sábado, 27 de dezembro de 2014

Permita que a salvação de Jesus entre em sua vida

Programa Ecoando
Dia 28: Domingo da 8ª de Natal  Ano B  (Cor Branca)

 Sagrada Família: Jesus, Maria e José 

Permita que a salvação de Jesus entre em sua vida

 1ª Leitura: Eclo 3, 3-7.14-17a

É um comentário ao quarto mandamento do Decálogo. O respeito e o cuidado para com os pais preservam a consciência viva da identidade de um povo.

 Salmo- 127

Oração em estilo sapiencial sobre a felicidade do justo.
Temer a Deus consiste em reconhecer que só ele é Deus, e o homem não é Deus. Daí nasce a obediência à vontade de Deus, que abençoa e ensina o caminho da vida: trabalho honesto, amor matrimonial, paternidade e maternidade que partilham a vida.
Do ciclo familiar para todo o povo: da cidade da aliança Deus abençoa a todos, criando uma história de paz.

 2ª Leitura: Cl 3, 12-21  

Através do batismo, os cristãos passam por uma transformação radical: deixam de pertencer à velha humanidade corrompida (homem velho) e começam a pertencer à nova humanidade (homem novo), que é a criação realizada em Cristo, o novo Adão, imagem de Deus (1,15). Na comunidade cristã, semente da nova humanidade, não se admitem distinções de raça, religião, cultura ou classe social: todos são iguais e participam igualmente da vida de Cristo. A transformação é coisa prática: deixar as ações que visam egoisticamente aos próprios interesses, em troca de ações a serviço de reconciliação mútua e do bem comum.
Paulo aplica às relações humanas o princípio enunciado no v. 17: fazer tudo “em nome do Senhor Jesus”. Note-se que ele prega uma única moral a todos (homem, mulher, crianças, adultos, senhores e escravos): todos devem ser leais e respeitosos com os outros. Embora Paulo não se afaste do modo de pensar da sua época, sua proposta é um passo para que se reconheça a igualdade de direitos entre os homens e para que aconteçam importantes transformações sociais.

 Evangelho: Lc 2, 22-40

Simeão e Ana também representam os pobres que esperam a libertação. E Deus responde a esperança deles. O cântico de Simeão relembra a vida e Missão do Messias: Jesus será sinal de contradição, isto é, julgamento para os ricos e poderosos, e libertação para os pobres e oprimidos (cf. Lc 6,20-26).


sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

“Filho de Maria, Deus Conosco”

Programa Ecoando
Dia 21: 4º Domingo do Advento  Ano B  (Cor Roxa)

 “Filho de Maria, Deus Conosco”

 1ª Leitura: 2Sm  7, 1-5.8b-12.14ª.16

Davi quer construir uma casa, isto é, um templo para Deus. Deus recusa, pois está presente no meio do povo que luta pela vida e liberdade. Em troca, é Deus quem vai construir uma casa, isto é, uma dinastia para Davi: o poder político estará sempre na mão de seus descendentes. O oráculo é sem dúvida um ato político que procura justificar e preservar o poder dinástico da família de Davi, principalmente o poder de Salomão. As tribos do Norte, porém, vão logo rebelar-se contra esse verdadeiro “ato institucional” (cf. 1Rs 12).
Esse texto fundou a concepção messiânica, elaborada tanto no Antigo como no Novo Testamento. Com o fracasso da realeza em Judá, o Messias (rei descendente de Davi) torna-se o rei ideal que libertará o povo e o fará viver conforme a justiça e o direito (cf. Is 11, 1-9 e nota). O Novo Testamento vê a pessoa de Jesus como a realização da promessa do Messias (Cristo = Ungido = Messias).

Salmo- 88

Oração de súplica numa catástrofe nacional, com especial menção da promessa de Deus feita a dinastia de Davi.
O amor e a fidelidade são termos básicos da Aliança e dão a tônica a todo este Salmo.
A Aliança com Davi fundou uma dinastia perpétua.
Hino de louvor, proclamando a soberania de Javé sobre o universo e a história. Acima de homens e autoridades está Deus. Ele firma o governo delas com amor e fidelidade, a fim de produzir justiça e direito.

2ª Leitura: Rm 16, 25-27  

O louvor exprime a alegria da Igreja que já vive o tempo que se realiza o mistério da salvação. (cf. nota em Ef 3, 1-13).

 Evangelho: Lc 1, 26-38

Maria é outra representante da comunidade dos pobres que espera pela libertação. Dela nasce Jesus Messias, o Filho de Deus. O fato de Maria conceber sem ainda está morando com José indica que o nascimento do Messias é obra da intervenção de Deus. Aquele que vai iniciar nova história surge dentro da história de maneira totalmente nova.


