domingo, 15 de julho de 2018

A missão de Jesus causa um choque aos poderosos.


XV DOMINGO DO TEMPO COMUM  - Ano B – 15/07/2018

1ª Leitura - Amós 7,12-15

Leitura da Profecia de Amós.
7 12 Amasias disse a Amós: “Vai-te daqui, vidente, vai para a terra de Judá e ganha lá o teu pão, profetizando.
13 Mas não continues a profetizar em Betel, porque aqui é o santuário do rei, uma residência real”.
14 Amós respondeu a Amasias: “Eu não sou profeta nem filho de profeta. Sou pastor e cultivador de sicômoros.
15 O Senhor tomou-me de detrás do meu rebanho e disse-me: ‘Vai e profetiza contra o meu povo de Israel’”.

Nota da 1ª Leitura

Ouvindo Amós denunciar o santuário do rei, Amasias, o sacerdote responsável,  percebe que o profeta está ameaçando a ordem estabelecida. Pouco lhe importando se a crítica e condenação vem da parte de Deus ou não, Amasias procura abafar a subversão, mandando que Amós se retire do país. E Amós lhe responde que não pertence aos grupos proféticos que vivem subordinados às autoridades e que profetizam de acordo com o interesse dos grandes. Pelo contrário, ele era um simples criador de gado; se agora está profetizando, é por ordem do próprio Javé e unicamente a ele deve obedecer. A seguir, diz que o próprio sacerdote Amasias será testemunha do castigo anunciado.


Salmo - 84/85

Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade
e a vossa salvação nos concedei!


Quero ouvir o que o Senhor irá falar:
é a paz que ele vai anunciar.
Está perto a salvação dos que o temem,
e a glória habitará em nossa terra.

A verdade e o amor se encontrarão,
a justiça e a paz se abraçarão;
da terra brotará a fidelidade,
e a justiça olhará dos altos céus.

O Senhor nos dará tudo o que é bom,
e a nossa terra nos dará suas colheitas;
a justiça andará na sua frente
e salvação há de seguir os passos seus.

Nota do Salmo

Oração coletiva de súplica, logo após a volta do exílio.
2-4
Refere-se à recente libertação. O exílio deve valor de purificação, pois encobriu o pecado do povo, isto é, sua infidelidade a Deus.
5-8
Ao chegar do exílio, o povo se defronta com graves dificuldades: organizar a comunidade, estabelecer o culto, reconstruir o Templo, sanar sérios problemas sociais. O plano de restauração, portanto, é ainda uma grande aspiração.
9-14
A essa súplica responde um oráculo do sacerdote: Deus anuncia a paz, plenitude de condições de vida, se o povo se converter ao projeto dele. A glória ou presença de Deus volta à terra, acompanhada pelo amor, fidelidade, justiça e paz, que produzem prosperidade para todo o povo.

 Leitura - Efésios 1,3-14 ou 3-10

1 3 Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que do alto do céu nos abençoou com toda a bênção espiritual em Cristo,
4 e nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis, diante de seus olhos.
5 No seu amor nos predestinou para sermos adotados como filhos seus por Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua livre vontade,
6 para fazer resplandecer a sua maravilhosa graça, que nos foi concedida por ele no Bem-amado.
7 Nesse Filho, pelo seu sangue, temos a Redenção, a remissão dos pecados, segundo as riquezas da sua graça
8 que derramou profusamente sobre nós, em torrentes de sabedoria e de prudência.
9 Ele nos manifestou o misterioso desígnio de sua vontade, que em sua benevolência formara desde sempre,
10 para realizá-lo na plenitude dos tempos - desígnio de reunir em Cristo todas as coisas, as que estão nos céus e as que estão na terra.
11 Nele é que fomos escolhidos, predestinados segundo o desígnio daquele que tudo realiza por um ato deliberado de sua vontade,
12 para servirmos à celebração de sua glória, nós que desde o começo voltamos nossas esperanças para Cristo.
13 Nele também vós, depois de terdes ouvido a palavra da verdade, o Evangelho de vossa salvação no qual tendes crido, fostes selados com o Espírito Santo que fora prometido,
14 que é o penhor da nossa herança, enquanto esperamos a completa redenção daqueles que Deus adquiriu para o louvor da sua glória.

Nota da 2ª Leitura

Paulo desenvolve um hino de louvor em forma de “bênção”, frequente no Antigo Testamento. O louvor é uma resposta do homem ao Deus que se manifesta através de um ato de salvação ou mediante a revelação der um ministério.
Deus é o sujeito e a fonte de toda a ação criadora e salvadora. E tudo o que Deus realiza no homem e no mundo, ele o faz mediante o seu filho Jesus Cristo: escolhe (VV. 4-5), liberta (VV. 6-7), reúne tudo em Cristo (VV. 8-10), entrega a herança prometida (VV. 11-12) e concede o dom do Espírito Santo (VV. 13-14).

Evangelho - Marcos 6,7-13

6 7 Então, Jesus chamou os Doze e começou a enviá-los, dois a dois; e deu-lhes poder sobre os espíritos imundos.
8 Ordenou-lhes que não levassem coisa alguma para o caminho, senão somente um bordão; nem pão, nem mochila, nem dinheiro no cinto;
9 como calçado, unicamente sandálias, e que se não revestissem de duas túnicas.
10 E disse-lhes: “Em qualquer casa em que entrardes, ficai nela, até vos retirardes dali.
11 Se em algum lugar não vos receberem nem vos escutarem, saí dali e sacudi o pó dos vossos pés em testemunho contra ele”.
12 Eles partiram e pregaram a penitência.
13 Expeliam numerosos demônios, ungiam com óleo a muitos enfermos e os curavam.

Nota do Evangelho

Os discípulos são enviados para continuar a missão de Jesus: pedir mudança radical da orientação de vida (conversão), desalienar  as pessoas (libertar dos demônios), restaurar a vida humana (curas). Os discípulos devem estar livres, ter bom senso e estar conscientes de que a missão vai provocar choque com os que não querem transformações.

