1
1-2
A carta é dirigida a toda a comunidade. Os dirigentes (em grego: epíscopos) não são exatamente os bispos; trata-se de um grupo, cuja função é zelar pelo bom andamento da comunidade. Os diáconos são os encarregados de atender às necessidades materiais da comunidade e, talvez, também de pregar.
3-11
A oração Paulo mostra o seu afeto particular pela comunidade
de Filipos. De fato, esta comunidade desde o início coopera e participa
ativamente no trabalho de evangelização, seja colaborando no anúncio, defesa e
confirmação do Evangelho, seja pela ajuda material oferecida ao Apóstolo. Paulo
só pede uma coisa: o crescimento no amor. Vivendo o amor, a comunidade será
sempre capaz de distinguir o que mais favorece a prática da justiça.
19-26
Paulo provavelmente tem meios para ser solto da prisão e
escapar à morte. Mas encontra-se num dilema: viver ou morrer? No contexto da
sua fé, as duas coisas se equivalem: viver é está em função de Cristo, ou seja,
da evangelização; e morrer é lucro, pois leva a estar com Cristo. Paulo resolve
o dilema, não levando em conta seu próprio interesse, mas o que é melhor para a
comunidade: continuar vivo, para ajudar os filipenses a crescer e se realizar
plenamente na fé.
2
1-4
Paulo convida a comunidade a evitar as divisões causadas
pelo espírito de competição, pelo desejo de receber elogios e pela busca dos
próprios interesses. Tais vícios denotam o fechamento egoísta e a autopromoção
à custa dos outros. A comunidade deve zelar pela harmonia interna e, para isso,
é necessário que haja humildade, cada um considerando os outros superiores a
si, e que o empenho tenha sempre em vista o bem comum.
5-11
Citando um hino conhecido, Paulo mostra qual é o Evangelho
da cruz, o Evangelho autêntico, e apresenta em Cristo o modelo da humanidade.
Embora tivesse a mesma condição de Deus, Jesus se apresentou entre os homens
como simples homem. E mais: abriu mão de qualquer privilégio, tornando-se
apenas homem que obedece a Deus e serve aos homens. Não bastasse isso, Jesus
serviu até o fim, perdendo a honra ao morrer na cruz, como se fosse criminoso.
Por isso Deus ressuscitou e o colocou no posto mais elevado que possa existir,
como Senhor do universo e da história. Os cristãos são convidados a fazer o
mesmo: abrir mão de todo e qualquer privilégio, até mesmo da boa fama, para pôr-se
a serviço dos outros até o fim.
3
1-14
Paulo adverte a comunidade contra os pregadores judaizantes,
chamando-os “cães”, apelido que os judeus davam aos pagãos. Para os
judaizantes, a salvação e a justiça dependem da circuncisão (carne) e da
observância da Lei: a circuncisão permite entrar para o povo de Deus; a Lei
leva o homem a ser justo. Paulo frisa que nenhum ritual ou pode salvar ou
justificar o homem. Pois a salvação e a justiça são dons de Deus e dependem da
fé em Jesus e de uma vida movida pelo Espírito. A fé leva o cristão a
participar da morte e ressurreição de Jesus. Essa participação, porém, não é
automática; supõe que o cristão se feixe guiar pelo Espírito, dando o
testemunho que provoca perseguições, sofrimentos, e até mesmo a morte.
15-21
A perfeição é a maturidade cristã que propõe a cruz e a
ressurreição como centro da vida. Paulo, que deixou tudo em troca da fé em
Cristo, se apresenta como modelo para a comunidade, alertando-a de novo quanto
aos “inimigos da cruz de Cristo”, isto é, aos judaizantes do v. 2. Em vez de
fazer consistir a salvação em ritos, observâncias legais e estruturas, a vida
cristã se orienta pelo testemunho, na esperança de um mundo radicalmente novo.
Este só se realiza através da vinda de Jesus, como Salvador e Senhor que renova
todas as coisas.
4
1-9
Nada sabemos sobre as pessoas nomeadas nos VV. 2-3, a não
ser que devem está profundamente comprometidas com o trabalho de evangelização.
Paulo parece jogar com os significado dos nomes (Evódio = “caminho fácil”;
Síntique = “encontro”; Sízigo = “companheiro de canga”). A alegria cristã se
baseia na salvação obtida por Cristo, e é testemunha sobretudo pela bondade que
se irradia para todos e pela tranqüila confiança em Deus. Os cristãos devem ser
fiéis ao que aprenderam dos seus evangelizadores, mas também precisam estar
abertos a todas as coisas sadias que encontram na sociedade.
10-20
Paulo agradece o auxílio que os filipenses lhe enviaram mediante. Epafrodito. Ele se alegra, não tanta pelo auxílio material recebido, mas pelo afeto e crescimento espiritual que a comunidade demonstra mediante a oferta.
10-20
Paulo agradece o auxílio que os filipenses lhe enviaram mediante. Epafrodito. Ele se alegra, não tanta pelo auxílio material recebido, mas pelo afeto e crescimento espiritual que a comunidade demonstra mediante a oferta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário