quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A ESPIRITUALIDADE DO GRUPO DE CATEQUISTAS

                                        Uma história para se fazer pensar.

          Dona Matilde era uma mulher muito devota, mas tinha pouco tempo para os outros.

          Um dia, ela se encontrava trancada no quarto, rezando o rosário, ouviu tocar a campainha. Irritada, foi atender. Era um andarilho pedindo um prato de comida. Rispidamente, ela lhe disse:
          _ Agora não posso, estou rezando!
          Após voltar para o quarto e retomar a sua reza, ouviu novamente a campainha. Dessa vez era a vizinha, que perdera o marido havia poucos dias e queria conversar com Matilde, para desabafar um pouco. Entretanto, a acolhida de Matilde não foi lá essas coisas:
          _ Volte mais tarde, querida, que agora não posso escutar você. Estou rezando o rosário.
          Enquanto rezava, dona Matilde cochilou e sonhou que estava se encontrando com Jesus. Imaginou-se dizendo a ele:
          _ Senhor, como eu gostaria de receber sua visita em minha casa!
          Ao que Jesus respondeu:
         _ Pois é, Matilde, hoje eu estive com você duas vezes e você não me recebeu...

                            Espiritualidade: amizade com Deus, amizade com o irmão.

          É comum ouvimos dizer que uma pessoa espiritual é aquela que reza bastante, que dedica grande parte do seu tempo pessoal à oração. Entretanto, há grande risco em pensar assim, de forma tão estreita.
          Espiritualidade é uma atitude de docilidade e de atenção constante às orientações que o Espírito Santo nos dá. E o vento do Espírito Santo nos dá. E o vento do Espírito sempre nos impulsiona na direção dos outros. Produz em nós um movimento para fora de nós mesmos, fazendo-nos solidários com i caminho dos irmãos e irmãs. Disso podemos ter toda a certeza: nunca o Espírito Santo produz nas pessoas orantes atitudes de egoísmo e de fechamento. O Espírito de Deus é o Espírito da missão: como aos primeiros discípulos, leva-nos para fora do cenáculo e nos enche de entusiasmo, para nos relacionarmos com nosso próximo por meio da linguagem universal do amor (cf. At 2).
          Assim a experiência do martírio de Deus passa necessariamente pela experiência do mistério do outro. No fundo do olhar de nossos irmãos e irmãs – sobretudo daqueles que mais necessitam de nossa palavra de conforto, de nossa mão amiga – podemos reverenciar a presença do Deus altíssimo. Quem nos garante é o próprio Jesus Cristo (cf. Mt 11,40-42; 18,1-4; 25,31-45; Jo 13,12-20): cada um de nós irmãos e irmãs é, para nós, sacrário vivo de Deus.

                                         O castelo interior e o castelo exterior

          A grande Santa Teresa D’Ávila falava da vida íntima de amizade com Deus comparando-a a um “castelo interior”. Estreitar os laços de amizade com Deus significaria, segundo uma bela imagem empregada por Santa Teresa, deixar que o Senhor fosse ocupando mais e mais moradas de nossa alma, até que pudesse chegar e se hospedar nos cômodos mais íntimos de nosso coração, tornando-se Senhor absoluto de nossa vida. Para Deus, segundo a mística carmelita, não pode haver portas trancadas em nosso interior.
          Entretanto, hoje é muito importante falar também na necessidade de construir um “castelo interior” para Deus. Ele habita não só no íntimo de cada pessoa, mas também arma a sua tenda onde há comunhão entre os irmãos. Diz Jesus: “Onde dois ou três estiverem reunidos, em meu nome, eu estarei no meio deles” (Mt 18,20). Desse modo, a presença de Deus se faz mais viva em nossa vida quando estamos unidos em seu nome, vivendo como “um só coração e uma só alma” (At 4,32). Devemos deixar Deus morar não só em nós, mas também no meio de nós. Somos mais amigos de Deus quando somos mais amigos dos outros. E vice-versa: quanto mais diferentes ao nosso próximo, mais nos ocultamos da face do Senhor.