Edinólia Oliveira

A missão de Jesus causa um choque aos poderosos.

Os administradores do dinheiro público tem a missão  e a obrigação de serem honestos. Mas, esquecem e não querem envolver Jesus Cristo. Sendo pobre e denunciando as injustiças dos sacerdotes e dos reis da nação foi morto. Hoje, querem tirar as igrejas e os fieis de se envolverem em política. Nessa educação política não é diferente do tempo de Jesus. A Bíblia nos ensina tudo. O presidente, os senadores, os ministros e demais cúpulas de políticos não são donos do dinheiro público.. Eles devem ter o seu salário justo, não desvalorizando aquele trabalhador que dar seu sangue para ganhar um salário mínimo. Os privilégios dos políticos fere o trabalho e a vida daqueles que trabalham para que o país se desenvolva.
O político tem que ser honesto na administração do dinheiro dos impostos e não beneficiar com roubos e propina com os Empresários. As  Leis que os políticos formalizarem deva ser em favor unicamente ao trabalhador.
Mas, sugiro que acabem com empresas e indústrias privadas e seja todas comunitárias por associações, cooperativas, estatais e municipais. Então, dessa forma acabam a violência e a boa educação prevalece.


sábado, 7 de julho de 2018

Missão Diocesana Serrinha, Bahia

Minha experiência como missionária está sendo muito forte na minha vida de cristã. Aprendi muito com a simplicidade do povo do município de Teofilandia - Bahia.
Hoje terminamos a visita nas casas falando de Jesus e convidamos para a missa. Amanhã o encerramento com a missa é confraternização.  Graças à Deus.
Edinólia Oliveira,  08/07/2018.

sábado, 30 de junho de 2018

O Servo de Deus


XII SEMANA DO TEMPO COMUM Ano B – 30/06/2018

 Leitura - Lamentações 2,2.10-14.18-19

2 2 O Senhor destruiu sem piedade todas as moradias de Jacó. E em seu furor arruinou as fortificações da filha de Judá. Lançou por terra e conspurcou o reino e seus príncipes.
10 Sentados no chão, taciturnos, jazem os anciãos da filha de Sião. Jogaram poeira sobre os cabelos; vestiram-se com sacos; e as virgens de Jerusalém pendem a fronte para a terra.
11 Ardiam-me os olhos, de tantas lágrimas; fremiam minhas entranhas. Minha bílis se espalhou por terra, ante a ruína da filha de meu povo, quando nas ruas da cidade desfaleciam os meninos e as crianças de peito.
12 “Onde há pão (e onde há vinho)?!”, diziam eles às mães, desfalecendo, quais feridos, nas ruas da cidade, e entregando a alma no regaço materno.
13 Que dizer? A quem te comparar, filha de Jerusalém? Quem irá salvar-te e consolar-te, ó virgem, filha de Sião? É imensa como o mar tua ruína: quem poderá curar-te?
14 Os teus profetas tinham visões apenas extravagantes e balofas. Não manifestaram tua malícia, o que teria poupado teu exílio. Os oráculos que te davam eram apenas mentiras e enganos.
18 Seu coração clama ao Senhor. Ó muralha da filha de Sião, transborda dia e noite a torrente de tuas lágrimas! Não te dês descanso, e teus olhos não cessem de chorar!
19 Levanta-te à noite; grita ao início de cada vigília; que se derrame teu coração ante a face do Senhor. Ergue para ele as mãos, pela vida de teus filhos que caem de inanição, em todos os cantos das ruas.

Nota da 1ª Leitura

Descreve com detalhes terríveis a destruição de Jerusalém e a ruína do Templo. É provável que o autor seja uma testemunha dos fatos. Ele pede que a cidade arruinada grite para que Javé tenha compaixão.

Salmo - 73/74

Não esqueçais até o fim
a humilhação dos vossos pobres.


Ó Senhor, por que razão nos rejeitais para sempre
e vos irais contra as ovelhas do rebanho que guiais?
Recordai-vos deste povo que outrora adquiristes,
desta tribo que remistes para ser a vossa herança
e do monte de Sião que escolhestes por morada!

Dirigi-vos até lá para ver quanta ruína:
no santuário o inimigo destruiu todas as coisas;
e, rugindo como feras, no local das grandes festas,
lá puseram suas bandeiras vossos ímpios inimigos.

Pareciam lenhadores derrubando uma floresta,
ao quebrarem suas portas com martelos e com malhos.
Ó Senhor, puseram fogo mesmo em vosso santuário!
Rebaixaram, profanaram o lugar onde habitais!

Recordai vossa aliança! A medida transbordou,
porque nos antros desta terra só existe violência!
Que não se escondam envergonhados o humilde e o pequeno,
mas glorifiquem vosso nome o infeliz e o indigente!

Nota do Salmo

Súplica do povo numa desgraça nacional, provavelmente durante o exílio. 
1-9
A invasão babilônica desarticulou  comunidade do povo de Deus, destruindo as bases da identidade: posse da terra, cidade, Templo e instituições. Perdendo tudo, Israel perde também a relação com o seu Deus, que se manifesta através dos profetas e através de sinais na sua história. Será que Deus rejeitou o seu povo?
10-17
Sendo Deus o aliado do povo, a derrota deste é também derrota de Deus. Por isso, a súplica se dirige ao Nome, com o qual Deus se revelou no momento da libertação (cf. Ex 3,14). A seguir, recorda-se a passagem do mar Vermelho (da escravidão a liberdade) e a passagem do rio Jordão (da liberdade para a herança da terra). Os vv. 16-17 recordam que Deus é o Criador e mantenedor do universo. É a este Senhor da história e do universo que o povo suplica, pedindo que ele o liberte e de novo o leve à terra.
18-23
A libertação, porém, é obra da justiça: não é possível libertar os exilados sem julgar os opressores. Estes, reduzindo o povo à pobreza e escravidão, ultrajaram o Nome do próprio Deus.