A CATEQUESE NO BRASIL: ORGANIZAÇÃO E INDENTIDADE

A catequese no Brasil vai assumindo diversas formas, linguagens e métodos, à medida que a realidade a interroga. A Igreja no Brasil chega ao século XX com duas atitudes principais diante dessa realidade: a de condenação e a de acolhida críticas das mudanças. Essas posturas ainda podemos ver nos cristãos de hoje diante do mundo que rapidamente se modifica, trazendo sempre desafios à evangelização. Podemos começar nos perguntando: que situações teriam ocorrido no Brasil, entre os anos de 1.800 e 1900, que influenciaram a forma de a Igreja se organizar? (Conversa em Grupo).

Separação entre Igreja e Estado

A virada do século, para os brasileiros, foi um período de intensas mudanças: econômicas, políticas, sociais e culturais. O fato que mais demonstra isso foi a proclamação da República, que mudou a forma de organização do estado brasileiro. Entre essas mudanças, estava a instauração do Estado laico, ou seja, uma forma de governo fundada no princípio de que o poder religioso não deveria influenciar na esfera pública, pois a decisão de seguir uma religião é de cunho privado. Houve muitas críticas por parte dos católicos, visto que, entre outras questões, a igreja já não  poderia intervir, com a mesma força de antes, nas decisões político- sociais. Mesmo os católicos se dividiram diante dessa situação: alguns defenderam a monarquia (no estilo que vinha sendo exercida até então, em relação direta com a Igreja Católica) e outros, a república, que acenava com maior liberdade política e da própria Igreja.
Assim, sem dependência do governo, como afirma frei Bernardo Cansi, a Igreja buscou organizar, com maior autonomia, a catequese, as dioceses e a ação pastoral. Vieram da Europa para o Brasil diversas congregações religiosas, como os maristas e os lassalistas, que muito contribuíram (e ainda o fazem) para a educação religiosa em colégios. De outro lado, não querendo perder os recursos para suas obras, muitos membros da hierarquia da Igreja uniram-se à burguesia em troca de financiamento de construções e ações sociais (colégios, hospitais, asilos, igrejas etc.). Aquela aproximação anterior com os mais pobres, principalmente índios, negros, camponeses e operários, não foi a grande preocupação da Igreja nesse momento histórico.

Educadores da fé

No início da República, entre as vozes da Igreja no Brasil, uma que se fez ouvir com fervor foi a do padre redentorista Júlio Maria. O sacerdote tinha como lema “catolicizar” o Brasil” e, para isso, via a importância do púlpito e também da imprensa. Acreditava que era preciso unir o povo e a Igreja, sem privilégios do governo. Valorizava a democracia e propunha uma evangelização junto as classes populares, dando grande destaque às questões sociais. O caminho proposto por padre Júlio Maria, para a catequese, era o de assumir a cultura e a religiosidade populares. No entanto, esse apelo não foi seguido e a catequese, assim como praticamente toda a ação pastoral, não teve um rosto brasileiro.
Também se destaca nessa época o monsenhor  Álvaro Negromonte, pernambucano que trabalhou em Belo Horizonte, onde criou o Boletim Catequético. A convite de Dom Helder Câmara, foi para o rio de Janeiro, onde assumiu o Departamento de Ensino Religioso daquela arquidiocese e lecionou, no Seminário São José, a disciplina “pedagogia catequética”, tema de um de seus livros. Seus manuais de ensino religioso, muito aceitos e utilizados no país, fundamentavam-se na Sagrada Escritura, principalmente nos evangelhos e na liturgia. O eixo central do seu método era a reflexão da doutrina, da moral e liturgia católicas. Seu campo de atuação era a escola, o que levou a catequese a assumir a linguagem, os métodos e a pedagogia dessa instintuição de ensino. Frei Bernardo Cansi a denomina “catequese escolarizada”. Hoje, a visão construída é que ensino religioso e catequese se complementam, embora sejam ações diferentes.

