1
1-18
O Prólogo de João lembra a introdução do Gênesis (1,1-31; 2,1-4a). No começo, antes da criação, o filho de Deus já existia em Deus, voltando para o Pai: estava em Deus, como a expressão de Deus, eterna e invisível. O Filho é a imagem do Pai, e o Pai se vê totalmente no Filho, ambos num eterno diálogo e mútua comunicação.
A Palavra é a Sabedoria de Deus vislumbrada nas maravilhas do mundo e no desenrolar da história, de modo que, em todos os tempos os homens sempre tiveram e têm algum conhecimento dela.
Jesus, Palavra de Deus, é a luz que ilumina a consciência de todo homem. Mas, para onde nos conduziria essa luz? A Bíblia toda afirma que Deus é amor e fidelidade. Levado pelo seu imenso amor e diel às suas promessas, Deus quis introduzir os homens onde jamais teriam pensado: partilhar a própria vida e felicidade de Deus. E para isso a Palavra se fez homem e veio à sua própria casa, neste seu mundo.
A humanidade já não está condenada a caminhar cegamente, guiando-se por pequenas luzes no meio das trevas, por pequenas manifestações de Deus, mas pelo próprio Jesus, Manifestação total de Deus. Com efeito Jesus Cristo, que é a luz, veio para tornar filho de Deus todos os homens. Um só é o Filho, porém, todos podem torna-se bem mais do que filhos adotivos: nasceram de Deus.
Deus tinha dado uma lei por meio de Moisés. E todos os judeus achavam que essa lei era o maior presente de Deus. Na realidade, era bem mais o que Deus tinha reservado para todos. Porque Jesus, o Deus Filho, o verdadeiro e total Dom do Pai, é o único que pode falar de Deus Pai, porque comunica o amor e a fidelidade do Deus que dá a vida aos homens.
19-28
O Prólogo de João lembra a introdução do Gênesis (1,1-31; 2,1-4a). No começo, antes da criação, o filho de Deus já existia em Deus, voltando para o Pai: estava em Deus, como a expressão de Deus, eterna e invisível. O Filho é a imagem do Pai, e o Pai se vê totalmente no Filho, ambos num eterno diálogo e mútua comunicação.
A Palavra é a Sabedoria de Deus vislumbrada nas maravilhas do mundo e no desenrolar da história, de modo que, em todos os tempos os homens sempre tiveram e têm algum conhecimento dela.
Jesus, Palavra de Deus, é a luz que ilumina a consciência de todo homem. Mas, para onde nos conduziria essa luz? A Bíblia toda afirma que Deus é amor e fidelidade. Levado pelo seu imenso amor e diel às suas promessas, Deus quis introduzir os homens onde jamais teriam pensado: partilhar a própria vida e felicidade de Deus. E para isso a Palavra se fez homem e veio à sua própria casa, neste seu mundo.
A humanidade já não está condenada a caminhar cegamente, guiando-se por pequenas luzes no meio das trevas, por pequenas manifestações de Deus, mas pelo próprio Jesus, Manifestação total de Deus. Com efeito Jesus Cristo, que é a luz, veio para tornar filho de Deus todos os homens. Um só é o Filho, porém, todos podem torna-se bem mais do que filhos adotivos: nasceram de Deus.
Deus tinha dado uma lei por meio de Moisés. E todos os judeus achavam que essa lei era o maior presente de Deus. Na realidade, era bem mais o que Deus tinha reservado para todos. Porque Jesus, o Deus Filho, o verdadeiro e total Dom do Pai, é o único que pode falar de Deus Pai, porque comunica o amor e a fidelidade do Deus que dá a vida aos homens.
19-28
Quando João Batista começou a pregação, os judeus estavam
esperando o Messias, que iria libertá-los da miséria e da dominação
estrangeira. João anunciava que a chegada do Messias estava próxima e pedia a
adesão do povo, selando-a com o batismo. As autoridades religiosas estavam
preocupadas e mandaram investigar se João pretendia ser ele o Messias. João
nega ser o Messias, denuncia a culpa das autoridades, e dá uma notícia
inquietante: o Messias já está presente a fim de inaugurar uma nova era para o
povo.
Messias é o nome que os judeus davam ao Salvador
esperado. Também o chamavam o Profeta. E, conforme se acreditava, antes de sua
vinda deveria reaparecer o profeta
Elias.
