segunda-feira, 9 de novembro de 2020
As religiões mercenárias explora o povo pobre
segunda-feira, 2 de novembro de 2020
A comunidade vive por meio de Jesus Cristo (Deus conosco)
1ª Leitura - Jó 19,21-27
Salmo - Sl 22(23),1-3.4.5.6 (R. 1)
2ª Leitura - 1Cor 15,20-26.28
Evangelho - Lc 12,35-40
49-53
A missão de Jesus, desde o batismo até a cruz, é anunciar e tornar presente o Reino, entrando em choque com as concepções dominantes na sociedade. Por isso, é preciso tomar uma decisão diante de Jesus, e isso provoca divisões até mesmo no relacionamento familiar.
sexta-feira, 30 de outubro de 2020
A Comunidade de Jesus educa os santos para a misericórdia.
1ª Leitura - Fl 1,1-11
Salmo - Sl 110 (111),1-2. 3-4. 5-6 (R. 2a)
Evangelho - Lc 14,1-6
quinta-feira, 29 de outubro de 2020
A comunidade é a armadura de Deus
29/10/2020
1ª Leitura - Ef 6,10-20
Salmo - Sl 143 (144), 1. 2. 9-10 (R. 1a)
1-2
Agradecimento ao Deus que lidera as lutas do povo.
3-8
Para desempenhar sua função de defensor do povo, o rei reconhece as próprias limitações e recorre ao supremo Senhor.
9-11
Confiante no auxílio de Deus, o rei promete a ação de graças.
Evangelho - Lc 13,31-35
quarta-feira, 28 de outubro de 2020
O Evangelho forma comunidades de Jesus e Uni o mundo inteiro.
1ª Leitura - Ef 2,19-22
A participação de judeus e pagãos no único povo de Deus é sinal concreto do homem novo. A morte de Cristo derrubou o muro de separação que a Lei colocava entre judeus e pagãos; surgiu assim o novo Israel, a Igreja, que se abre para todos os homens e os coloca sob uma cabeça única, Cristo. O Evangelho fará cair todas as diferenças. Por mais que surjam sociedades classistas, suas leis e instituições injustas virão abaixo pela força do Evangelho, desprestigiadas por sacrificarem seus povos, em lugar de ajudá-los.
Salmo - Sl 18(19A),2-3.4-5 (R. 5a)
Evangelho - Lc 6,12-19
A vida em sociedade é feita de relacionamentos de interesses e reciprocidade, que geram lucro, poder e prestígio. O Evangelho revoluciona o campo das relações humanas, mostrando que, numa sociedade justa e fraterna, as relações devem ser gratuitas, à semelhança do amor misericordioso do Pai.
terça-feira, 27 de outubro de 2020
Família é a Comunidade de Jesus.
1ª Leitura - Ef 5,21-33
Salmo - Sl 127 (128),1-2. 3. 4-5 (R. 1a)
Evangelho - Lc 13,18-21
segunda-feira, 26 de outubro de 2020
O amor em dia de sábado
Efésios 4, 32-5,8
Paulo convida os cristãos a conversão continua. Essa conversão começa no batismo, onde o cristão deixa o homem velho (modo de vida pagão) para revestir-se do homem novo (a justiça que vem pela vida segundo o espírito). Nos VV. 25-32, Paulo dá exemplos concretos do que significa essa passagem: da mentira para a verdade; do roubo para o trabalho honesto, que leve a partilhar com os que nada têm; da palavra inconveniente para a palavra construtiva; do comportamento egoísta para a generosidade recíproca.
Paulo traz uma série de exortações e conselhos para os cristãos vivam autenticamente a sua fé.
Salmo - Sl 1,1-2. 3. 4.6 (R. Cf. Ef 5,1))
Evangelho - Lc 13,10-17
domingo, 25 de outubro de 2020
O amor na comunidade de Jesus
Êxodo 22,20-26
Os VV. 20-26 condenam a exploração da miséria. O imigrante, o órfão, a viúva e o pobre são pessoas que não podem defender-se: devem ser protegidas pelo direito. As necessidades vitais do homem estão acima de qualquer direito de propriedade.
sábado, 24 de outubro de 2020
Competições na Comunidade ( cidade)
A adversidade dos dons que cada um recebeu de Cristo não pode ser fonte de divisão, inveja e competição na comunidade. Paulo relembra que a variedade de dons é desejada por Cristo, para quie cada um se coloque a serviço de todos. Os dons relembrados no v. 11 são os carismas de governo e ensino, importantes para a comunidade permanecer unida no conhecimento e no compromisso da fé.