Catequese apologética

Nessa época, a Igreja no Brasil assumiu um catolicismo romantizado, de inspiração tridentina,  em que se valorizava mais os aspectos doutrinário e moralista, centrado no clero e nos sacramentos, e a organização se centrava na paróquia conforme explica  Henrique Cristiano José Matos.
Algo novo surgiu com Pio X, eleito papa em 1893, que, preocupado com a “ignorância religiosa”, escreveu a encíclica Acerbo Nimis em 1905, a primeira sobre catequese. Pio X também escreveu o Catecismo da Doutrina Cristã, que logo foi assumido pela Igreja no Brasil. Numa reunião em Aparecida (SP), em 1904, os bispos brasileiros estudaram esse catecismo e, em 1915, mostram-se favoráveis à aquisição e uso do Catecismo do Concílio de Trento para a catequese com adultos. Apontam como conteúdo fundamental: o Símbolo dos Apóstolos (Credo), os sacramentos e os sacramentais, os dez mandamentos e os mandamentos da Igreja, a oração, a graça e os conselhos evangélicos, as virtudes, o pecado e os novíssimos (céu, inferno, purgatório...).  Salientam também a importância de falar  do papa, do “primado e do magistério infalível”.
Nossos bispos, em 1939 no Rio de Janeiro, voltam a se encontrar para refletir sobre a catequese. Foi o primeiro Concílio  Plenário Brasileiro. Nesse encontro, os bispos, no entanto, concluem que a ignorância religiosa é a causa dos grandes males da Igreja e da sociedade. Não fazem uma leitura da realidade social, econômica e política, mas reduzem a visão do mal ao “não saber” do povo. Veem como inimigos o espiritismo e o protestantismo e definem como solução para defesa da fé cristã (apologética) o forte teor doutrinário da catequese.

Para conversar:
1)-Como percebemos a influência dessas idéias e metodologias catequéticas em nossa formação e nos dias atuais?
2)-O que essas propostas tem de riqueza e que limites apresentam?

Para rezar:
Rezemos por todos os leigos e leigas, religiosos e religiosas e sacerdotes que muito fizeram pela nossa catequese. Que aprendamos com eles a valorizar a educação da fé, e a promover, sempre mais, a reflexão profunda e madura de nossa ação catequética.

Cantemos: “Vinde , Espírito de Deus, e enchei os corações dos fiéis com vossos dons...” (ou outro conhecido da comunidade).

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

“JOÃO BATISTA VEIO PARA DAR TESTEMUNHO DA LUZ”

Programa Ecoando
Dia 14: 3º Domingo do Advento  Ano B  (Cor Rósea )

 “JOÃO BATISTA VEIO PARA DAR TESTEMUNHO DA LUZ”


1ª Leitura: Is  61, 1-2 a. 10-11

O profeta é enviado para  proclamar a Boa Notícia da libertação (VV. 1-3ª), e os destinatários são os pobres (v.1), porque estão abertos à fraternidade e à partilha. Para que a libertação se torne realidade, deverá acontecer no país uma restauração, que se abre para o futuro. Dentro do país, terá que triunfar a justiça nas relações entre os cidadãos; fora, terão que acessar as injustiças e opressões contra o país. A condição para acabar com as opressões externas é abolir as explorações que existem dentro do país; para isso, é preciso reconstruir a cidade e reestruturar o campo, através de uma nova política agrícola e pastoril. Não basta está na terra; é preciso possuí-la. Após sair da escravidão, é preciso caminhar para a libertação e dar-lhe consistência, restaurando o país dilapidado. Os estrangeiros já não irão explorar , participarão da partilha, através do trabalho (VV. 4-5). Dessa maneira, o povo será sacerdote ou ministro de Deus (v. 6), isto é, será oficiante de um culto que agrada a Javé (cf. cap. 58). Se há injustiça no país, exige-se conversão; se a injustiça vem de fora por não de outros, deverão ser enfrentados. Direito e justiça são o fiel da balança (v. 8b); através deles haverá alegria (v. 7), fidelidade a Deus (Aliança, v. 8b), bênção e reconhecimento das nações (v. 9): é o ano da graça de Javé.

Salmo- Lc, 1, 46ss

O cântico de Maria é o cântico dos pobres que reconhecem a vinda de Deus para libertá-los através de Jesus. Cumprindo a promessa, Deus assume o partido dos pobres, e realiza uma transformação na história, invertendo a ordem social: os ricos e poderosos são depostos e despojados, e os pobres e oprimidos são libertos e assumem a direção dessa nova história.


2ª Leitura: 1 Ts 5, 16-24

Paulo termina a carta com diversos conselhos para a construção e crescimento da comunidade: respeitar os  que tem encargo de dirigir, ajudar os irmãos que estão em dificuldade, vivwer em clima de alegria e oração. Os VV. 19-21 convidam os cristãos a exercitar mo discernimento e espírito crítico, para se tornarem capazes de reconhecer e assimilar o bem, onde quer que este se encontre.
Espírito, alma e corpo (v. 23) significam aqui o homem inteiro na sua vida concreta, participando do Espírito de Deus.