João Batista é a testemunha que tem como função preparar o caminho para os homens
chegarem até Jesus. Ora, a testemunha deve ser sincera, e não querer o lugar da
pessoa que ela está testemunhando.
29-34
No idioma dos judeus, a mesma palavra pode significar servo e cordeiro. Jesus é o Servo de Deus, anunciado pelos profetas, aquele que devia sacrificar-se pelos irmãos. Também é verdadeiro Cordeiro, que substitui o cordeiro pascal. João Batista, chamando Jesus de Cordeiro, mostra que ele é o Messias que vem tirar a humanidade da escravidão em que se encontra e conduzi-la a uma vida na liberdade.
29-34
No idioma dos judeus, a mesma palavra pode significar servo e cordeiro. Jesus é o Servo de Deus, anunciado pelos profetas, aquele que devia sacrificar-se pelos irmãos. Também é verdadeiro Cordeiro, que substitui o cordeiro pascal. João Batista, chamando Jesus de Cordeiro, mostra que ele é o Messias que vem tirar a humanidade da escravidão em que se encontra e conduzi-la a uma vida na liberdade.
35-51
João descreve os sete dias da nova criação. No primeiro
dia, João Batista afirma: “No meio de vocês existe alguém que vocês não
conhecem.” Nos dias seguintes vemos como João Batista, João, André, Simão,
Filipe e Natanael descobrem a Jesus. É sempre uma testemunha que aponta Jesus
para outra. O último dia será o casamento em Caná, onde Jesus manifesta a sua
glória.
“O que vocês estão procurando?” São estas as primeiras
palavras de Jesus neste evangelho. Essa pergunta, ele a faz a todos os homens.
Nós queremos saber quem é Jesus, e ele nos pergunta sobre o que buscamos na
vida.
Os homens que encontraram Jesus começaram a conviver com
ele. E no decorrer do tempo vão descobrindo que ele é o Mestre, o Messias, o
Filho de Deus. O mesmo acontece conosco: enquanto caminhamos com Cristo, vamos
progredindo no conhecimento a respeito dele.
João Batista era apenas testemunha de Jesus, a quem tudo
se deve dirigir. João sabia disso; por isso convida seus próprios discípulos
para que se dirijam a Jesus. E os dois primeiros vão buscar outros. É desse mesmo modo que nós
encontramos a Jesus: porque outra pessoa nos falou dele ou nos comprometeu numa
tarefa apostólica.
Jesus sempre conhece aquele que o Pai coloca em seu
caminho. Ele conhece Natanael debaixo da figueira e também Simão, escolhido para
ser a primeira Pedra da Igreja.
Vereis o céu aberto: No sonho de Jacó, os anjos subiam e
desciam por uma escada que ligava a terra ao céu (leia Gn 28,10-22). Doravante
é Jesus, o Filho do Homem, a nova ligação entre Deus e os homens.
2
1-12
Segundo João, a primeira semana de Jesus termina com a festa de casamento em Caná, João relata este episódio por causa do seu aspecto simbólico; o casamento é o símbolo da União de Deus com a humanidade, realizada de maneira definitiva na pessoa de Jesus, Deus-e-Homem. Sem Jesus, a humanidade vive uma festa de casamento sem vinho. Maria, aliviando a situação constrangedora, simboliza a comunidade que nasce da fé em Jesus, e as últimas palavras que ela diz nesse evangelho são um convite: "Façam o que Jesus mandar." Jesus diz que a sua hora ainda não chegou, pois só aconteceu na sua morte e ressurreição, quando ele nos reconcilia com Deus.
Jesus utilizou a água que os judeus usavam para a purificação. Os judeus estavam cegos pela preocupação de não se mancharem, e sua religião multiplicava os ritos de purificação. Mas Jesus transformou a água em vinho! E que a religião verdadeira não se baseia no medo do pecado. O importante é receber de Jesus o Espírito. Este como vinho generoso, faz a gente romper com as normas que aprisionam e com a mesquinhez da nossa própria sabedoria.
O episódio de Caná é uma espécie de resumo daquilo vai acontecer através de toda a atividade que vai acontecer através de toda a atividade de Jesus: com sua palavra e ação, Jesus transforma as relações dos homens com Deus e dos homens entre si.