                     O grupo de catequistas: casa em que Deus quer fazer sua morada

          Um modo excelente de construirmos para Deus esse “castelo exterior” é por meio do cultivo de uma espiritualidade do grupo de catequistas. Momentos fortes de oração comunitária e de partilha da vida e da Palavra são fundamentais para os catequistas permaneçam juntos e perseverantes na vocação. Tais oportunidades devem ser bastante valorizadas e preparadas com muito zelo e carinho.
          Todavia, a espiritualidade é atitude de docilidade ao Espírito que atravessa todos os momentos da vida; no grupo de catequistas, ela se alimentará a todo tempo de pequenos gestos de amor e atenção entre os colegas: uma conversa amiga, uma troca de experiências, uma dica legal para dinamizar os encontros, uma oferta de ajuda, um abraço de feliz aniversário... São esses gestos que costuram a tenda de Deus no meio de nós.
          Pode-se ir mais além: o grupo de catequistas de uma comunidade precisa rezar junto e viver unido, para que possa ser para o mundo espelho daquela comunhão que há na própria Trindade Divina: “Que todos sejam um só; como tu, ó Pai, estás em mim e eu em ti, que também eles estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. Dei-lhes a glória que tu me deste, para que sejam um como nós somos um. Eu neles e tu em mim, para que eles sejam perfeitos na unidade e para que o mundo reconheça que tu me enviaste e os amaste, como me amaste a mim” (Jo 17,20-23).
          Que o Espírito nos uma num só corpo, a fim de que sejamos um, para que o mundo creia!

Revista ECOANDO – Formação Interativa com Catequistas – Ano IV – nº 14.

domingo, 25 de setembro de 2011

CELEBRAR A VIDA, VIVER A FÉ: O VERDADEIRO CULTO ESPIRITUAL

O que nos leva a participar da liturgia?

O que nos motiva para o encontro, para a celebração?

           Certamente, há muitas respostas para essas perguntas; cada um tem a sua motivação, de acordo com a sua história ou com a sua experiência pessoal com Jesus Cristo. Alguns celebram por obrigação, por medo ou por passarem uma dificuldade; outros por tradição outro porque são agradecidos pelos dons que receberam e outros ainda por amor ao Mistério celebrado e à comunidade que celebra. Não importa. Há, no entanto, algo que nos move, algo que talvez não percebamos, mas que está presente em todos e transcende as nossas motivações pessoais, levando-nos a celebrar: o amor pela vida.
           A liturgia é o lugar privilegiado da celebração da vida! Basta olharmos para os momentos mais marcantes de nossa vida para percebermos que neles nos encontramos na comunidade para celebrar:

*logo após o nascimento, nos reunimos para o batismo das crianças, como é o nosso costume;
*na doença, o sacramento da unção dos enfermos nos faz unir a nossa dor à dor de Cristo, pela salvação da humanidade.
*nós e nossos amigos nos encontramos no momento feliz em que se unem homem e mulher, numa só carne, no sacramento do matrimônio;
*reunimo-nos no momento do adeus aos nossos entes queridos, na celebração das exéquias;
*em todas as celebrações eucarísticas, nos reunimos para ouvir a Palavra de Deus e repartir o pão.