Evangelho - Mateus 8,5-17

Naquele tempo, 8 5 entrou Jesus em Cafarnaum. Um centurião veio a ele e lhe fez esta súplica:
6 "Senhor, meu servo está em casa, de cama, paralítico, e sofre muito".
7 Disse-lhe Jesus: "Eu irei e o curarei".
8 Respondeu o centurião: "Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa. Dizei uma só palavra e meu servo será curado.
9 Pois eu também sou um subordinado e tenho soldados às minhas ordens. Eu digo a um: ‘Vai’, e ele vai; a outro: ‘Vem’, e ele vem; e a meu servo: ‘Faze isto’, e ele o faz".
10 Ouvindo isto, cheio de admiração, disse Jesus aos presentes: "Em verdade vos digo: não encontrei semelhante fé em ninguém de Israel.
11 Por isso, eu vos declaro que multidões virão do Oriente e do Ocidente e se assentarão no Reino dos céus com Abraão, Isaac e Jacó,
12 enquanto os filhos do Reino serão lançados nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes".
13 Depois, dirigindo-se ao centurião, disse: "Vai, seja-te feito conforme a tua fé". Na mesma hora o servo ficou curado.
14 Foi então Jesus à casa de Pedro, cuja sogra estava de cama, com febre.
15 Tomou-lhe a mão, e a febre a deixou. Ela levantou-se e pôs-se a servi-los.
16 Pela tarde, apresentaram-lhe muitos possessos de demônios. Com uma palavra expulsou ele os espíritos e curou todos os enfermos.
17 Assim se cumpriu a predição do profeta Isaías: "Tomou as nossas enfermidades e sobrecarregou-se dos nossos males".

Nota do Evangelho

A presença de Jesus na comunidade liberta as pessoas do mal. Em resposta, as pessoas libertas se põem a serviço da comunidade.
Mateus mostra o sentido das curas realizadas por Jesus. Citando Is 53,4, ele apresenta Jesus como o Servo de Javé, que liberta os homens de tudo aquilo que os aliena e oprime (demônios).



Lamentações

2
1-22
Descreve com detalhes terríveis a destruição de Jerusalém e a ruína do Templo. É provável que o autor seja uma testemunha dos fatos. Ele pede que a cidade arruinada grite para que Javé tenha compaixão.

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Os oprimidos da história de Jesus


XII SEMANA DO TEMPO COMUM Ano B – 29/06/2018

1ª Leitura - 2 Reis 25,1-12

25 1 No ano nono de seu reinado, no décimo dia do décimo mês, Nabucodonosor veio com todo o seu exército contra Jerusalém; levantou seu acampamento diante da cidade e fez aterros em redor dela.
2 O cerco da cidade durou até o décimo primeiro ano do reinado de Sedecias.
3 No nono dia do (quarto) mês, como a cidade se visse apertada pela fome e a população não tivesse mais o que comer,
4 fizeram uma brecha na muralha da cidade, e todos os homens de guerra fugiram de noite pelo caminho da porta que está entre os dois muros, junto do jardim do rei. Entretanto, os caldeus cercavam a cidade. Os fugitivos tomaram o caminho da planície do Jordão,
5 mas o exército dos caldeus perseguiu o rei e alcançou-o nas planícies de Jericó. Então as tropas de Sedecias o abandonaram e se dispersaram.
6 O rei foi preso e conduzido a Rebla, diante do rei de Babilônia, o qual pronunciou sentença contra ele.
7 Degolou na presença de Sedecias os seus filhos, furou-lhe os olhos e o levou para Babilônia ligado com duas cadeias de bronze.
8 No sétimo dia do quinto mês, no décimo nono ano do reinado de Nabucodonosor, rei de Babilônia, Nabuzardã, chefe da guarda e servo do rei de Babilônia, entrou em Jerusalém.
9 Incendiou o templo do Senhor, o palácio real e todas as casas da cidade.
10 E as tropas que acompanhavam o chefe da guarda demoliram o muro que cercava Jerusalém.
11 Nabuzardã, chefe da guarda, deportou para Babilônia o que restava da população da cidade, os que já se tinham rendido ao rei de Babilônia e todo o povo que restava.
12 O chefe da guarda só deixou ali alguns pobres como viticultores e agricultores.
Nota da 1ª Leitura
8-21
É o segundo exílio (586 a.C.). Dessa vez, a deportação é maior e o saque é completo. Só fica no país o povo pobre, para servir de mão-de-obra barata ao dominador.


Salmo - 136/137
Que se prenda a minha língua ao céu da boca
se de ti, Jerusalém, eu me esquecer! 


Junto aos rios da Babilônia
nos sentávamos chorando,
com saudades de Sião.
Nos salgueiros por ali
penduramos nossas harpas.

Pois foi lá que os opressores
nos pediram nossos cânticos;
nossos guardas exigiam
alegria na tristeza:
“Cantai hoje para nós
algum canto de Sião!”

Que se cole a minha língua
e se prenda ao céu da boca
se de ti não me lembrar!
Se não for Jerusalém
minha grande alegria!
Nota do Salmo
Súplica dos exilados na Babilônia.
1-2
Em meio à beleza de Babilônia, os exilados estão tristes e nem usam instrumentos para acompanhar suas lamentações.
3-6
Por curiosidade oi ironia, os opressores querem conhecer o folclore dos israelitas. Todavia, como cantar no exílio os cantos que celebram a libertação e a conquista da vida? Tudo isso não passa agora de triste recordação.
7
O dia de Jerusalém foi da catástrofe sob as tropas de Nabucodonosor (586 a.C). Os edomitas, parentes e vizinhos dos israelitas, se uniram aos opressores e se aproveitaram da situação (cf. Abdias).
8-9
Em vez de cantar o seu folclore, os exilados entoam  esta maldição: Feliz quem fizer justiça, destruindo até à raiz a ambição que gera escravidão e morte.