13-22
Segundo João, a primeira semana de Jesus termina com a festa de casamento em Caná, João relata este episódio por causa do seu aspecto simbólico; o casamento é o símbolo da União de Deus com a humanidade, realizada de maneira definitiva na pessoa de Jesus, Deus-e-Homem. Sem Jesus, a humanidade vive uma festa de casamento sem vinho. Maria, aliviando a situação constrangedora, simboliza a comunidade que nasce da fé em Jesus, e as últimas palavras que ela diz nesse evangelho são um convite: "Façam o que Jesus mandar." Jesus diz que a sua hora ainda não chegou, pois só aconteceu na sua morte e ressurreição, quando ele nos reconcilia com Deus.
Jesus utilizou a água que os judeus usavam para a purificação. Os judeus estavam cegos pela preocupação de não se mancharem, e sua religião multiplicava os ritos de purificação. Mas Jesus transformou a água em vinho! E que a religião verdadeira não se baseia no medo do pecado. O importante é receber de Jesus o Espírito. Este como vinho generoso, faz a gente romper com as normas que aprisionam e com a mesquinhez da nossa própria sabedoria.
O episódio de Caná é uma espécie de resumo daquilo vai acontecer através de toda a atividade que vai acontecer através de toda a atividade de Jesus: com sua palavra e ação, Jesus transforma as relações dos homens com Deus e dos homens entre si.
13-22
Para os judeus, o Templo era o lugar privilegiado de
encontro com Deus. Aí se colocavam as ofertas e sacrifícios levados pelos
judeus do mundo inteiro, e formavam verdadeiro tesouro, administrado pelos
sacerdotes. A casa de oração se tornara lugar de comércio e poder, disfarçados
em culto piedoso.
Expulsando os comerciantes, Jesus denuncia a opressão e a
exploração dos pobres pelas autoridades religiosas. Predizendo a ruína do
Templo, ele mostra que essa instituição religiosa já caducou. Doravante, o
verdadeiro Templo é o corpo de Jesus, que morre e ressuscita. Deus não quer
habitar em edifícios, mas no próprio homem.
3
9-15
A grande novidade que Deus
tem para os homens está em Jesus, que vai revelar na cruz a vida nova. Aí ele
demonstra o maior ato de amor: a doação de sua própria vida em favor dos
homens.
16-21
Deus não quer que os homens se percam, nem sente prazer
em condená-los. Ele manifesta todo o seu amor através de Jesus, para salvar e
dar a vida a todos. Mas a presença de Jesus é incômoda, pois coloca o mundo dos
homens em julgamento, provocando divisão e conflito, e exigindo decisão. De um
lado, os que acreditam em Jesus e vivem o amor, continuando a palavra e a ação
dele em favor da vida. De outro lado, os que não acreditam nele e não vivem o
amor, mas permanecem fechados em seus próprios interesses e egoísmo, que geram
opressão e exploração; por isso estes sempre escondem suas verdadeiras
intenções: não se aproximam da luz.
22-30
João Batista não é rival de Jesus. Confessa claramente que sua missão é tornar Jesus conhecido e seguido, e não se servir de Jesus como trampolim para angariar seguidores.
31-36
Jesus veio de junto do Pai, e só ele revela o verdadeiro Deus que dá vida aos homens. Quem não aceita o testemunho de Jesus, acaba servindo os ídolos do mundo e correndo para a morte.
22-30
João Batista não é rival de Jesus. Confessa claramente que sua missão é tornar Jesus conhecido e seguido, e não se servir de Jesus como trampolim para angariar seguidores.
31-36
Jesus veio de junto do Pai, e só ele revela o verdadeiro Deus que dá vida aos homens. Quem não aceita o testemunho de Jesus, acaba servindo os ídolos do mundo e correndo para a morte.
4
1-15
Conversando com uma mulher que era samaritana, Jesus
supera os preconceitos de raça e as discriminações sociais. Como qualquer
pessoa, essa mulher tem sede de vida. Todos buscam algo que lhes mate a sede,
mas encontram apenas águas paradas. Jesus traz água viva corrente e faz com que
a fonte brote de dentro de cada um.