Evangelho: Jo 1, 6-8.19-28

Quando João Batista começou a pregação, os judeus estavam esperando o Messias, que iria libertá-los da miséria e da dominação estrangeira. João anunciava que a chegada do Messias estava próxima e pedia a adesão do povo, selando-a com o batismo. As autoridades religiosas estavam preocupadas e mandaram investigar se João pretendia ser ele o Messias. João nega ser o Messias, denuncia a culpa das autoridades, e dá uma notícia inquietante: o Messias já está presente a fim de inaugurar uma nova era para o povo.
Messias é o nome que os judeus davam ao Salvador esperado. Também o chamavam o Profeta. E, conforme se acreditava, antes de sua vinda deveria reaparecer o profeta Elias.
João Batista é a testemunha que tem como  função preparar o caminho para os homens chegarem até Jesus. Ora, a testemunha deve ser sincera, e não querer o lugar da pessoa que ela está testemunhando.


sexta-feira, 28 de novembro de 2014

“Eis que o Eterno Redentor vem ao nosso encontro!”

Programa Ecoando
Dia 30: 1º Domingo do Advento  Ano B  (Cor Roxa)

 “Eis que o Eterno Redentor vem ao nosso encontro!”

A vinda de Cristo não anula a liberdade humana, mas é convite a perseverança na justiça. Todo aquele que põe em Cristo o sentido de sua vida, acolhe a graça divina e participa da redenção trazida por Ele.

1ª Leitura: Is  63, 16b-17.19b; 64, 2b-7

Trata-se de uma súplica em quatro partes: meditação histórica (63,7-14); invocação a Deus Pai (63,15-19a ); pedido por uma manifestação de Deus (63, 19b-64, 4a ); confissão do pecado (64, 4b-11). Este salmo data provavelmente dos início dos exílio: diante do sofrimento, o povo relembra o passado com suas horas tristes e seus momentos de esperança, e dirige sua súplica a Deus, Pai e protetor de Israel, único que pode libertar seu filho da miséria. Para o povo, a libertação de uma questão de honra para Javé: que ele perdoe os filhos humilhados e lhes reavive a esperança.

Salmo 79

Oração coletiva de súplica, por ocasião de uma invasão inimiga.
Israel e Javé representam o reino do Norte, do qual se mencionam três tribos.  Trata-se de uma súplica, talvez motivada pela invasão assíria, que destruiu o reino de Israel em 722 a. C.
Refrão que se repete nos VV. 8 e 20, ampliando a cada vez o nome de Deus. Ele está sempre no meio de seu povo. No entanto os momentos de perigo e dificuldades são ocasiões de suas grandes  manifestações.
Javé dos Exércitos é o título do Deus guerreiro, que luta junto com seu povo. A derrota frente ao inimigo é interpretada como castigo divino.
A situação presente contrasta com a história que Deus já realizou com o seu povo: libertação do Egito, ocupação da terra, expansão no tempo do rei Davi. A imagem da videira ou vinha é comum para representar o povo de Deus.
Súplicas repetidas, apresentando o motivo para Deus agir: trata-se da tua videira, da tua vinha. A situação difícil é também momento para tomada de consciência e conversão (v. 19).

 2ª Leitura: 1 Cor 1, 3-9

 O único Senhor das igrejas é Jesus Cristo.
A evangelização da comunidade de Corinto foi completa: ela recebeu a riqueza do Evangelho e da sabedoria da vida Cristã. Este é outro tema importante da carta. Resta à comunidade perseverar no testemunho de Jesus Cristo até o fim.

 Evangelho: Mc  13, 33-37

Somente agora Jesus responde a pergunta dos discípulos (v. 4). Mas, mas em vez de dizer “quando” ou “como” acontecerá o fim, ele indica apenas como o discípulo deve se comportar na história. A tarefa do discípulo é testemunhar sem desanimar, continuando a ação de Jesus. A espera da plena manifestação de Jesus e o mundo novo por ele prometido impede, de um lado, que o discípulo se instale na situação presente; de outro, evita que o discípulo desanime, achando que o projeto de Jesus é difícil, distante e inviável.

Ao fazer memória da primeira vinda de Cristo, o Tempo do Advento é convite à vigilância. Estar vigilante significa ter consciência da liberdade que Deus nos concede e orientar nossas atitudes na busca da justiça do Reino. Imploremos a Deus a graça da perseverança na escuta e vivência do Evangelho

NO CAMINHO DO TREM

Para esta dinâmica, vamos precisar:
a)-De um trem, em sulfite, cartolina ou outro material, com a máquina e os vagões de carga e de passageiros;
b)-Do trilho do trem;
c)-Do cenário por onde “andará” o trem: montanhas, rios, árvores, flores, pedras, regiões mais secas, outras mais floridas, cidades, fazendas, vales... Neste caso, pode-se desenhar num papel maior, que servirá de “pano de fundo”;
d)-Da estação final do trem.