Vivendo o amor autêntico que preserva a unidade e respeita a diversidade, a comunidade se torna capaz de discernir as falsas doutrinas e manter sempre vivo o esforço e a tensão que a crescer sempre mais, tornando-se a verdadeira Igreja de Cristo.
sábado, 5 de setembro de 2020
O que dar sentido a comunidade, religião ou poder político.
5 de Setembro de 2020
1Cor 4,6b-15
Salmo - Sl 144,17-18. 19-20. 21 (18a)
Evangelho - Lc 6,1-5
Sendo senhor do sábado, Jesus está acima das leis, mesmo religiosas, que os homens elaboram. Ele relativiza essas leis, mostrando que elas não têm sentido quando impedem o homem de ter acesso aos bens necessários para a própria sobrevivência.
domingo, 23 de agosto de 2020
Judite
1-16
Nabucodonosor é a personificação dos poderosos que pretendem construir um império para dominar o mundo. Sua primeira estratégia é propor alianças. A recusa dos outros países fere o seu orgulho. Então ele mostra suas verdadeiras intenções, partindo para a conquista violenta.
quinta-feira, 21 de maio de 2020
Tobias
1-2
A "história" é ambientada no tempo da dominação assíria. E o autor deixa claro que o tema central se desenvolve em situações que o exilado enfrenta em terra estrangeira.
1,3.3,17
Tobit e Sara representam todos os justos que temem e servem a Deus, e acabam na desgraça e no sofrimento, a ponto de desejarem a morte. Por que as pessoas fiéis a Deus chegam a tal situação?
3-9
Tobit é representado como discípulo fiel do judaísmo. Embora vida em ambiente religioso adverso, ele continua a frequentar Jerusalém, reconhecida como único centro legítimo da religião javista. Sua fidelidade à Lei é muito prática e se realiza na observância dos dízimos, que se destinam a fins religiosos e sociais.
10-22
O autor mistura dados cronológicos. Seu interesse é retratar a situação dos exilados. De um lado, muitos chegaram a ocupar cargos importantes, como Tobit e Daniel. De outro lado, porém, a fidelidade à fé e aos costumes israelitas provocou dificuldades. Aicar, apresentado como sobrinho de Tobit, é na verdade um sábio de origem assíria, autor de famoso escrito: "Sabedoria de Aicar".
2
1-8
Apesar de já ter corrido sério risco de vida, Tobit continua fiel do costumes do seu povo. O não-sepultamento acarretava maldição para o falecido. O v. 8 mostra que muitos exilados, por medo, já haviam abandonado tal costume do seu povo. O não-sepultamento acarretava maldição para o falecido. O v. 8 mostra que muitos exilados, por medo, já haviam abandonado tal costume.
2,9-3,6
Atingido pela cegueira, Tobit nõa pode trabalhar e a mulher tem que sustentar a casa. Apesar da necessidade, Tobit mantém sua retidão e, como Jó (cf. Jó 2,9), torna-se alvo das críticas da própria esposa. Que mais lhe resta? a súplica de 3,2-6 reflete o desespero de quem chega a esta conclusão: é melhor que viver desse modo. Na pessoa de Tobit, reflete-se a história de um povo que perde os bens, a liberdade e, por fim, se vê ameaçado na reputação, ao ser desacreditado até pelos mais próximos. Só lhe resta suplicar a Deus.
3
7-15
Paralela ao caso de Tobit, temos a situação de Sara. Entre os orientais, a honra da mulher era ser esposa e mãe. Não se casar, não gerar filhos ou ser estéril era a maior desgraça: tal mulher não servia para nada. Compreendemos então o desespero de Sara: não querendo magoar o pai com o suicídio, pede ma morte. No Oriente antigo, doenças e morte eram causadas por algum demônio, aqui Asmodeu, cujo nome significa "aquele que faz morrer".
16-17
Será que Deus atende à súplica dos justos? O autor quebra todo o suspense do livro, opara adiantar aqueles que o invocam. Deus, porém, não age de modo mágico; a libertação se realiza através dos acontecimentos da história e da vida. O anjo Rafael, cujo nome significa "Deus cura", é personificação do próprio Deus agindo.
4-12
Chegando à situação limite, os justos suplicam e Deus responde. Sua resposta, porém, não é mágica. Ela se realiza através da vida e nos meandros da história. Cabe aos justos discernir no cotidiano a presença de Rafael, o "Deus que cura", levando os homens a encontrar o caminho, superar as dificuldades e realizar a vida.