Evangelho - Mateus 8, 1-4



8 1 Tendo Jesus descido da montanha, uma grande multidão o seguiu.
2 Eis que um leproso aproximou-se e prostrou-se diante dele, dizendo: “Senhor, se queres, podes curar-me”.
3 Jesus estendeu a mão, tocou-o e disse: “Eu quero, sê curado”. No mesmo instante, a lepra desapareceu.
4 Jesus então lhe disse: “Vê que não o digas a ninguém. Vai, porém, mostrar-te ao sacerdote e oferece o dom prescrito por Moisés em testemunho de tua cura”.

Nota do Evangelho
1-4
O leproso era um marginalizado da vida social (Lv 13,45-46). Através da cura., Jesus o reintegra na comunidade (Lv 14). O verdadeiro cumprimento da Lei não é declarar quem é puro ou impuro, mas fazer com que a pessoa fique purificada.



domingo, 3 de junho de 2018

“A lei dos homens”


IX DOMINGO DO TEMPO COMUM Ano B

1a Leitura - Deuteronômio 5,12-15

Assim fala o Senhor: 5 12 “Guarda o dia de sábado, para o santificares, como o Senhor teu Deus te mandou. 13 Trabalharás seis dias e neles farás todas as tuas obras. 14 O sétimo dia é o do sábado, o dia do descanso dedicado ao Senhor teu Deus. Não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu escravo, nem tua escrava, nem teu boi, nem teu jumento, nem algum de teus animais, nem o estrangeiro que vive em tuas cidades, para que assim teu escravo e tua escrava repousem da mesma forma que tu. 15 Lembra-te de que foste escravo no Egito e que de lá o Senhor teu Deus te fez sair com mão forte e braço estendido. É por isso que o Senhor teu Deus
te mandou guardar o sábado.
Palavra do Senhor.
Nota da 1ª Leitura
Cf. nota em Ex 20,1-21. Note-se que o texto do Deuteronômio frisa uma atualização contínua da Aliança (v. 2). O 3º mandamento (vv. 12-15) tem motivação social: Israel já experimentou a escravidão; por isso, o repouso do sábado torna-se uma comemoração semanal da libertação. Além do mais, esse mandamento impulsiona para uma relação social igualitária: "Desse modo, seu escravo e sua escrava poderão repousar como você". 

Salmo - 80/81

Exultai no Senhor, a nossa força!

Cantai salmos, tocai tamborim,
harpa e lira suaves tocai!
Na lua nova soai a trombeta,
na lua cheia, na festa solene!.

Porque isto é costume em Jacó,
um preceito do Deus de Israel;
uma lei que foi dada a José,
quando o povo saiu do Egito.

Eis que ouço uma voz que não conheço:
'Aliviei as tuas costas de seu fardo,
cestos pesados eu tirei de tuas mãos.
Na angústia a mim clamaste, e te salvei.

Em teu meio não exista um deus estranho
nem adores a um deus desconhecido!
Porque eu sou o teu Deus e teu Senhor,
que da terra do Egito te arranquei.

Nota do Salmo

Acusação em estilo profético, convidando o povo a conversão.
2-6a. 
Introdução em forma de hino. A ocasião é a festa das Tendas, que relembra a libertação do Egito e a caminhada pelo deserto. A celebração reafirma a fidelidade de Deus do êxodo. 
6b.-11
Um profeta toma a palavra para recordar os fatos fundamentais da fé e da história. Fatos que levaram Israel ao compromisso com Deus; libertação da escravidão, tentação no deserto e teofania no Sinai. Tudo isso da direito a Deus para questionar a vida do seu povo, que violou o primeiro mandamento, abandonando o Deus libertador para servir os ídolos opressores. 
12-17
A infidelidade acarreta o pior dos castigos: Deus abandona o povo à sua própria consciência pervertida, que passa a trilhar caminhos que não levam para a liberdade nem para a vida. O tom nostálgico, porém, mostra que essa acusação procura fazer o povo voltar a si e converter-se.



2ª Leitura – 2ª Coríntios 4, 6-11

Irmãos: 4 6 Deus que disse: “Do meio das trevas brilhe a luz”, é o mesmo que fez brilhar a sua luz em nossos corações, para tornar claro o conhecimento da sua glória na face de Cristo. 7 Ora, trazemos esse tesouro em vasos de barro,
para que todos reconheçam que este poder extraordinário vem de Deus e não de nós. 8 Somos afligidos de todos os lados, mas não vencidos pela angústia;
postos entre os maiores apuros, mas sem perder a esperança; 9 perseguidos, mas não desamparados; derrubados, mas não aniquilados; 10 por toda parte e sempre levamos em nós mesmos os sofrimentos mortais de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em nossos corpos. 11 De fato, nós, os vivos, somos continuamente entregues à morte, por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em nossa natureza mortal.
Palavra do Senhor.

Nota da 2ª Leitura

A vida de Paulo parece frustração e fracasso diante do êxito que os novos mestres da doutrina conseguem. O prestígio fácil, porém, não é sinal de Evangelho autêntico. Este provoca sempre conflitos e perseguições, fazendo que a testemunha participe do caminho de Jesus em direção à morte e à ressurreição. E um primeiro aspecto dessa ressurreição já se manifesta no testemunho vivo da comunidade, que foi gerada pelo testemunho do apóstolo, cuja fraqueza humana se torna instrumento da força de Deus.