           Como nos ensina Santo Irineu, “a glória de Deus é o homem vivo”. Jesus nos disse que veio para nos trazer vida, e vida em abundância. É por isso que a encarnação, a paixão, a morte e a ressurreição de Jesus são uma liturgia, um serviço à vida de todos nós. No entanto, será necessária verdadeira e sincera adesão a esse mistério, para que nossa celebração seja realmente uma celebração da vida: é indispensável fé, a fé daquele que tem um encontro pessoal com Jesus Cristo; a fé que é um dom que depende da graça, da ajuda do Espírito Santo; a fé que não se dá, a fé que não se ensina. A fé que nos leva a celebrar a vida requer adesão da vontade ao projeto de Deus, que compreendemos pela inteligência, com base na experiência que fazemos de encontro com Jesus Cristo.
           Mas não basta apenas conhecermos o Mistério, aderirmos a ele e celebrarmos nossa vida com Deus. A Trindade - Pai, Filho e Espírito Santo – é quem nos convida para celebrar e continua atuando em nós e por meio de nós. A nossa celebração deve continuar mesmo depois que se encerram os ritos de nossa liturgia. Para que não apenas vivamos, mas Cristo viva em nós, precisamos ter a consciência do compromisso que a liturgia exige, compromisso com o outro, com o próximo com o irmão na nossa comunidade ou distante dela.
           O papa Bento XVI nos ensina, na Exortação Apostólica Pós-Sinodal Sacramentum Caritatis (O Sacramento da Caridade), que a missão primeira e fundamental que deriva dos santos mistérios celebrados é dar testemunho com a nossa vida. Nós vamos nos tornar testemunhas quando, por meio das nossas ações, palavras e atitudes, Jesus aparecer. É o mistério vivido: nos um unimos para celebrar a vida, que vai transbordar em nós e nos remeter para uma ação concreta de valorização e promoção da vida. Nosso testemunho, nossa missão, nossa ação concreta consistem em levar a pessoa de Cristo a todos, pois não podemos tê-lo só para nós. Com Cristo deveremos lutar para restabelecer a dignidade da pessoa, para transformar as estruturas injustas de nossa sociedade. É por meio da realização concreta dessa missão que a eucaristia, de toda liturgia, se torna na vida o que significa na celebração.
          “O pedido que repetimos em cada missa: ‘o pão nosso de cada dia nos daí hoje’ obriga-nos a fazer tudo o que for possível (...) para que cesse ou pelo menos diminua, no mundo, o escândalo da fome e da subnutrição que padecem muitos milhões de pessoas (...)”
(Sacramentum Caritatis, 91).
           A liturgia nos ensina e os sacramentos nos fortalecem para que façamos a diferença em meio a um mundo de incertezas, de constantes mudanças, de individualismo, subjetivismo e exaltação de valores contrários ao evangelho. Ao celebrar o que vivemos e viver o que celebramos, nossas comunidades vão se sentir animadas pelo Espírito Santo transformadas por ele, e cada pessoa se sentirá apta a fazer de sua vida verdadeiro culto espiritual.

Revista ECOANDO, Formação Interativa com Catequistas.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