4
1-21
O testamento do Tobit reflete, na verdade, a preocupação que um pai justo tem pela educação de seus filhos. São normas que visam, em primeiro lugar, a uma vida com sentido plenamente humano. O centro da educação é o amor e temor de Deus, que se manifestam concretamente na solidariedade e partilha com o próximo. O ensino sobre a esmola (vv. 7-11.16), mais do que simples conselho de filantropia para apaziguar a consciência, envolve distribuição justa e equitativa dos bens: tudo o que é supérfluo para mim, pertence por justiça aos que nada têm. O supérfluo é, de fato, a grande questão: ou se acumula, formando riqueza injusta, ou é distribuído em clima de partilha justa e fraterna.
5
1-23
A graça da cena está no fato de que as personagens ignoram completamente que o rapaz é o anjo Rafael, enviado por Deus. Desse modo, salienta-se a fé, que é a confiança na certeza de que Deus vai agir. No plano da narrativa e da nossa vida, tal ação de Deus se processa de maneira comum, sem nada de aparentemente maravilhoso. Note-se a tensão dramática na família. O filho deve aventurar-se numa viagem a lugar desconhecido. O pai o incentiva, e sua única preocupação é que o filho encontre um guia de confiança. A mãe, pelo contrário, prefere que o filho não se arrisque, mas fique sempre em casa.
6
1-9
O episódio faz entrever o término das desgraças que afligem Tobit e Sara. A receita dada por Rafael mistura elementos de magia e medicina antiga, próprios da época.
10-19
Rafael e Tobias conversam a respeito do matrimônio, um dos temas centrais do livro. No contexto do exílio e dispersão judaica, é importante que os casamentos se processem dentro do clã. Desse modo se evitam a descaracterização do povo e o empobrecimento oi até a total perda das propriedades da família (cf. 4, 12-13 e notas em Nm 27, 1-11; 36, 1-12 e Rt 4, 1-12). Por outro lado, para os antigos, os impulsos instintivos, no caso sexual, eram causados pelos demônios. A derrota de Asmodeu liberta o matrimônio que, deixando de ser fato puramente instintivo, se transforma em relação plenamente humana. No projeto de Deus, o matrimônio não é tragédia que produz morte, mas relação de amor que, abençoada pelo mesmo Deus, liberta e gera a vida.
7
1-17
O texto mostra como era celebrado o matrimônio no tempo da dispersão judaica: o pai entregava a filha ao pretendente, invocava a bênção de Deus e redigia o contrato de casamento. Mais importante é a semelhança de toda a cena com o mundo patriarcal de Gn 24. Salientando o matrimônio dentro do respeito para com as tradições dos antepassados, o autor frisa que os judeus da dispersão, "filhos de profetas", devem testemunhar diante dos pagãos um modo de viver que continue fiel ao Deus de Abraão, Isaac e Jacó (cf 4,12).
8
1-21
Tobias segue cuidadosamente as instruções de Rafael. Elas, na verdade, revelam a vontade do Deus que só quer a vida. A oração de Tobias mostra que o matrimônio não é relação egoísta que diminui as pessoas e gera a morte, mas relação de partilha, onde os parceiros crescem juntos e geram a vida futura. Além disso, o matrimônio é para sempre. Isso não deve ser entendido como prisão perpétua, mas como abertura para a eternidade, pois todo amor verdadeiro tem vocação de eternidade.
9
1-6
O amor traz novo objetivo à vida de Tobias, colocando o dinheiro em segundo plano. O elogio e bênção de Gabael mostram que os filhos são um retrato dos pais, em outras palavras, "pelo fruto se conhece a árvore".
10
1-7
Em contraste com a festa em Ecbátana, temos em Nínive a espera, a preocupação e o desespero. Os pais estão sempre à espera que os filhos voltem!
8-14
O modo como Tobias, Sara, Ragüel e Edna se tratam (filho, pai, mãe, irmão, irmã) mostra que o matrimônio amplia a relação familiar e, ao mesmo tempo, abre a família para a sociedade.
11
1-19
Como o livro de Jó (Jó 42,5), a fidelidade do justo leva à visão de Deus, que transborda em alegria de viver. A alegria da mãe é a presença viva dos filhos. A alegria do pai é ver os filhos bem-sucedidos na aventura da vida.
12
1-22
Quando se pensa em pagar alguma coisa a Deus, ele revela que tudo foi dom gratuito. A grande mensagem do livro de Tobias está no nome de Rafael, que significa "Deus cura". Os conselhos finais do anjo (oração, jejum e esmola) resumem os deveres da pessoa para com Deus, para consigo mesma e para com o próximo. Tais conselhos serão retomados pelo Evangelho (cf. notas em Mt 6, 1-18).
13-14
Da fidelidade e resistência do justo nascem a esperança de liberdade e vida para todos. Os justos são sacramento da presença e ação de Deus da história, que caminha, através deles, para a realização plena da humanidade. O que será preciso para que os justos continuem fiéis e resistam até o fim?