OBJETIVO:
O objetivo desta dinâmica é trabalhar “processos”, caminhadas, história. É ajudar os catequisandos a compreender  a “jornada” da vida, com suas belezas, dificuldades, potencialidades e limites. Pode ser usada para encontro com catequistas, também para avaliar a caminhada catequética.

COMO FAZER:
1)-O trem é um símbolo da própria pessoa, grupo ou instituição. Pode representar o(a) cristão(ã), a comunidade, a paróquia, a diocese ou a Igreja como um todo. Que tipo de trem sou eu? (ou o meu grupo/comunidade?) – é a pergunta que inicia a dinâmica. Os nomes podem ser colados na máquina  do trem.
2)-Os trilhos são o modo de caminhar de cada um, seu trajeto. Como são os trilhos da nossa vida? (ou da nossa ação catequética?) – esta é a pergunta que guia a reflexão neste momento. Ouvir as pessoas e escrever, em pequenos papéis, as respostas, que serão coladas junto aos trilhos.
3)-O cenário tem várias representações: os lugares onde vivemos ou passamos, as situações diferentes encontradas em nossa vida (de alegria, de tristeza, de dificuldades de encontros e desencontros), os eventos, os fatos vivenciados. Como tem sido a nossa vida? (ou a nossa caminhada deste ano?) – pergunta que nos ajuda a refletir sobre o que vivemos. As pedras, as flores, as cidades, enfim, ajudam a representar esses momentos.
4)-O Trem também carrega coisas: sonhos, projetos, experiências de vida, objetivos, fé, amor, esperança, caridade. O que temos carregado, trazido conosco? As observações podem ser colocadas nos vagões.
5)- O(a) cristão(ã), o grupo, a comunidade precisam se alimentar, assim como trem, para prosseguir a jornada: nós, além dos alimentos, com a fé, com a Palavra de Deus, com os sonhos e projetos de vida (pessoal, profissional, comunitário, social, vocacional). O que tem alimentado a nossa jornada? Os carvões do vagão de carga podem servir aqui de símbolo para ajudar as pessoas a se expressar.
6)-A estação é a grande meta da nossa vida, assim como a do trem. Aonde queremos chegar, o que queremos construir? O que for expresso pelo grupo pode ser colocado na estação, ou em forma de palavras ou de figuras.
Feito o “passeio” com o trem, refletir sobre aquilo que estamos dando importância a nossa vida, do que ela está cheia e do que ela está vazia, como temos colocado Deus e a comunidade em nossa jornada. Refletir sobre o que podemos ainda acrescentar ou observar melhor a nossa caminhada. Um poema propício, ou uma música e uma oração podem encerrar esse momento.



quarta-feira, 26 de novembro de 2014

TEXTOS E MANUAIS NA CATEQUESE: LIMITES E POSSIBILIDADES

Iniciando a conversa

- Colocar a Bíblia em lugar de destaque, rodeada por textos e manuais de catequese.
- Canto: “Toda Bíblia é Comunicação”
- Conversar sobre os textos usados pelo grupo na catequese: como são usados, necessidade e importância etc.
- Invocar o Espírito Santo.

A vida fala

Em nossos encontros com catequistas, uma das  dúvidas que nos são apresentadas é: que manual catequético utilizar, ou não utilizar nenhum? É uma preocupação coerente com a responsabilidade de educar na fé: queremos ter alguma certeza positiva quanto ao material que subsidiará nossa ação na comunidade.

Para aprofundar nossa reflexão, será bom retornar ao sentido da catequese: um caminho de maturidade na fé, de encontro com Deus, consigo e com os irmãos e irmãs (a comunidade). A fé cristã é, por essência, vivida em comunidade. A catequese é processo, porque acompanha o cristão em toda a sua vida, e não um curso ou uma aula. Ela tem compromisso com a Igreja, para formar o povo de Deus, e com o Reino, para anunciá-lo e denunciar tudo que vai contra ele (é o seu caráter profético).
E onde, então, entram os textos e manuais de catequese? Eles fazem  parte desse processo, há muito tempo, na história da catequese e também  da própria Igreja. Lembremos que, desde o início, nas primeiras comunidades cristãs, as cartas apostólicas ajudaram (e continuam ajudando) a  caminhada do povo de Deus. Textos catequéticos favoreceram a reflexão sobre o caminho a ser tomado (por exemplo, a Didaqué). Qual, então, o jeito “certo” de lidar com esse material hoje?