16-26
Enquanto os judeus adoravam a Deus no templo de
Jerusalém, os samaritanos o adoravam no templo do monte Garizim. Jesus supera o
nacionalismo religioso, mostrando que Deus quer ser adorado na própria dimensão
da vida humana. A própria vida dedicada ao bem dos outros, como a de Jesus, é o
verdadeiro culto a Deus, a adoração em espírito e verdade. Como Pai, Deus está
presente na família humana e não quer que os homens separem religião e vida.
27-38
Com sua palavra e ação, Jesus realiza a obra do semeador.
Todos os que fazem a experiência de Jesus partem para anunciá-lo, como a
samaritana, provocando a vinda do povo. A vontade do Pai é reunir a humanidade
em torno de Jesus, e cabe aos discípulos continuar essa tarefa, iniciada pelo
próprio Jesus.
39-42
Os judeus se consideravam escolhidos por Deus, mas não
compreenderam e não aceitaram a mensagem de Jesus, e até o obrigaram a sair da
Judéia (4,1-3). Os samaritanos que eram considerados como povo marginalizado e
herege, escolheram Jesus como o Salvador do mundo.
6
1-15
Jesus propõe a missão da sua comunidade: ser sinal do
amor generoso de Deus, assegurando para todos a possibilidade de subsistência e
dignidade. A segurança da subsistência não está no muito que poucos possuem e
retêm para si, mas no pouco de cada um que é repartido entre todos. A garantia
da dignidade não se encontra no poder de
um líder que manda, mas no serviço de cada um que organiza a comunidade para o
bem de todos.
22-34
A multidão procura Jesus, desejando continuar na situação de abundância, isto é, governada
por um líder político que decide e providencia tudo, sem exigir esforço. Jesus
mostra que essa não é a solução; é preciso buscar a vida plena, mas isso exige
o empenho do homem. Além do alimento que sustenta a vida material, é necessária
a adesão pessoal a Jesus que essa vida se torne definitiva.
35-50
Jesus se apresenta como aquele que veio de Deus para dar
a vida definitiva aos homens. Seus adversários não admitem que um homem possa
ter origem divina e, portanto, possa dar a vida definitiva.
60-71
As palavras de Jesus provocam resistência e desistência
até entre os discípulos. Muitos conservam a idéia de um Messias Rei, e não
querem seguir Jesus até a morte, entendida por eles como fracasso. E não
assumem a fé por medo de se comprometerem. Os Doze apóstolos, porém, aceitam a
proposta de Jesus e o reconhecem como Messias, dando-lhes sua adesão e
aceitando suas exigências.
8
1-11
Mais uma vez Jesus mostra que a pessoa humana está acima
de qualquer lei. Os homens não podem julgar e condenar, porque nenhum deles
está isento de pecado. O próprio Jesus não veio para julgar, pois o Pai não
quer a morte do pecador, e sim ele se converta e viva. (Ez 18, 23.32).
9
1-12
O cego de nascença simboliza o povo que nunca tomou
consciência de sua própria condição de oprimido, e por isso não chegou a ver
verdadeira condição humana, o objetivo para o qual Deus o criou. A missão de
Jesus, e dos que acreditam nele, é mostrar essa possibilidade, de partir de uma
prática concreta, mais do que com palavras.
13-34
A ação de Jesus abala as idéias religiosas dos
representantes do poder. Estes, em primeiro lugar, procuram transformar o fato
em fraude. Não o conseguindo, recorrem à
sua própria autoridade, para definirem o que está ou não de acordo com a
vontade de Deus. Apegados a suas idéias,
negam o que é evidente e invertem as coisas, defendendo a todo custo sua
posição de privilégio e poder. Para eles, Deus prefere a observância da Lei ao bem do homem. Por fim, recorrem a
violência, expulsando o homem da comunidade, marginalizando-o. Pretendendo
possuir a luz, eles se tornam os cegos e querem cegar os outros.
35-41
Curado por Jesus, o homem enfrenta a luta com os
dirigentes de uma sociedade cega que o afasta. Como conseqüência, ele passa
então para uma nova comunidade e começa seu novo culto. Por outro lado, os
dirigentes não querem aceitar essa realidade e por isso permanecem
intransigentes dentro da instituição opressora. Este é o julgamento de Jesus.