13
1-10
De uma história familiar, o livro se abre para a história do povo e da humanidade. Os judeus espalhados entre as nações são convidados a se converterem, para se tornarem testemunhas da justiça de Deus. É através desse testemunho que também as outras nações recebam o convite para a conversão.
11-18
Retomando o mesmo tema dos profetas, o autor põe na boca de Tobit a esperança de uma Jerusalém reconstruída, onde todos os povos se reunirão como irmãos, ao redor do único Deus. Trata-se da grande esperança: a humanidade toda vai superar a idolatria e realizar historicamente o projeto do Deus vivo. O tema reaparece em Ap 21, 1-22,5.
14
1-15
No momento em que o autor escrevia o livro, a Assíria tinha deixado de ser império fazia séculos. O autor, situa a narrativa no apogeu da assíria e a conclui com uma "profecia" sobre o fim do império. Nessa queda dos opressores, o autor vê uma garantia do poder de Deus que restaura o seu povo. A partir disso, temos o tempo novo, em que todas as nações se reunirão com o povo de Deus, para viver na Terra Prometida. Sobre Aicar, cf. nota 1, 10-22. Nas palavras finais de Tobit, volta uma exortação à prática da justiça, que implica diretamente a partilha dos bens. É assim que se deve entender a prática de esmola.
domingo, 8 de março de 2020
O Santo e a Porca de Ariano Suassuna ( Resumido por Artur Áriston)
EURICÃO - Meu nome é Eurico.
CAROBA - Vá na minha frente procurar Euríquio.
EURICÃO - Eurico!
CAROBA - Vá procurar Euriquis.
EURUCÃO - Quer saber, chama de Euricão mesmo.
CAROBA - Vá na minha frente procurar Euricão Engole-cobra...
EURICÃO - Engole-cobra é a sua mãe. Lhe dei licença de me chamar de Euricão e mais nada...
CAROBA - Entregue a Euricão essa carta...
EURICÃO - E o que diaxo que ele quer?
PINHÃO - Deve ser dinheiro emprestado... Toda vez que ele me manda ma frente, deve de ser dinheiro emprestado.
EURICÃO - E que andou espalhando que eu tenho dinheiro? Deve ter sido você, né, Caroba?
CAROBA - Eu o que, seu Euricão?
EURICÃO - Ai a crise e a caristia!
(Entrando Margarida de Dodó-Boca-Da-Noite)
MARGARIDA - O que foi, meu pai? Ouvi seus gritos...
EURICÃO - É Eudoro Vicente que tá vindo ,e roubar... Até me mandou essa carta, dizendo isso. Que vem me pedir dinheiro emprestado.
MARGARIDA - Mas meu pai... O senhor tem certeza disso?
EURICÃO - Claro, tá me chamando de burro? E o senhor, seu Dodó-Boca-Da-Noite? Vê que tão querendo me roubar e não fala nada?
DODÓ - O senhor vai ao hotel de Dadá e reserve um quarto para o fazendeiro, quando ele chegar, peça pra ele pagar a conta.
EURUCÃO - Isso mesmo senhor Dodó.. Que talento, que gênio... Se não fosse tão pobre e tão feio minha filha bem que...
MARGARIDA - Bem que o que, meu pai?
EURUCÃO - Nada! Eu vou ao hotel de Dadá reservar um quarto para o fazendeiro, senhor Dodó, você vigia minha filha e minha filha vigia você...
CAROBA - E eu vigio os dois!
EURICO - E que Santo Antônio nos proteja! (SAI)
(Todos Amém!!)
CAROBA - Que Santo Antônio nos proteja mesmo, viu seu Euricão porque a confusão vai ser grande...
MARGARIDA - Do que voc~e tá falando, Caroba?
CAROBA - É que seu Eudoro não está vindo pra pedir dinheiro emprestado ao seu pai... Ele está vindo pra pedir a mão da senhora em casamento.
(Dodó tira a peruca e o chapéu e levanta a coluna)
DODÓ - O que? Isso é verdade , Pinhão?
PINHÃO - Não sei. Ele disse na carta que chega já, mas é fôlego.
MARGARIDA - Isso não pode ser... seu pai gostou tanto de mim quando eu tava lá...
DODÓ - E eu mais ainda... Por isso, vim parar nesse fim de mundo.
CAROBA - Se eu sesenrolar essa história vocês me dão um puxadinho de terra pra eu e Pinhão morar e cuidar?
DODÓ - Damos sim.
CAROBA - Estão saia e deixe que eu resolvo (Saem)
(Coro)
EURICÃO - Aquele ladrão!! Querendo me cobrar uma furtuna.. Oxem ... Vocês aqui sozinhos... Cadê Margarida?
CAROBA - Saiu ai.