CATEQUISTAS: MULHERES E HOMENS A SERVIÇO DA DIGNIDADE

Reflexões sobre a Catequese e a Questão de Gênero


          Antes de sermos catequistas, operários, jogadores de futebol, professores, administradoras de empresas, enfermeiros, motoristas, etc., somos pessoas e, por isso mesmo, mulheres e homens.
          Enquanto criaturas de Deus, irmãs e irmãos do universo, nascemos fêmea e machos, mas a cultura, a educação e o dia-a-dia vão nos tornando o que somos chamados a ser plenamente: mulheres e homens. Isso já nos diz que ser mulher e ser homem não é uma simples questão biológica de órgãos sexuais, mas um conjunto de comportamentos, atitudes, qualidades, que nos identificam. Não é somente uma questão externa, mas de dentro pra fora.
           A(o) catequista, chamada(o) a educar crianças, jovens e adultos para que vivam uma fé maduram e plena precisa lidar muito bem com a sexualidade, com o seu “ser mulher” e “ser homem”, para colaborar positivamente na formação de pessoas equilibradas, que venham a romper com um mundo preconceituoso e doentio no que se refere ao relacionamento interpessoal.
          Vivemos numa sociedade historicamente marcada pelo preconceito de sexo ou gênero, tendo como vítima pessoalmente a mulher. Embora poucos afirmem que a mulher seja inferior ao homem, na prática, esse preconceito é mais comum do que possamos imaginar. Não é raro em pleno século XXI, ouvimos expressões machistas e discriminadoras da mulher ou atitudes que confirmem essa posição: homens que ganham mais pelo mesmo serviço, mulheres sendo impedidas ou maltratadas em profissões antes reservadas somente para homens, discriminação legal da mulher banalização do feminino nos meios de comunicação, etc.
          Mesmo dentro das nossas comunidades cristãs, que teoricamente ensinam a igualdade essencial de todas as pessoas, muitas vezes uma cultura machista se impõe, deixando as mulheres, que são a grande força da Igreja, em posição inferior nas decisões e atividades evangelizadoras. Sabemos que a Bíblia foi escrita por pessoas de uma cultura que privilegia extremamente o masculino. Embora Cristo tenha dado as mulheres um tratamento muito digno, sempre prevaleceu na história da Igreja a idéia da mulher como dependente e inferior ao homem. Tradicionalmente, o homem é considerado imagem de Deus – geralmente apresentado com características masculinas – e a mulher, igualmente criada à Sua imagem e semelhança, sempre teve dificuldade de ser vista e tratada com a mesma dignidade.
          Muitos atributos foram dados à mulher e ao homem, como se fossem características específicas de cada gênero, isoladamente. Da mulher que se diz emotiva, frágil, indecisa, passional, delicada, bela, pouco racional, feita para o lar e os filhos... Do homem se afirma ter um espírito teórico, abstrato, ser forte, independente, sincero, ativo, inteligente, etc. Na verdade, são rótulos que não correspondem à essência do “ser homem” ou “ser mulher”,mas acabaram sendo aceitos sem questionamentos, gerando a dominação do homem sobre a mulher. Mesmo com tanta luta e organização das mulheres para mudar esses conceitos, especialmente desde a década de 70 do século passado, ainda muitas dessas opiniões estão enraizadas na mente de nosso povo.
          Diante de tudo isso, cabe à (ao) catequista apresentar a verdade completa sobre a mulher e o homem, atendo-se ao seguinte:
           a)mulher e homem foram criados por Deus em igual valor e dignidade. Ambos, juntos, formaram a única e verdadeira imagem de Deus;
           b)a diferença entre “ser mulher” e “ser homem” vai além do sexo. São diferentes no modo de ver o mundo, de analisar as questões da vida, de reagir diante dos desafios. São diferentes também no corpo e nas qualidades interiores, mas ambos se completam em tudo;
           c)o fato de serem diferentes não significa que o mundo deva ser dividido em duas partes e as qualidades da pessoa também. O homem tem dentro de si a “mulher” e a mulher tem dentro de si o “homem”. A tarefa de cada pessoa é integrar dentro de si a feminilidade e a masculinidade. Só na combinação de ambas, ainda que se manifestem de modo diferente, aparece a pessoa em harmonia. Por exemplo, o homem também é intuitivo, emociona-se e chora, assim como a mulher tem competência para a administração e é independente;
           d) não se trata, naturalmente, de nivelar tudo, como se mulher e homem fossem iguais em tudo. Há de se ressaltar e valorizar as diferenças, que são enriquecedoras. Se houve um período em que a mulher batalhou pelo seu espaço e fez muitas conquistas, o homem também precisa achar o seu lugar verdadeiro. Somente no respeito é que teremos relacionamentos mais saudáveis e pessoas equilibradas;
           e) é de grande importância criar essa nova consciência nos catequizandos, valorizando suas diferenças de gênero e mostrando sua igual dignidade. Romper com os rótulos e preconceitos é um grande desafio para a catequese. A (o) catequista tem que ser o primeiro a se entender e se valorizar.