Evangelho - Marcos 2,23-3,6 ou 23-28

2,23 Jesus estava passando por uns campos de trigo, em dia de sábado. Seus discípulos começaram a arrancar espigas, enquanto caminhavam. 24 Então os fariseus disseram a Jesus: “Olha! Por que eles fazem em dia de sábado o que não é permitido?” 25 Jesus lhes disse: “Por acaso, nunca lestes o que Davi e seus companheiros fizeram quando passaram necessidade e tiveram fome? 26 Como ele entrou na casa de Deus, no tempo em que Abiatar era sumo sacerdote, comeu os pães oferecidos a Deus, e os deu também aos seus companheiros? No entanto, só aos sacerdotes é permitido comer esses pães”. 27 E acrescentou: “O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado. 28 Portanto, o Filho do Homem é senhor também do sábado”. 3,1 Jesus entrou de novo na sinagoga. Havia ali um homem com a mão seca.
2 Alguns o observavam para ver se haveria de curar em dia de sábado, para poderem acusá-lo. 3Jesus disse ao homem da mão seca: 'Levanta-te e fica aqui no meio!' 4 E perguntou-lhes: “É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixá-la morrer?” Mas eles nada disseram. 5 Jesus, então, olhou ao seu redor, cheio de ira e tristeza, porque eram duros de oração; e disse ao homem: “Estende a mão”. Ele a estendeu e a mão ficou curada. 6 Ao sairem, os fariseus com os partidários de Herodes, imediatamente tramaram, contra Jesus, a maneira como haveriam de matá-lo
Palavra da Salvação

Nota do Evangelho

O centro da obra de Deus é o homem, e cultuar a Deus é fazer o bem ao homem. Não se trata de estreitar ou alargar a lei do sábado, mas de dar sentido totalmente novo a todas as estruturas e leis que regem as relações entre os homens. Porque só é bom aquilo que faz o homem crescer e ter mais vida. Toda lei que oprime é lei contra a própria vontade de Deus, e deve ser abolida.

Edinólia Oliveira

“A lei dos homens”

Interessante que leio hoje é que na época de Jesus os judeus era criticados por fazer qualquer coisa no sábado.
Olha só como os costumes vão mudando e quanto mais tempo passa os homens vão criando mais leis que oprime para poder conter uma massa de pobres pensantes e idealistas. Estas leis mesmos os que criam não cumprem. Boa parte delas mesmo as de que se trata com dinheiro.
Interessante!
A opressão e a escravidão é justamente não cumprir a lei de Deus.
Mas tem muitos que não acreditam em Deus e ditam suas próprias leis. Ocorre uma desordem na sociedade e a opressão predomina e consequentemente as revoluções que provocam guerras e mortes.
Se o ser humano cumprir a lei de Deus, toda a desordem e revoluções não existiriam.
Para um homem ser superior a outro, este tem que matar o outro. Não tem como um homem ser superior a outrem.
Deus é o gerador da vida. Deus é lei com amor.



domingo, 20 de maio de 2018

“A força que é de Deus”


PENTECOSTES Ano B – 20/05/18

1ª.  Leitura - Atos 2,1-11

2 1 Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar.
2 De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados.
3 Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles.
4 Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
5 Achavam-se então em Jerusalém judeus piedosos de todas as nações que há debaixo do céu.
6 Ouvindo aquele ruído, reuniu-se muita gente e maravilhava-se de que cada um os ouvia falar na sua própria língua.
7 Profundamente impressionados, manifestavam a sua admiração: "Não são, porventura, galileus todos estes que falam?
8 Como então todos nós os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna?
9 Partos, medos, elamitas; os que habitam a Macedônia, a Judéia, a Capadócia, o Ponto, a Ásia,
10 a Frígia, a Panfília, o Egito e as províncias da Líbia próximas a Cirene; peregrinos romanos,
11 judeus ou prosélitos, cretenses e árabes; ouvimo-los publicar em nossas línguas as maravilhas de Deus!"
Palavra do Senhor.

Nota da 1ª.Leitura

O “primeiro livro” é o Evangelho de Lucas.
Recebemos o mesmo Espírito que guiou toda a missão de Jesus, os apóstolos estarão preparados para testemunhar Jesus, continuando o  que ele começou a fazer e ensinar. Essa é a tarefa apostólica de todos os cristãos, que formam a comunidade de Jesus. Através do testemunho deles, Jesus ressuscitado continua presente e atuante dentro da história.
O Reino não vai surgir de um momento para outro na história, como por toque de mágica ou milagre. Ele será fruto do testemunho dado pelos discípulos no mundo inteiro. E só o Pai sabe o momento em que a história da humanidade estará completamente madura, para então se manifestar a plenitude do Reino.
A ascensão de Jesus é um modo de falar sobre a sua volta para o mistério da vida de Deus. Aliás, Deus está presente em todos os tempos e lugares. E o fato de os cristãos esperarem por Jesus não deve deixá-los passivos, mas levá-los a missão, pois a vinda gloriosa de Jesus se realizará através do testemunho.

Salmo - 103/104

Enviai o vosso Espírito, Senhor,
e da terra toda a face renovai.


Bendize, ó minha alma, ao Senhor!
Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande!
Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras!
Encheu-se a terra com as vossas criaturas1

Se tirais o seu respiro, elas perecem
e voltam para o pó de onde vieram.
Enviais o vosso espírito e renascem
e da terra toda a face renovais.

Que a glória do Senhor perdure sempre,
e alegre-se o Senhor em suas obras!
Hoje, seja-lhe agradável o meu canto,
pois o Senhor é a minha grande alegria!

Nota do Salmo
 Hino de louvor cantando a grandeza de Deus, testemunhada no ciclo da natureza. É uma cópia adaptada do hino egípcio ao deus Sol.
1-4
Celebra a grandeza de Deus, envolvido pela imensidão do universo.
5-9
Descreve alguns traços da criação primordial. Trata-se de uma observação simples dos principais fenômenos da natureza.
10-18
Celebra o rítmo harmônico da natureza, em que coexistem pacificamente plantas, animais e seres humanos.
19-26
Dia e noite delimitam o espaço do homem e das feras. Os VV. 24-26 complementam a multiplicidade, beleza e imensidão das criaturas.
27-28
Enquanto os animais se alimentam diretamente da natureza, o homem precisa transformá-la através do trabalho.
29-30
O mistério da vida é visto como mistério da respiração: sopro de Deus que cria, vivifica e renova.
31-34
Neste louvor o homem reconhece o mistério da natureza, descobrindo nele o próprio mistério de Deus.
35
A harmonia da natureza deixa aberta uma questão: por que existem os injustos que produzem desigualdades entre os homens?