EURICÃO - E seu Dodó?
PINHÃO - Foi com ela, ué.
CAROBA - Deixe de coisa, seu Euricão... Que o senhor tem que ficar esperto pra se livrar da proposta e da facada...
EURICÃO - Que proposta? Que facada?
CAROBA - Eu tô descondiado que seu Eudoro vem pedir a mão de dona Benona em casamento.
EURICÃO - É sério?
CAROBA - Oxem? E não pode? O homem tá viúvo e a irmã do senhor é solteira.
EURICÃO - E qual é a facada?
PINHÃO - A que meu patrão vem lhe dar.. Pedir dinheiro emprestado.
EURICÃO - O que?
CAROBA - Deve ser pra fazer o casamento.
EURICÃO - Ah, não. Pelo amor de Deus, meu Santo Antônio, me proteja!
CAROBA - Pode deixar comigo, seu Euricão, que eu tenho tudo pronto. Mas, o senhor me dá uma comissão?
EURICÃO - É claro que dou. Caroba, minha velha.
CAROBA - De quanto?
EURICÃO - Lhe dou metade de uma tangerina que o cego Aderaldo me deu ontem.
CAROBA - Eu quero é dinheiro.
EURICÃO - Dinheiro eu não dou.
CAROBA - Então eu tô fora.
EURICÃO - Eu dou dois contos.
CAROBA - Tô fora.
EURICÃO - Três
CAROBA - Tô fora.
EURICÃO - Quatro.
CAROBA - Tô fora.
EURICÃO - Quatro e setenta e cinco centavos. E nada mais.
CAROBA - Tudo bem... Estou dentro. Saia e deixe que eu resolvo.
BENONA - Eurico!!! Oxem, pensei ter ouvido a voz de Eurico.
CAROBA - Dona Benona, a senhora ficou sabendo que seu Eudoro está vindo pra cá?
BENONA - Estou sim, Caroba. Era por isso que eu queria falar com Eurico.
CAROBA - Pois, eu anco que ele veio pedir a mão da senhora em casamento.
BENONA - A minha?
CAROBA - Oxem... E a senhora num já foi a noiva dele?
BENONA - Sim. Mas, já faz muito tempo.
CAROBA - Pois, ele tá vivo, rico e doidinho pela senhora.
BENONA - Mas, será que Eurico vai deixar?
CAROBA - Se a senhora quiser, eu posso dar um jeito. Mas, a senhora tem que me ajudar também.
BENONA - Se você me ajudar lhe dou umas economias que tava juntando.
CAROBA - Pois, está arranjado. Saia e deixe que eu resolvo.
( entra Eudoro) (Coro)
EUDORO - Bom dia, Caroba, chame Euricão. Preciso falar com ele.
CAROBA - Bom dia, seu Eudoro... Olhe, deixe eu lhe falar umas coisas antes. Seu Euricão tá meio doido, achando que o senhor veio aqui pra pedir a filha dele Dona Margarida em casamento.
EUDORO - Pois, não é maluquice, eu vim mesmo pedir a mão de Margarida em casamento.
CAROBA - Então, deixe eu ajudar o senhor. Chame-o pelo nome completo, pergunte a ele como vai a terra, o armazém, e que santo Antônio vela por ele. Depois peça pra ver Margarida.
EUDORO - Tudo bem, Caroba. Se ele concordar. Eu posso até lhe agradar.
CAROBA - Não, seu Eudoro. O que mais prezo é o zelo que tenho por sua família. Mas, já que o senhor tá insistindo. Pronto. Deixa que eu vou chamar seu Euricão. Seu Euricão?! Ele já deve tá vindo... Seu Euricão?! É tá meio surdo... Ô seu Euricão Engole-Cobra?!
EURICÃO - Engole-Cobra é a sua mãe!!
EUDORO - Bom doia, Eurico Arábe!!
EURICÃO - Eudoro Vicente.
EUDORO - Como vai a terra?
EURICÃO - Seca!
EUDORO - E o armazém?
EURICÃO - Num vende nada.
EUDORO - E sua filha Margarida?
EURICÃO - O que tem Margarida?
CAROBA - Ele quer vê-la. Faz tanto tempo, mnum é, seu Eudoro?
EURICÃO - Mas, quero logo lhe avisar... Que você vai pra o hotel de Dadá.
CAROBA - Mas, o senhor não quer ir logo ao hotel não... O senhor acabou de chegar... Não quer receber Margarida fedendo a jegue de estrada, né?
EUDORO - Sim. Osso é verdade... Mas sobre o casamento...
EURICÃO - Está tudo certo. Você pode se casar com ela. Mas, você tem que me emprestar um dinheiro pra fazer o casamento.