10
1-6:
Nesta comparação o curral representa a instituição que
explora e domina o povo. Os ladrões e assaltantes são os dirigentes. Jesus
mostra que a mensagem é incompatível com qualquer instituição opressora e que
sua missão é conduzir para a fora da influência dela os que nele acreditam, a
fim de formar uma comunidade que possa ter vida plena e liberdade.
7-21:
O único meio de liberta-se de opressores ou de uma
instituição opressora é comprometer-se com
Jesus, pois Ele é a única alternativa (a porta). Jesus é o modelo de
pastor: ele não busca seus próprios interesses; ao contrário, ele dá a sua
própria a todos aqueles que aceitam sua resposta. Jesus provoca divisão: para uns, suas palavras são loucura; para
outros, sua ação é sinal de libertação.
22-29
Jesus define sua condição de Messias, apresentando-se como o Filho de Deus. As provas do seu messianismo não são teorias jurídicas, mas fatos concretos: suas ações comprovam que é
Deus quem age nele.
22-29
Jesus define sua condição de Messias, apresentando-se como o Filho de Deus. As provas do seu messianismo não são teorias jurídicas, mas fatos concretos: suas ações comprovam que é
Deus quem age nele.
11
1-16
Numa comunidade marcada por relações de afeto e amor
ativo, ninguém tem medo do perigo ou de se comprometer quando se trata de
ajudar o irmão necessitado. O receio de enfrentar obstáculos nasce da falta de
fé que não compreende a qualidade de vida que Jesus comunica.
17-27
Jesus se apresenta como ressurreição e vida, mostrando
que a morte é apenas uma necessidade física. Para a fé cristã a vida não é
interrompida com a morte, mas caminha para a sua plenitude. A vida plena da
ressurreição já está presente naqueles que pertencem à comunidade de Jesus.
28-44
A morte é o resumo e o ponto máximo de todas as fraquezas
humanas. O medo da morte acovarda o homem diante da opressão, e o impede de
testemunhar. O medo fortalece o poder dos opressores. Libertando o homem desse
medo , Jesus torna-se radicalmente livre e capaz de dar até o fim o testemunho
da própria fé.
45-57
A comunicação da vida e liberdade é intolerável para um
sistema opressor que gera a morte. As autoridades disfarçam sua hostilidade com
a desculpa de que o bem da nação está em jogo. Apela para a segurança nacional.
Caifás apresenta a solução que ironicamente, se tornou o coração da fé cristã:
Jesus morrerá por todos. Matando Jesus, o sistema opressor se denuncia e se
destrói a si mesmo, abrindo a possibilidade da vida e liberdade para todos.
12
12-36
Temos aqui duas concepções sobre o Messias. Seguindo a
tradição transmitida pelos dirigentes, o povo aclama Jesus como um rei
político. Mais tarde, será transformada em motivo de condenação de Jesus. Por
outro lado, Jesus se apresenta como o Messias predito pelas
Escrituras, mostrando porém sua verdadeira missão: dar a vida para
salvar e reunir o povo.
14
1-14:
Jesus é o verdadeiro caminho para a vida. Através da
encarnação, Deus, doador da vida, se manifesta inteiramente na pessoa e ação de
Jesus. A comunidade que segue Jesus não caminha para o fracasso, pois a meta é
a vida. Jesus não apresenta apenas uma utopia, mas convida a percorrer um
caminho historicamente concreto. Inspirada nos sinais que Jesus realizou, a
comunidade criará novos sinais dentro do mundo, abrindo espaço de esperança e
vida eterna.
15-26:
Advogado é alguém que defende uma causa. Jesus envia o
Espírito Santo como advogado da comunidade cristã. O Espírito é a memória de
Jesus que continua sempre viva e presente na comunidade. Ele ajuda a comunidade
a manter e a interpretar a ação de Jesus em qualquer tempo e lugar. O Espírito também leva a comunidade a
discernir os acontecimentos para continuar o processo de libertação,
distinguindo o que é vida e o que é morte, e realizando novos atos de Jesus na
história.
27-31
Jesus fala de paz e alegria no momento em que sua morte
esta para acontecer. Paz é a plena realização humana. Ela só é possível se aquele que rege uma sociedade desumana
for destituído de poder. A morte de
Jesus realiza a paz. Todo martírio é participação nessa luta vitoriosa de Jesus
e, portanto, causa de paz e alegria.