Revista ECOANDO Formação Interativa com Catequistas - Ano III - nº 10.

sábado, 13 de agosto de 2011

É NORMAL

                Olhando para a vida
          É fácil ouvir por aí que é normal: a corrupção na vida política do país e do mundo; a violência; a exploração da natureza; as drogas no meio da juventude; o alto custo da vida; mentir para conseguir vantagens; a prostituição; a gravidez na adolescência; a falta de responsabilidade; o sexo livre, desde que com segurança; a infidelidade nas relações entre homens e mulheres; o extremo entre a riqueza e a miséria; burlar as leis; "fazer as coisas por debaixo do pano"; subornar pessoas, desde que ninguém saiba; roubar dilheiro do povo; falar uma coisa e fazer outra; manter as aparências...
           Mas será verdade que tudo isso é normal? Hoje em dia, é preciso muito discernimento diante da realidade para não "comer gato por lebre", para não dizer que "pau é pedra", para não perder o bom senso, para não fazer da maldade um ideal de vida.
          E as pessoas de fé buscam na palavra de Deus os critérios para esse discernimento.
               A palavra de Deus ilumina a vida - Deuteronômio 30,15-19
          "Veja: hoje eu estou colocando diante de você a vida e a felicidade, a morte e a desgraça. Se obedecer aos mandamentos de Javé seu Deus, que hoje lhe ordeno, amando a Javé seu Deus, andando em seus caminhos e observando os seus mandamentos, estatutos e normas, você viverá e se multiplicará. Javé Deus o abençoará na terra onde você está entranto para tomar posse dela. Todavia, se o seu coração se desviar e você não obedecer, se você se deixar seduzir e adorar e servir a outros deuses, eu hoje lhes declaro: é certo que vocês perecerão! Vocês não prolongarão seus dias sobre a terra, onde estão entrando, ao atravessar o rio Jordão, para dela tomar posse. Hoje eu torno o céu e a terra como testemunhas contra vocês: eu lhe propus a vida ou a morte, a bênção e a maldição. Escolha, portanto, a vida, para que você e seus descendentes possam viver...".
               REFLETINDO
           Tudo o que somos é fruto, em parte, de nossas relações sociais e de nossa liberdade. É pela convivência que, desde pequenos, aprendemos a nos relacionar, a assumir determinados comportamentos, a entender o mundo, os outros e a nós mesmos e a fazer nossas escolhas.
           A sociedade, filha dessas relações, existe para garantir a vida daqueles que a constituem, de modo que a todos se propicie a oportunidade de crescer como pessoas, tendo como pano de fundo o bem comum.
           A vida exige a capacidade de entender que nenhum homem é uma ilha e que o desafio do encontro de liberdade é constante. A liberdade de um termina onde começa a do outro. As leis, os cosntumes sociais e ética tem a função de garantir, de acordo com as personalidades, aquilo que permite a realização de todos. Fora dessas considerações, torna-se difícil a vida comum e individual, porque ambas são realidades entrelaçadas.
          Quando falamos que algo ou alguém está ou é normal, estamos dizendo que algo ou alguém se encontra numa situação equilibrada, saudável, tranquila...
           Normalidade, para nós, lembra harmonia, paz, estabilidade, naturalidade, aquilo que está de acordo com as "normas", padrões, costumes, leis, comportamentos, da natureza ou de uma sociedade. Do ponto de vista da natureza, normal é aquilo que obedece às leis que regem as diversas etapas do mistério da vida e das coisas constituintes do mundom material. Do ponto de vista social, normal é aquilo que permite o desenvolvimento equilibrado de condições que possibilitam a vida das pessoas em sociedade.
          Quando se diz que uma situação se normalizou, significa que aquilo que estava desorganizado, em crise, em conflito, encontrou um ponto de harmonia, de equilíbrio.
          Quando se diz que " é preciso normalizar", significa que é necessário ajudar as coisas, situações ou pessoas a encontrar um caminho seguro, orientado.
          Quando dizemos que algo é normal, estamos aprovando determinada realidade, estabelecendo-a como orientação, norma, uma referência, um exemplo a seguir.
          Se as pessoas e, com elas, a sociedade começam a achar normais determinadas atitudes, situações e práticas que não promovem a dignidade do ser humano e dificultar a vida de todos, para onde caminharemos? É uma atitude inteligente propor como norma, como referência, como exemplo, realidades que não trazem a felicidade? É normal considerar o mal como se fosse um bem? é normal escolher a morte e não a vida?
          A palavra de Deus faz um convite constante para que as pessoas não considerem como normal o caminho de morte, mas encontrem e trilhem o caminho da vida.
          Catequizar é crescer e amadurecer na capacidade de discernir entre a vida e a morte e, sabiamente, escolher a vida, como discípulo missionário de Jesus Cristo.