EUDORO - Emprestar? Eu vou é lhe dá esse dinheiro.
EURICÃO - Isso sim que é um homem honrado.
CAROBA - Não esqueça minha comissão, viu, seu Euricão.
EURICÃO - Eu vou lhe dá é uma porrada se você não se sumir daqui.
( Caroba Sai) ( Coro)
EURICÃO - Agora vai ter mais dinheiro pra encher essa sua barriguinha. Olhe, santo Antônio... Proteja minha porquinha cheia de dinheiro.
( Canto de Nossa Senhora,,,, Euricão ,, Música... Entra Margarida)
MARGARIDA - Não suporto mais essa agonias de jeito nenhum. Que jantar mais angustiado! De vez em quando Tia Benona dizia uma frase perigosa, papai outra... eu via a hora de se descobrir tudo. Será que esta história vai dar certo, Caroba?
CAROBA - Já tá dando... Quando seu Eudoro voltar eu vou dá o sinal. aí a senhora vai se esconder no quarto de tua tia. Certo.
( Margarida sai e entra Benona)
BENONA - Tudo certo, Caroba?
CAROBA - Certíssimo! Quando seu Eudoro voltar eu vou dá o sinal. Aí a senhora sai para os fundos com o vestido de dona Margarida, fingindo que vai. Ela veio rezar pela mãe.
BENONA - Tudo bem... Estou louca pra casar com aquele danadinho.
( Benona sai e entra Eudoro)
EUDORO - E então, Caroba. Está tudo certo para hoje?
CAROBA - Mas certo que isso, só que Santo Antônio nos protege. Quando o senhor chegar e der o sinal. Eu abro a porta e o senhor vai para o fundo conversar com Dona Margarida.
EUDORO - Estou ansioso pra isso. Até mais Caroba!
(Sai Eudoro e entra Dodó)
DODÓ - Então, Caroba? Ficou tudo certo?
CAROBA - É claro, senhor Dodó. O senhor pensar que eu sou quem? Quando eu der o sinal, o senhor vem e rouba a porca velha de seu Euricão. Ele vem toda noite acariciar ela... Quando ele perceber que ela não tá aqui o senhor sai do quarto de dona Benona com dona Margarida, e dona Benona sai dos fundos com seu Eudoro. Com o escândalo tanto seu Euricão quanto seu Eudoro não terão outra solução a não ser casar vocês dois e se casar com dona Benona.
DODÓ - Pois, então vamos nessa. Que Santo Antônio nos proteja!
CAROBA - Que Santo Antônio nos proteja!
( Coro ) ( Momento em que dodó pega a porca)
Toda a Confusão
EURICÃO - O que tá acontecendo aqui?
CAROBA - Seu Eudoro resolveu matar saudades e está aí, trancado nesse quarto com ela. Eu vou sair desta casa, porque para falar com franqueza, nunca pensei em ver tanto escândalo num sia só!
EURICÃO - Não é possível! Eudoro e Benona aqui"
( Entram Eudoro e Benona)
EUDORO - É verdade, Eurico. E se você não se ofendesse, eu queria lhe pedir a mão de Benona em casamento.
EURICÃO - E você não já pediu?
EUDORO - Não!
EURICÃO - Quer me levar ao ridículo, é, Eudoro? Faz uma coisa dessa, compromete minha irmã e ainda vem com pilherias, logo agora que ela foi roubada!
BENONA - Quem, eu?
EURICÃO - Não, aporca! ai, a porca!
EUDORO - Mas Eurico, eu...
CAROBA - Um momento, um momento, quem fala sou eu, O senhor já se explicou com dona Benona, não foi?
EUDORO - Foi.
CAROBA - A senhora também já entendeu tido, não foi?
BENONA - Já!
CAROBA - Entendeu o noivado, a confusão, laralá, laralá, tudo?
BENONA - O noivado, a confusão, laralá, laralá, tudo!
CAROBA - Então, viva! O senhor consente no casamento de seu Eudoro com dona Benona, não é, seu Euricão?
EURICÃO - Consinto, não! Exijo! Agora ou ele casa, ou morre! Ai Santo Antonio, ela está perdida.
BENONA - Eu?
EURICÃO - A porca! Mas vocês dois agora casam, e tem que ser já!
CAROBA - Pois então, eles casam amanhã. O senhor ganhou um grande cunhado, seu Euricão.
EURICÃO - Mas perdi a porca! Ai, a porca! E ainda por cima o que aconteceu com meu patrimônio!
PINHÃO - Seu patrimônio? Qual? A porca?
EURICÃO - Não, Margarida! Benona está garantida, mas essa ai me arranjou um genro corcunda e de boca torta, um miserável que não tem nem onde cair morto! Mato esse miserálvel.