2ª.  Leitura - 1 Coríntios 12,3-7.12-13

.12 3 Por isso, eu vos declaro: ninguém, falando sob a ação divina, pode dizer: "Jesus é o Senhor", senão sob a ação do Espírito Santo.
4 Há diversidade de dons, mas um só Espírito.
5 Os ministérios são diversos, mas um só é o Senhor.
6 Há também diversas operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.
7 A cada um é dada a manifestação do Espírito para proveito comum.
12 Porque, como o corpo é um todo tendo muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, formam um só corpo, assim também é Cristo.
13 Em um só Espírito fomos batizados todos nós, para formar um só corpo, judeus ou gregos, escravos ou livres; e todos fomos impregnados do mesmo Espírito.
Palavra do Senhor.

Nota da 2ª. Leitura               

A Trindade é a base sobre a qual a comunidade se constrói: nesta, toda a ação provém do Pai, todo serviço provem de Jesus e todos os dons (carismas) provêm do Espírito. Cada pessoa na comunidade recebe um dom, ou melhor, é um dom para o bem de todos. Por isso, cada um, sendo o que é e fazendo o que pode, age para o bem da comunidade, colocando-se a serviço de todos como dom gratuito. Desse modo, cada um e todos se tornam testemunho e sacramento da ação, serviço e dom do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Paulo enumera apenas os carismas de direção e ensino. A lista não é completa, pois cada pessoa é um carisma para a comunidade toda.

Evangelho - João 20,19-23

20 19 Na tarde do mesmo dia, que era o primeiro da semana, os discípulos tinham fechado as portas do lugar onde se achavam, por medo dos judeus. Jesus veio e pôs-se no meio deles. Disse-lhes ele: "A paz esteja convosco!"
20 Dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se ao ver o Senhor.
21 Disse-lhes outra vez: "A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós".
22 Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: "Recebei o Espírito Santo.
23 Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos".
Palavra  da Salvação.

Nota do Evangelho

O medo impede o anúncio e o testemunho. Jesus liberta do medo, mostrando que o amor doado até a morte é sinal de vitória e alegria. Depois, convoca seus seguidores para a missão no meio do mundo, infunde nele o espírito da vida nova e mostra-lhe o objetivo da missão: continuar a atividade dele, provocando o julgamento. De fato, a aceitação ou recusa do amor de Deus, trazido por Jesus, é o critério de discernimento que leva o homem a tomar consciência da sentença que cada um atrai para si próprio: sentença de libertação ou de condenação.

 Edinólia Oliveira

“A força que é de Deus”

A missão de Jesus é salvar a humanidade. É ensinar a paz e a união. É anunciar um ser que é o que é, Pai, Misericordioso, Amoroso, Justo e Glorioso. A força que é de Deus nos empurra a anunciar a sua Palavra Viva, continuando assim a Missão de Jesus. Fazendo tudo o que Jesus fez nos glorifica da força e glória que é do Pai. Somos chamados a Missão. Somos chamados a tacar fogo no mundo recebendo pela nossa boa vontade, com os nossos dons o Espírito Santo, A Força que é de Deus.

domingo, 6 de maio de 2018

A Prática do amor.


VI SEMANA DA PÁSCOA Ano B – 06/05/2018

1ª Leitura - Atos 10,25-26.34-35.44-48

10 25 Quando Pedro estava para entrar, Cornélio saiu a recebê-lo e prostrou-se aos seus pés para adorá-lo.
26 Pedro, porém, o ergueu, dizendo: “Levanta-te! Também eu sou um homem!”
34 Então Pedro tomou a palavra e disse: “Em verdade, reconheço que Deus não faz distinção de pessoas,
35 mas em toda nação lhe é agradável aquele que o temer e fizer o que é justo”.
44 Estando Pedro ainda a falar, o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a (santa) palavra.
45 Os fiéis da circuncisão, que tinham vindo com Pedro, profundamente se admiraram, vendo que o dom do Espírito Santo era derramado também sobre os pagãos;
46 pois eles os ouviam falar em outras línguas e glorificar a Deus.
47 Então Pedro tomou a palavra: “Porventura pode-se negar a água do batismo a estes que receberam o Espírito Santo como nós?”
48 E mandou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo. Rogaram-lhe então que ficasse com eles por alguns dias.
Palavra do Senhor.

Nota da 1ª Leitura

Cesaréia está na fronteira da terra judaica com o mundo pagão. Fronteira que, na verdade, separa mundos e mentalidades. O judeu era limitado por dois grandes tabus culturais: a lei da pureza, que impedia comer certos alimentos (cf. Lv 11), como também a lei que proibia misturar-se com pagãos, igualmente considerados profanos e impuros (v. 28). Temos aqui a queda desses tabus; se fossem conservados, impediriam a Igreja, nascida em ambiente judaico, de se expandi pelo mundo pagão. O próprio Deus destrói a barreira entre os homens,  porque ele quer unir todos no único povo de seu Filho (VV. 34-35). A Igreja, portanto, deve distinguir entre o que é essência do Evangelho e o que permanece destinado tempo ou cultura. Uma ação missionária que confundisse o Evangelho com particularismos culturais não seria evangelização libertadora, mas colonização dominadora.
34-43
O texto reflete a essência da catequese primitiva. Na estrutura dessa catequese podemos ver a estrutura dos atuais evangelhos escritos; estes não são mais do que cristalização da catequese realizada em comunidades particulares.
O ponto de partida da evangelização de da catequese é o reconhecimento de que o povo de Deus é formado por todos aqueles que o respeitam e praticam sua vontade, ainda que de forma inconsciente e anônima. É essa prática da justiça que a evangelização visa descobrir, fazer crescer e educar, mostrando tudo o que Deus realizou em favor dos homens através de Jesus Cristo. Note-se que toda a atividade de Jesus está resumida numa frase que define o programa da ação cristã: fazer o bem e curar todos aqueles que estão dominados pelo diabo. Em outras palavras, trata-se de despertar relações justas entre os homens, a fim de que eles vençam a alienação e construam uma sociedade voltada para a vida que Deus quer.
44-48
Este é o pentecostes dos pagãos (cf. At 2,1-12). Note-se que os pagãos recebem o Espírito ao ouvir a Palavra; isso comprova que eles já aceitaram e se comprometeram com o Evangelho. A ação de Deus procede do próprio rito do batismo, que é sinal visível da pertença ao povo de Jesus Cristo.