Critérios e perspectivas

O Estudo n. 53 da CNBB, Textos e manuais de catequese, busca colaborar com os catequistas nessa tarefa. Ele propõe critérios para essa escolha e para a confecção de textos. Assim, aqueles grupos de catequistas que se dispõe à tarefa de produzir um material de auxílio às suas comunidades também devem estar atentos a esses princípios.
Respeitando a diversidade de linguagens, pontos de partida, dinâmicas de estruturação do material, contextos socioculturais que os autores possuem, as propostas da CNBB nos ajudam na seguinte reflexão:
a)- A catequese é realizada em comunidade a fim de formar membros das comunidades cristãs. Pergunta-se: onde está a comunidade nos textos e manuais? Que relevância lhe é dada e como os textos auxiliam na compreensão da vida comunitária cristã?
b)- A catequese é um caminho que busca a interação entre vida e fé, pois recebe o ser humano em sua integridade e a presença de Deus na vida e na história humanas. Pergunta-se como os textos ajudam os catequisandos a expressar as suas experiências de vida e de fé e a integrar essas duas dimensões em suas vidas? A vida e a fé estão presentes como realidades que se integram? A fé ilumina a vida para transformá-la e fazer dos cristãos agentes de transformação das realidades que estão fora do plano de Deus?
c)- A catequese tem na Bíblia seu livro principal, assim como toda a vida e a ação cristã. Os manuais e textos também apresentam a Palavra de Deus como fonte de reflexão? Que tipo de interpretação bíblica é utilizada: ela está coerente com a proposta da Igreja? Jesus Cristo é o centro dos textos e manuais? É para ele que os textos apontam sempre? Ele (suas palavras e gestos) é o conteúdo principal da catequese proposta?
d)- A catequese é, também, “escola de oração”. Dessa forma, os textos ajudam os catequisandos a celebrar a fé e a vida? Ajudam, também, a compreender e vivenciar bem a liturgia na comunidade?
e)- A moral cristã tem na prática do amor seu maior princípio. Qual a visão moral apresentada nos textos manuais a serem utilizados? Propõe, além da moral pessoal, uma moral comunitária e social com base na vida e nas palavras de Jesus e nos ensinamentos da Igreja?
f)- A catequese busca construir uma linguagem que se adapte às várias situações de vida. Os textos e manuais contemplam esse princípio? Levam em conta a idade, as condições sociais e culturais, as condições de necessidades diferenciadas dos catequisandos? As dinâmicas e as linguagens utilizadas consideram o processo de catequese de educação da fé? Ajudam a formar discípulos missionários capazes de responder às questões da vida iluminados pela fé, atuando no sentido de promover a dignidade de todos e todas?

A utilização do material

Feita a escolha, será importante refletir com o grupo de catequistas sobre qual será o papel desses materiais na catequese. Salientamos que o processo catequético deve envolver catequista, catequizando e comunidade. Eles são os agentes principais do processo. Iluminados pela palavra de Deus, os catequistas têm a responsabilidade de preparar os encontros catequéticos. Esse planejamento nunca deve ser substituído pelo “comodismo” de ter um manual.
Os textos e manuais podem contribuir, oferecendo um roteiro organizado para todo o ciclo catequético. Porem não devem ser a única fonte em que os catequistas buscam orientação e material de apoio. Outros textos, livros, vídeos, músicas, jornais, revistas devem também ser consultados e acrescentados ao planejamento catequético. Principalmente a Bíblia: esta nunca deve ser substituída pelos textos nos manuais, mas estes devem apontar para a leitura da palavra de Deus.
O que se espera é que o manual e os textos sejam “subsídios” que contribuam para a caminhada de fé do catequisando, orientado por seu catequista com sua comunidade cristã. Uma tarefa criativa assume seu papel com a participação ativa da coordenação de catequese, do pároco e da comunidade como um todo, para que o catequisando faça seu encontro pessoal com Jesus Cristo e o siga na comunidade e na sociedade.

Para conversar:
a)-Que critério temos seguido para escolher/produzir os manuais e textos da catequese?

b)-Que mudanças temos de fazer, com base nesta reflexão, para melhor utilizar os manuais e textos catequéticos?




sexta-feira, 7 de novembro de 2014

“Somos templos do Senhor!”

Programa Ecoando
Dia 09: 32º Domingo Tempo Comum  Ano A  (Cor Branca)

Dedicação a Basílica do Latrão
 “Somos templos do Senhor!”