DODÓ - Calma, seu Eurico. Eu sou Dodó, Filho de Eudoro Vicente.
EUDORO - Você deixou de estudar pra vir parar aqui?
DODÓ - Foi meu pai, pois tava apaixonado por Margarida. E agora, tenho que casar com ela, meu pai, porque apesar de não ter acontecido nada demais entre nós, ninguém vai acreditar nisso.
EUDORO - Mas esse casamento assim, meu filho!
MARGARIDA - Esse casamento assim o que? É igual ao do senhor com tia Benona!
EUDORO - Mas ninguém vai saber de nada, meu filho! Nenhum de nós vai espalhar essa história, que eu sei!
CAROBA - Quem não vai espalhar? O senhor está muito enganado, eu vou espalhar tudinho! Vi tudo, assisti tudo e não estou pronta para sofrer essas humilhações, não! Casa em que trabalho, tem que ser casa de respeito, nessas coisas eu sou dura! Vou começar é agora... Meu povo!!
EUDORO - Tudo bem! Tudo bem! É melhor que todos se casem mesmo. E vamos casar amanhã mesmo. Vamos ajeitar as coisas da festa Eurico.
EURICÃO - Festa? Aonde? Se minha porca está perdida.
DODÓ - Calma seu Eurico. Eu só escondi um pouco. Mas quero lhe falar. O dinheiro que está ai dentro está todo vencido. Não vale mais nenhum tostão.
EURICÃO - Vão embora! Eu não quero ninguém mais aqui.
TODOS - Então, adeus Euricão Engole- Cobra
EURICÃO - Engole- Cobra é a mãe de vocês.
( coro ) ( Depois que todos saem)
EURICÃO - Rebanho de besta... Eu já comprei foi outra porca.
terça-feira, 25 de fevereiro de 2020
Tentam destruir a existência do Servo de Deus mas não conseguem.
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020
Liturgia Diária e Reflexão de 12/02/2020 Bom e Mau
1A rainha de Sabá, tendo ouvido falar
- para a glória do Senhor -
da fama de Salomão,
veio prová-lo com enigmas.
2Chegou a Jerusalém com numerosa comitiva,
com camelos carregados de aromas,
e enorme quantidade de ouro e pedras preciosas.
Apresentou-se ao rei Salomão
e expôs-lhe tudo o que tinha em seu pensamento.
3Salomão soube responder a todas as suas perguntas:
para ele nada houve tão obscuro
que não pudesse esclarecer.
4Quando a rainha de Sabá viu
toda a sabedoria de Salomão,
a casa que tinha construído,
5os manjares da sua mesa,
os cortesãos sentados em ordem à mesa,
as diversas classes dos que o serviam e suas vestes,
os copeiros,
os holocaustos que ele oferecia no templo do Senhor,
ficou pasmada e disse ao rei:
6'Realmente era verdade o que eu ouvi no meu país
a respeito de tuas palavras e de tua sabedoria!
7Eu não queria acreditar no que diziam,
até que vim e vi com os meus próprios olhos,
e reconheci que não me tinham dito nem a metade.
Tua sabedoria e tua riqueza são muito maiores
do que a fama que chegara aos meus ouvidos.
8Feliz a tua gente,
felizes os teus servos que gozam sempre da tua presença
e que ouvem a tua sabedoria!
9Bendito seja o Senhor, teu Deus, a quem agradaste,
que te colocou sobre o trono de Israel,
porque o Senhor amou Israel para sempre,
e te constituiu rei
para governares com justiça e eqüidade'.
10Depois, ela deu ao rei cento e vinte talentos de ouro
e grande quantidade de aromas e pedras preciosas.
Nunca mais foi trazida tanta quantidade de aromas
como a que a rainha de Sabá deu ao rei Salomão.
Palavra do Senhor.
5Deixa aos cuidados do Senhor o teu destino; *
confia nele, e com certeza ele agirá.
6Fará brilhar tua inocência como a luz, *
e o teu direito, como o sol do meio-dia.R.
30O justo tem nos lábios o que é sábio, *
sua língua tem palavras de justiça;
31traz a Aliança do seu Deus no coração, *
e seus passos não vacilam no caminho.R.
39A salvação dos piedosos vem de Deus; *
ele os protege nos momentos de aflição.
40O Senhor lhes dá ajuda e os liberta, +
defende-os e protege-os contra os ímpios, *
e os guarda porque nele confiaram.R.
14Jesus chamou a multidão para perto de si
e disse: 'Escutai todos e compreendei:
15o que torna impuro o homem
não é o que entra nele vindo de fora,
mas o que sai do seu interior.
16Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.'