Salmo - 97/98

O Senhor fez conhecer a salvação
e revelou sua justiça às nações.


Cantai ao Senhor Deus um canto novo,
porque ele fez prodígios!
Sua mão e o seu braço forte e santo
alcançaram-lhe a vitória.

O Senhor fez conhecer a salvação
e, às nações, sua justiça;
recordou o seu amor sempre fiel
pela casa de Israel.

Os confins do universo contemplaram
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, 
alegrai-vos e exultai!

Nota do Salmo

Hino a realeza de Deus, celebrando sua vitória.
1-3:
A vitória de Deus se revela no seu projeto, feito para todas as nações. Trata-se de uma vitória justa, porque salva os pobres e oprimidos.
4-6:
O louvor é uma forma de revelar a realeza de Deus para o mundo inteiro.
7-9:
Essa revelação é fonte de alegria e esperança, porque em cada intervenção histórica Deus funda a justiça e o direito, implantando o seu Reino.

2ª Leitura - 1 João 4,7-10

4 7 Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.
8 Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.
9 Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em nos ter enviado ao mundo o seu Filho único, para que vivamos por ele.
10 Nisto consiste o amor: não em termos nós amado a Deus, mas em ter-nos ele amado, e enviado o seu Filho para expiar os nossos pecados.
Palavra do Senhor.

Nota da 2ª Leitura

O centro da vida é a prática do amor. Esse amor testemunha concreta e visivelmente o conhecimento e a união que temos com Deus, com seu Filho e com o Espírito. De fato, Deus Pai torna-se conhecido pelos homens no ato de dar, por amor, o seu Filho ao mundo (Jo 3,16). O Filho é conhecido pela entrega de si mesmo, no amor, até o fim (Jo 13,1). O Espírito agora é memória do Pai e do Filho nos Cristãos, isto é, a própria vida no amor. A fé na Trindade é a teoria de uma prática que se expressa no amor concreto aos irmãos, a quem Deus ama. A incoerência fundamental seria afirmar uma fé na Trindade que não correspondesse à prática do amor. João deixa claro que o julgamento de Deus será feito sobre a prática do amor vivida ou não (cf. Mt 25, 31-46). Por isso, quem ama não teme o julgamento.

Evangelho - João 15,9-17

15 9 Disse Jesus: “Como o Pai me ama, assim também eu vos amo. Perseverai no meu amor. 10 Se guardardes os meus mandamentos, sereis constantes no meu amor, como também eu guardei os mandamentos de meu Pai e persisto no seu amor.
11 Disse-vos essas coisas para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa.
12 Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo.
13 Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos.
14 Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando.
15 Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz seu senhor. Mas chamei-vos amigos, pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de meu Pai.
16 Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos constituí para que vades e produzais fruto, e o vosso fruto permaneça. Eu assim vos constituí, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vos conceda.
17 O que vos mando é que vos ameis uns aos outros”.
Palavra da Salvação.

Nota do Evangelho

O fruto que a comunidade é chamada a produzir é o amor. Ora, Jesus não quer uma adesão de servos que obedeçam a um senhor, mas uma adesão livre, de amigos. E a amizade é dom: Jesus é o amigo que dá a vida pelos amigos. A missão da comunidade não nasce da obediência a uma lei, mas do dom livre que participa com alegria da tarefa comum, que é testemunhar o amor de Deus que quer dar vida.

Edinólia Oliveira

A Prática do amor.
Eu escolhi esse tema pelo fato que  o amor se baseia na entrega de sua vida em favor de uma comunidade, de uma pátria, uma nação para todos tenha vida próspera.
Deus não faz distinção de pessoas. Mas pessoas se acham diferentes umas das outras socialmente e fisicamente. Infelizmente.
Aqueles que dizem amar a Deus e provoca morte com guerras é verdadeira hipocrisia.  A chamada guerra santa. Santa hipocrisia.
Vários líderes do mundo inteiro deram sua vida em favor de pessoas fracas e desprotegidas. Os ambiciosos e hipócritas os mataram. A prática do amor não se preocupa com seu ego e aparência,  se doa em favor do bem-estar de seus companheiros.

domingo, 29 de abril de 2018

“As práticas da humanidade Deus julgará”


V DOMINGO DA PÁSCOA  Ano B – 29/04/2018

 Leitura - Atos 9,26-31

9 26 Chegando a Jerusalém, tentava ajuntar-se aos discípulos, mas todos o temiam, não querendo crer que se tivesse tornado discípulo.
27 Então Barnabé, levando-o consigo, apresentou-o aos apóstolos e contou-lhes como Saulo vira o Senhor no caminho, e que lhe havia falado, e como em Damasco pregara, com desassombro, o nome de Jesus.
28 Daí por diante permaneceu com eles, saindo e entrando em Jerusalém, e pregando, destemidamente, o nome do Senhor.
29 Falava também e discutia com os helenistas. Mas estes procuravam matá-lo.
30 Os irmãos, informados disso, acompanharam-no até Cesaréia e dali o fizeram partir para Tarso.
31 A Igreja gozava então de paz por toda a Judéia, Galiléia e Samaria. Estabelecia-se ela caminhando no temor do Senhor, e a assistência do Espírito Santo a fazia crescer em número.
Palavra do Senhor.

Nota da 1ª Leitura

O convertido enfrenta, além disso a desconfiança da comunidade, à qual começa a pertencer. Mas alguém da comunidade apresenta um argumento irrefutável e que cria solidariedade para com o recém-convertido: o testemunho corajoso.