A água transforma o deserto seco em árido, pois Deus é sempre fonte de água viva. Quando o outro nome do homem for irmão e da mulher for irmã, todos seremos, de fato, santuários vivos do Senhor. Jesus revoltou-se com a exploração que havia nos sacrifícios do templo, principalmente a dos mais pobres. E nós, como vivemos nossa fé?

1ª Leitura: Ez 47, 1-2.8-9. 12

A presença de Deus no Templo torna-se o centro da vida que se espalha por toda a terra, a fim de transformá-la em paraíso. Quando o povo se compromete com o projeto da vida, não só os bens naturais se multiplicam para serem repartidos entre todos, mas também o povo se revitaliza, abrindo-se para repartir sua própria vida em clima de fraternidade. João retoma esta passagem para mostrar que a história tende para a realização plena da vida de Deus, repartida entre todos os homens (cf. Ap 22,1-5 e nota).

Salmo 45

Hino a Jerusalém, provavelmente depois que o exército de Sequerib se retirou no ano 701 a. C. (cf. 2Rs 18,13-19,37).
Javé, o Deus Criador e Senhor da história, está em aliança com seu povo, protegendo-o contra as forças do caos, que são as nações inimigas. O refrão (cf. VV. 8 e 12) exalta Javé como guerreiro que chefia as lutas do seu povo.
O cerco da cidade compreendia o corte do fornecimento de água. Ao romper da manhã, o exército de Senaquerib bate em retirada, provavelmente atingido por uma peste. Sua derrota é vista como vitória de Javé (2Rs 19, 35-37).
Pela manhã o povo destrói o acampamento assírio e incendeia  todos os despojos. O v. 11 talvez seja uma comemoração festiva do acontecimento: Deus vence, não apenas o inimigo, mas também a guerra toda.


2ª Leitura: 1 Cor 3, 9c-11. 16-17

Paulo se serve de duas imagens (campo e edifício) para apresentar o verdadeiro agente de pastoral. Este é um servidor do projeto de Deus concretizado em Jesus Cristo e que consiste em reunir  os homens do compromisso de fé com Jesus, cuja ação devem continuar. Se os agentes de fato servem a Cristo, nunca se contradizem. O sucesso não deve levar o agente à vanglória, pois o projeto não é seu; a eficácia vem de Deus, que também dá as aptidões e capacidades. A responsabilidade é grande, pois o agente deverá prestar contas ao próprio Deus, que provará quanto vale a obra de cada um.

Evangelho: Jo 2, 13-22

Para os judeus, o Templo era o lugar privilegiado de encontro com Deus. Aí se colocavam as ofertas e sacrifícios levados pelos judeus do mundo inteiro, e formavam verdadeiro tesouro, administrado pelos sacerdotes. A casa de oração se tornara lugar de comércio e poder, disfarçados em culto piedoso.
Expulsando os comerciantes, Jesus denuncia a opressão e a exploração dos pobres pelas autoridades religiosas. Predizendo a ruína do Templo, ele mostra que essa instituição religiosa já caducou. Doravante, o verdadeiro Templo é o corpo de Jesus, que morre e ressuscita. Deus não quer habitar em edifícios, mas no próprio homem.
A Basílica do Latrão é um templo dedicado ao Divino Salvador e é também a primeira catedral do mundo. Lembremo-nos de que o Cristo é o Templo vivo e sempre presente. Nós também somos os templo onde Deus quer morar. Jesus, fazendo-se carne, armou sua tenda entre nós (Jo 1,14), permanecendo conosco para sempre. A prática da caridade deve assumir a apresidência de nossas atitudes de cristãos e de Comunidade. Sejamos pois templos vivos e assim celebremos a páscoa a cada Eucaristia


sexta-feira, 19 de setembro de 2014

“Mandai-nos trabalhar em vossa vinha!”

Programa Ecoando
Dia 21: 25º Domingo Tempo Comum  Ano A  (Cor Verde)

 “Mandai-nos trabalhar em vossa vinha!”

Isaías diz que nossos caminhos estarão próximos dos caminhos do Senhor, somente quando convertermos nosso coração. E essa conversão consiste em despojarmos das coisas supérfluas e até de nós mesmos. A recompensa com certeza virá, não por nossos méritos pessoais, mas pelo infinito amor divino.

1ª Leitura:

Javé tem um projeto de verdadeira realização para a história: liberdade e vida para todos. Esse projeto é revelado aos homens através da Palavra que, gerando acontecimentos, concretiza o projeto de Deus. A sabedoria do homem consiste em procurar Javé, isto é, converte-se para ele, ouvir a sua palavra e tornar-se aliado seu na luta em prol da liberdade e vida para todos.