17Quando Jesus entrou em casa, longe da multidão,
os discípulos lhe perguntaram sobre essa parábola.
18Jesus lhes disse:
'Será que nem vós compreendeis?
Não entendeis que nada do que vem de fora
e entra numa pessoa, pode torná-la impura,
19porque não entra em seu coração,
mas em seu estômago e vai para o fossa?'
Assim Jesus declarava
que todos os alimentos eram puros.
20Ele disse: 'O que sai do homem,
isso é que o torna impuro.
21Pois é de dentro do coração humano
que saem as más intençðes, imoralidades, roubos, assassínios,
22adultérios, ambiçðes desmedidas, maldades, fraudes,
devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo.
23Todas estas coisas más saem de dentro,
e são elas que tornam impuro o homem.'
Palavra da Salvação.
terça-feira, 11 de fevereiro de 2020
Quem é Jesus pra você? Leia.
22Salomão pôs-se de pé diante do altar do Senhor,
na presença de toda a assembléia de Israel,
estendeu as mãos para o céu e disse:
23'Ó Senhor, Deus de Israel, não há Deus igual a ti
nem no mais alto dos céus,
nem aqui embaixo na terra;
tu és fiel à tua misericordiosa aliança com teus servos,
que andam na tua presença de todo o seu coração.
27Mas será que Deus pode realmente morar sobre a terra?
Se os mais altos céus não te podem conter,
muito menos esta casa que eu construí!
28Mas atende, Senhor meu Deus,
à oração e à súplica do teu servo,
e ouve o clamor e a prece
que ele faz hoje em tua presença.
29Teus olhos estejam abertos noite e dia
sobre esta casa, sobre o lugar do qual disseste:
'Aqui estará o meu nome!
Ouve a oração que o teu servo te faz neste lugar.
30Ouve as súplicas de teu servo
e de teu povo Israel,
quando aqui orarem.
Escuta-os do alto da tua morada, no céu,
escuta-os e perdoa!
Palavra do Senhor.
3Minha alma desfalece de saudades *
e anseia pelos átrios do Senhor!
Meu coração e minha carne rejubilam *
e exultam de alegria no Deus vivo!R.
4Mesmo o pardal encontra abrigo em vossa casa, +
e a andorinha ali prepara o seu ninho, *
para nele seus filhotes colocar:
vossos altares, ó Senhor Deus do universo! *
vossos altares, ó meu Rei e meu Senhor!R.
5Felizes os que habitam vossa casa; *
para sempre haverão de vos louvar!
10Olhai, ó Deus, que sois a nossa proteção, *
vede a face do eleito, vosso Ungido!R.
11Na verdade, um só dia em vosso templo *
vale mais do que milhares fora dele!
Prefiro estar no limiar de vossa casa, *
a hospedar-me na mansão dos pecadores!R.
para seguir a tradição dos homens.
1Os fariseus e alguns mestres da Lei
vieram de Jerusalém e se reuniram em torno de Jesus.
2Eles viam que alguns dos seus discípulos
comiam o pão com as mãos impuras,
isto é, sem as terem lavado.
3Com efeito, os fariseus e todos os judeus
só comem depois de lavar bem as mãos,
seguindo a tradição recebida dos antigos.
4Ao voltar da praça,
eles não comem sem tomar banho.
E seguem muitos outros costumes que receberam por tradição:
a maneira certa de lavar copos, jarras e vasilhas de cobre.
5Os fariseus e os mestres da Lei
perguntaram então a Jesus:
'Por que os teus discípulos
não seguem a tradição dos antigos,
mas comem o pão sem lavar as mãos?'
6Jesus respondeu:
'Bem profetizou Isaías a vosso respeito, hipócritas,
como está escrito:
'Este povo me honra com os lábios,
mas seu coração está longe de mim.
7De nada adianta o culto que me prestam,
pois as doutrinas que ensinam são preceitos humanos'.
8Vós abandonais o mandamento de Deus
para seguir a tradição dos homens.'
9E dizia-lhes:
'Vós sabeis muito bem como anular o mandamento de Deus,
a fim de guardar as vossas tradições.
10Com efeito, Moisés ordenou:
'Honra teu pai e tua mãe'.
E ainda: 'Quem amaldiçoa o pai ou a mãe, deve morrer'.
11Mas vós ensinais que é lícito
alguém dizer a seu pai e à sua mãe:
'O sustento que vós poderíeis receber de mim
é Corban, isto é, Consagrado a Deus'.
12E essa pessoa fica dispensada
de ajudar seu pai ou sua mãe.
13Assim vós esvaziais a Palavra de Deus
com a tradição que vós transmitis.
E vós fazeis muitas outras coisas como estas.'
Palavra da Salvação.