Salmo - 21/22

Senhor, sois meu louvor em meio à grande assembléia!
 
sois meu louvor em meio à grande assembléia;
cumpro meus votos ante aqueles que vos temem!
Vossos pobres vão comer e saciar-se,
e os que procuram o Senhor o louvarão.
“Seus corações tenham a vida para sempre!”
 
Lembrem-se disso os confins de toda a terra,
para que voltem ao Senhor e se convertam,
e se prostrem, adorando, diante dele
todos os povos e as famílias das nações.
Somente a ele adorarão os poderosos,
e os que voltam para o pó o louvarão.
 
Para ele há de viver a minha alma,
toda a minha descendência há de servi-lo;
às futuras gerações anunciará
o poder e a justiça do Senhor;
ao povo novo que há de vir, ela dirá:
“Eis a obra que o Senhor realizou!”

Nota do Salmo

Súplica de um inocente perseguido.
2-6:
A experiência mais profunda do sofrimento é sentir-se abandonado pelo próprio Deus.  A lembrança dos benefícios  concedidos aos  antepassados fundamenta a súplica e procura mover Deus e agir. Segundo Mateus, Jesus recitou o v. 2  na cruz (cf. Mt 27,46).
7-12:
Ao sofrimento e abandono soma-se a marginalização. E Javé , não vai socorrer o marginalizado? Será que ele vai abandonar aqueles que lhe pertencem?
13-22:
Os inimigos são descritos como animais ferozes. As imagens dos versículos 15 e 16 mostram o enfraquecimento e a conseqüente proximidade da morte, já esperada como certa pelos perseguidores. Em meio a esse estado deplorável, temos a súplica urgente dos VV. 20-22.
23-32:
Do extremo sofrimento, o perseguido passa a confiança total. Ele já foi salvo ou confia que será. Por isso, convida a comunidade a participar do seu louvor e agradecimento reconhecendo que Deus jamais abandona o pobre que clama. Desse testemunho nasce a esperança de todos os pobres, construtores de uma nova história, alicerçada na justiça.

 Leitura - 1 João 3,18-24

3 18 Meus filhinhos, não amemos com palavras nem com a língua, mas por atos e em verdade.
19 Nisto é que conheceremos se somos da verdade, e tranqüilizaremos a nossa consciência diante de Deus,
20 caso nossa consciência nos censure, pois Deus é maior do que nossa consciência e conhece todas as coisas.
21 Caríssimos, se a nossa consciência nada nos censura, temos confiança diante de Deus,
22 e tudo o que lhe pedirmos, receberemos dele porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é agradável a seus olhos.
23 Eis o seu mandamento: que creiamos no nome do seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, como ele nos mandou.
24 Quem observa os seus mandamentos permanece em (Deus) e (Deus) nele. É nisto que reconhecemos que ele permanece em nós: pelo Espírito que nos deu.
Palavra do Senhor.

Nota da 2ª Leitura

O dom do Espírito nas pessoas a contínua memória e compreensão sobre a pessoa de Jesus (cf. Jo 14,26). É o Espírito, portanto, que gera fé em Jesus e fé é compromisso que produz vida nova. Essa vida, porém, não se traduz apenas por um conhecimento intelectual, mas pela prática do mandamento do amor, que não significa apenas amar com sentimento e com afeto, mas através de ações concretas que provocam a vida e a liberdade dos irmãos. A prática do amor não tem limites, pois devemos amar como Jesus amou: assim como ele foi até o fim dando sua vida por nós, também nós devemos dar a vida pelos irmãos. O Evangelho não pede que sejamos perfeitos para depois amar; pede-nos, sim, que amemos concretamente, certos de que Deus é maior do que a nossa consciência e compreende e perdoa todas as nossas imperfeições.

Evangelho - João 15,1-8

15 1 Disse Jesus: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que não der fruto em mim, ele o cortará;
2 e podará todo o que der fruto, para que produza mais fruto.
3 Vós já estais puros pela palavra que vos tenho anunciado.
4 Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. O ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Assim também vós: não podeis tampouco dar fruto, se não permanecerdes em mim.
5 Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
6 Se alguém não permanecer em mim será lançado fora, como o ramo. Ele secará e hão de ajuntá-lo e lançá-lo ao fogo, e queimar-se-á.
7 Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis tudo o que quiserdes e vos será feito.
8 Nisto é glorificado meu Pai, para que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos”.
Palavra da Salvação.

Nota do Evangelho

1-6:
A comunidade cristã não é uma instituição, mas uma participação na vida de Jesus. Unido a Jesus, cada membro é chamado a testemunhá-lo, colocando a comunidade em contínua expansão e crescimento.
7-17:
O fruto que a comunidade é chamada a produzir é o amor. Ora, Jesus não quer uma adesão de servos que obedeçam a um senhor, mas uma adesão livre, de amigos. E a amizade é dom: Jesus é o amigo que dá a vida pelos amigos. A missão da comunidade não nasce da obediência a uma lei, mas do dom livre que participa com alegria da tarefa comum, que é testemunhar o amor de Deus que quer dar vida.

Edinólia Oliveira

“As práticas da humanidade Deus julgará”
Muitos seres humano no mundo inteiro fala as frases simbólicas:
Se Deus quiser.
Louvado seja Deus.
Deus é grande.
Graças á Deus!
São muitas a frases em nome de Deus. Mas, a humanidade esquece, não sabem ou não querem saber da vontade de Deus. Cumprir e acreditar nos 10 mandamentos que Moisés apresentou em 2 tábuas de pedra que julgaram naquela época vencer muitas batalhas. Não é somente Moisés que escuta a Deus. Nós com muita fé podemos escutar a Deus e saber que desobedecer e não fazer o bem é realmente desobedecer a Deus e nunca poderá avançar em harmonia e sabedoria com a comunidade. Desobedecendo a Deus a comunidade não cresce. A humanidade que desobedece a Deus provoca a guerra. Mas existem pessoas que sabem escutar Deus e fazer o bem. Graças a Deus!