15
1-6:
A comunidade cristã não é
uma instituição, mas uma participação na vida de Jesus. Unido a Jesus, cada
membro é chamado a testemunhá-lo, colocando a comunidade em contínua expansão e
crescimento.
7-17:
O fruto que a comunidade é
chamada a produzir é o amor. Ora, Jesus não quer uma adesão de servos que
obedeçam a um senhor, mas uma adesão livre, de amigos. E a amizade é dom: Jesus
é o amigo que dá a vida pelos amigos. A missão da comunidade não nasce da
obediência a uma lei, mas do dom livre que participa com alegria da tarefa
comum, que é testemunhar o amor de Deus que quer dar vida.
16
4b-15
Através do testemunho dos
discípulos, o testemunho de Jesus continua na história. Guiados pelo Espírito,
os discípulos se tornam capazes de interpretar o mundo a partir da palavra e
ação de Jesus. Em qualquer lugar e época, eles irão testemunhar, mostrando que:
o pecador é aquele que rejeita a obra de Deus realizada em Jesus, presente e
atuante naqueles que o testemunham; o condenado é príncipe ou chefe do sistema
que condenou Jesus e continua perseguindo seus seguidores. Desse modo, o julgamento
de Deus inverte o julgamento dos homens: a morte de Jesus transforma-se em
vida, e aqueles que o condenaram, agora são condenados.
18
33-38 a
Jesus confirma que é rei.
Sua realeza, porém, não é semelhante a dos poderosos deste mundo. Estes
exploram e oprimem o povo, enganando-o com um sistema de ideias, para esconder
sua ação. É o mundo da mentira. Jesus, ao contrário, é o Rei que dá a vida,
trazendo aos homens o conhecimento do verdadeiro Deus e do verdadeiro homem.
Seu reino é o reino da verdade, onde a exploração dá lugar à partilha, e a
opressão dá lugar à fraternidade.
20
1-10:
A fé na ressurreição tem
dois aspectos. O primeiro é negativo: Jesus não está morto. Ele não é falecido
ilustre, ao qual se deve construir um monumento. O sepulcro vazio mostra que
Jesus não ficou prisioneiro da morte. O segundo aspecto da ressurreição é
positivo: Jesus está vivo, e o discípulo que o ama intui essa realidade.
19-23:
O medo impede o anúncio e o testemunho. Jesus liberta do
medo, mostrando que o amor doado até a morte é sinal de vitória e alegria.
Depois, convoca seus seguidores para a missão no meio do mundo, infunde nele o
espírito da vida nova e mostra-lhe o objetivo da missão: continuar a atividade
dele, provocando o julgamento. De fato, a aceitação ou recusa do amor de Deus,
trazido por Jesus, é o critério de discernimento que leva o homem a tomar
consciência da sentença que cada um atrai para si próprio: sentença de
libertação ou de condenação.
24-29
Tomé simboliza aqueles que não acreditam no testemunho da
comunidade e exigem uma experiência particular para acreditar. Jesus, porém, se
revela a Tomé dentro da comunidade. Todas as gerações do futuro acreditarão em
Jesus vivo e ressuscitado através do testemunho da comunidade cristã.
30-31
O autor conclui o relato da vida de Jesus, chamando a
atenção para o conteúdo e a finalidade do seu
evangelho, que contém apenas alguns dos muitos sinais realizados por
Jesus. E estes aqui foram narrados para despertar o compromisso da fé que leva
a experimentar a vida trazida por Jesus
21
1-14
A comunidade cristã que age sem estar unida à pessoa e
missão de Jesus continua nas trevas e não produz fruto, pois trabalha sem
perceber a presença do ressuscitado e sem conhecer o modo correto de realizar a
ação. No momento em que ela segue a palavra de Jesus, o fruto surge abundante.
A missão termina sempre na Eucaristia, onde se realiza a comunhão com Jesus.
15-23
A idéia de superioridade e domínio no exercício do
pastoreio é absolutamente contrária ao ensino e atitude de Jesus, que considera
todos os seus discípulos como amigos e irmãos. O verdadeiro pastor é aquele que
segue a Jesus, colocando-se a serviço da comunidade e sendo capaz de amá-la até
o fim, dando por ela até a própria vida.
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