Êxodo 22,20-26
Os VV. 20-26 condenam a exploração da miséria. O imigrante, o órfão, a viúva e o pobre são pessoas que não podem defender-se: devem ser protegidas pelo direito. As necessidades vitais do homem estão acima de qualquer direito de propriedade.
Salmo18(17)
Com poucas diferenças, este salmo é reproduzido em 2Sm 22. Trata-se de uma celebração para agradecer a proteção de Javé, através da qual o rei Davi pôde realizar sua função política.
2-25
A função da autoridade política não é usurpar o lugar de Deus, usando o poder para seus próprios interesses e privilégios. É tornar historicamente presente e visível a ação de Deus, que liberta dos inimigos o seu povo, para fazê-lo viver segundo a justiça e o direito. Quando a autoridade política de fato procura ser mediadora na realização do projeto divino, ela pode invocar a Deus e estar certa de que ele responderá, dando eficácia a ela em seus empreendimentos.
44-51
Quando a autoridade realiza a justiça em nome de Deus, o povo vive na fraternidade e o rei justo se torna modelo de liderança para outros povos.
Primeiro Tessalonicenses, 1, 5c-10
4-10
Sobre a tribulação, cf. nota em Rm 5,1-11. Paulo relembra o primeiro anúncio (querigma) que provocou a conversão dos tessalonicenses. Conforme os VV. 9-10, esse primeiro anúncio do Evangelho era um convite à mudança radical: deixar os ídolos para servir unicamente ao Deus vivo. Os ídolos são valores considerados absolutos mas na realidade, sustentam uma estrutura de sociedade baseada na opressão e exploração do corpo e da consciência do homem. Servir ao Deus vivo é comprometer-se com Jesus Cristo, que manifesta na história a presença e ação do Deus verdadeiro, o qual está comprometido com a libertação e a vida do homem. A conversão é um processo contínuo na história. O cristão dá mo seu testemunho, animado sempre pela espera da plena manifestação de Jesus Ressuscitado.
Mateus 22, 34-40
Jesus resume a essência e o espírito da vida humana num ato único com duas faces inseparáveis: amar a Deus com entrega total de si mesmo, porque o Deus verdadeiro e absoluto é um só e, entregando-se a Deus, o homem desabsolutiza a si mesmo, o próximo e as coisas; amar ao próximo como a si mesmo, isto é, a relação num espírito de fraternidade e não de opressão ou de submissão. O dinamismo da vida é o amor que tece as relações entre os homens, levando todos aos encontros, confrontos e conflitos que geram uma sociedade de cada vez mais justa e mais próxima do Reino de Deus.
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