 Salmo 144

 Hino de louvor ao Nome e ao amor de Deus, testemunhados na história.
O louvor ao Nome, revelado no momento da grande libertação, recorda que o Deus vivo é o libertador.
O louvor é um reconhecimento das obras de Deus realiza na história. Transmitido de geração em geração, esse louvor mantém a fé que constrói a história segundo o projeto de Deus.
O centro desse projeto é o amor de Deus criando liberdade e vida. O reino de Deus é o amor partilhado entre todos os homens, para eliminar as divisões e desigualdades.
O amor de Deus, porém, age de forma partidária, assumindo a causa dos oprimidos que o invocam e colocando-se contra os opressores.
Termina com o convite para que todos reconheçam a santidade do Deus libertador.

 2ª Leitura:

Paulo provavelmente tem meios para ser solto da prisão e escapar à morte. Mas encontra-se num dilema: viver ou morrer? No contexto da sua fé, as duas coisas se equivalem: viver é está em função de Cristo, ou seja, da evangelização; e morrer é lucro, pois leva a estar com Cristo. Paulo resolve o dilema, não levando em conta seu próprio interesse, mas o que é melhor para a comunidade: continuar vivo, para ajudar os filipenses a crescer e se realizar plenamente na fé.

 Evangelho:

No reino não existe marginalizados. Todos têm o mesmo direito de participar da bondade e misericórdia divinas, que superam tudo o que os homens consideram como justiça. No Reino não há lugar para o ciúme. Aqueles que julgam possuir mais méritos do que os outros devem aprender que o Reino é dom gratuito.

A messe é grande e Deus precisa de trabalhadores para construir seu reino de amor. Ele tem nas mãos o projeto e nós somos esses trabalhadores. O problema é nossa visão é limitada e não conseguimos compreender os desígnios de Deus. Muitas vezes, queremos fazer de nosso jeito e nos distanciamos daquilo que ele quer. O desejo de Deus é que abramos nosso coração para que Ele nos mostre seu caminho e possamos trabalhar com determinação em sua vinha.

Nólia Oliveira

sábado, 30 de agosto de 2014

DIA DO CATEQUISTA

Dia do Catequista
Amo de paixão ser catequista,  apaixonada por jesus, sempre me esforço por desempenha os encontros de catequese da melhor forma possível preparar antecipadamente,, com dinâmicas e orações e o tema do dia.  Tudo é novo para o catequista, novos desafios, novos catequisandos a cada ano. crianças de  educação diferentes. a catequista, o catequista se torna “como um pouco de tudo”  um pouco de mãe ou pai, psicóloga, professora. todo catequista tem no seu coração o desejo de ver um mundo cheio do amor de Deus. um mundo cheio de paz. a cada ano que passa ver as crianças crescendo na sua comunidade, umas continua o caminho de Jesus e outras não.. mas tenho a certeza de que a sementinha de Jesus foi plantada no coração de cada uma delas.
quero continuar seguindo o caminho de jesus. as palavras de Jesus. “vinde a mim as criancinha porque é delas o reino de Deus.”

Edinólia oliveira

sábado, 2 de agosto de 2014

A VIDA DAS PESSOAS

O Grupo de Iniciação Cristã da Catequista Nólia. Estou muito mais contente. Hoje o encontro de catequese foi animado. Os catequisandos mesmo com tanta excitação e euforia de não querer ficar calado escutando a Palavra e a minha fala. Foi como que esperançosa a sementinha que lancei no meio de terrenos tão agitados com se estivesse num estádio de futebol.
Meus catequisandos não querem ficar calados. Escutam mas sempre interrompem. Sinto que cada um é espelhos dos pais e como são educados nas escolas. Sinto dizer que muitos professores entram no ritmo deles. Acho que é porque não encontram outra alternativa de conter tamanha euforia... Ou será justamente por causa dos próprios professores de sempre fazer festas a todo momento em sala de aula? Os catequeisandos desse ano de 2014 do meu grupo de catequese não foram educados a fazer silêncio em sala de aula. 70% dos meus  catequisandos os  pais não vão a igreja semanalmente. Eu catequista e a comunidade  de meu bairro tenho, temos a missão de fazer celebração da Palavra nas famílias de meus catequisandos.
Partilhar a Palavra de Jesus no seio familiar  é a melhor forma de educar as nossas crianças para o bem.

PARA LEVAR NO CORAÇÃO

Fomos criados para sermos felizes. Devemos proteger a vida.