristo unifica toda a realidade. Os cristãos devem ser
exemplo vivo dessa unidade, que supera as divisões humanas.
7-13
A adversidade dos dons que cada um recebeu de Cristo não pode ser fonte de divisão, inveja e competição na comunidade. Paulo relembra que a variedade de dons é desejada por Cristo, para quie cada um se coloque a serviço de todos. Os dons relembrados no v. 11 são os carismas de governo e ensino, importantes para a comunidade permanecer unida no conhecimento e no compromisso da fé.
14-16
Vivendo o amor autêntico que preserva a unidade e respeita a diversidade, a comunidade se torna capaz de discernir as falsas doutrinas e manter sempre vivo o esforço e a tensão que a crescer sempre mais, tornando-se a verdadeira Igreja de Cristo.
17-32
Paulo convida os cristãos a conversão continua. Essa
conversão começa no batismo, onde o cristão deixa o homem velho (modo de vida
pagão) para revestir-se do homem novo (a justiça que vem pela vida segundo o
espírito). Nos VV. 25-32, Paulo dá exemplos concretos do que significa essa
passagem: da mentira para a verdade; do roubo para o trabalho honesto, que leve
a partilhar com os que nada têm; da palavra inconveniente para a palavra
construtiva; do comportamento egoísta para a generosidade recíproca.
5
1-20
Paulo traz uma série de exortações e conselhos para os
cristãos vivam autenticamente a sua fé. Os VV. 1-2 apresentam o principio que
rege a vida nova : imitar as Deus, vivendo o amor, como viveu Jesus Cristo. Em
outras palavras, os cristãos são e devem viver como filhos de Deus, tendo como
modelo supremo o ato de amor de Cristo na cruz, onde ele esntregou sua vida por
todos. A vida nova compreende a renovação de todas as atitudes do homem: essa é a resposta livre ao dom de
Deus.
21
Este versículo apresenta uma espécie de princípio
fundamental que terá três diferentes aplicações nos versículos seguintes. A
submissão de que pode ser compreendida como forma de amor, caracterizado pela
humildade e doação. O temor de Cristo apresenta a motivação: assim como Cristo
é o Salvador de todos, ele será também o juiz de todos. Esse princípio
fundamental atinge a todos indistintamente.
22-33
Paulo Compara a relação Jesus Cristo e a Igreja com a
visão do matrimônio na sociedade antiga, onde a mulher devia submeter-se
inteiramente ao marido. De fato, Cristo é chefe e salvador da Igreja, e esta
deve submeter-se a ele como seu Senhor. Numa concepção atual de relação
marido-mulher, onde existe igualdade de direitos e deveres, Paulo certamente
faria outro tipo de aplicação.
6
10-20
A vida cristã é luta contínua contra o mal, e as armas para o combate são: verdade, justiça, testemunho do Evangelho, fé, Palavra de Deus. Para os antigos, o mal era personificado por demônios e forças invisíveis que dominam os homens (Principados, Autoridades, Poderes, Soberanias). Traduzindo o mítico para o histórico, poderíamos falar de estruturas que geram egoísmo, injustiça, ódio, opressão e morte.
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