Revista ECOANDO - Formação Interativa com Catequistas - Ano VI - nº 22.

sábado, 6 de agosto de 2011

LIBERTA-SE DO MEDO

          Em certa aldeia do Benin viviam três rapazes muito tristes. Parecia que tudo lhes dava errado na vida. Eram pobres: um possuia apenas um remo; o outro, uma flexa e um arco; e o terceiro, um turbante. Sonhavam com uma vida rica e com tudo de bom. Mas sentiam-se angustiados, pois se julgavam incapazes.
          Um dia, um sábio ancião decidiu ajudá-los a perceber que tinham muito valor. Lançou-lhes um desafio: atravessar um rio fundo usando apenas o que tinham.
          Ficaram apreensivos, cheios de medo. Porém, um deles encheu-se de coragem, procurou um tronco, lançou-o na água e começou a remar até chegar ao lado oposto. O segundo viu, do outro lado do rio, uma árvore muito alta. Pegou sua flexa e mirou a árvore, que caiu atravessada entre as duas margens. Correu por cima dela e atravessou o rio. O terceiro ganhou coragem, atou uma pedra na ponta do turbante, que era uma tira bem comprida, e deu-lhe um nó de correr. Atirou a ponta para a outra margem, prendendo-a no ramo de uma árvore. Amarrou a outra ponta do lado de cá e, agarrado ao turbante, conseguiu atravessar o rio.
         Os três se abraçaram felizes. Conseguiram superar o obstáculo! O sábio ancião sorriu e disse-les: " A vida é como um rio: quem arrisca e usa dos recursos e valores que possui, consegue sempre vencer!"
          (cf. Eq. Missão Jovem, Sabedoria dos povos - 100 Histórias, Contos e Fábulas. São Paulo: Mundo e Missão, 2008, p. 56.)
          REVISTA ECOANDO, Formaçãqo Interativa com Catequistas - Ano VII - nº 26.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

CATEQUESE PERMANENTE E INICIAÇÃO A VIDA CRISTÃ

A iniciação a vida cristã é um dos temas que vem sendo retomado gradativamente na caminhada da Igreja como tarefa central e como cumprimento do mandato missionário deixado por Jesus Cristo.
“Ide pois fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. E ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28, 19-20)
Na verdade, o mandato missionário é o envio e missão, é chamado de vocação cristã. Podemos dizer que nele está o fundamento da Iniciação à vida cristã, como o agir missionário, como resposta ao dinamismo do Espírito, que impulsiona e nos convida a acolher a Revelação, enviando-nos a anunciar a Boa Nova em todo mundo.
Mas a experiência nos ensina que o anuncio do Evangelho exige fidelidade, pelo menos a dois aspectos:
• Ao conteúdo que é anunciado
• Ao caminho pelo qual se faz este mesmo anuncio.
O conteúdo, nós sabemos que é Jesus Cristo, morto e ressuscitado para a nossa salvação (cf. At 2,36)
O caminho é uma conseqüência do conteúdo. Se Jesus Cristo é o Verbo que se fez carne, feito humano em tudo, menos no pecado, o caminho para o anuncio deste mesmo Jesus Cristo só pode ser a encarnação, o mergulho, na vida de pessoas, grupos e povos.
Para isso, necessário se faz que cada pessoa faça a experiência do encontro com Jesus Cristo, morto e ressuscitado para nossa salvação, é necessário propiciar o encontro com Cristo que da origem à iniciação cristã.
Deseja-se realizar uma formação que ajude as pessoas a anunciar com a vida e comunicar com eficácia a boa notícia do Evangelho, favorecendo a implantação de uma nova mentalidade. Para a partir daí, tornar-se missionárias e evangelizadoras.
É preciso convergir para a meta que é o reino de Deus. Os bispos, presbíteros, diáconos permanentes, consagrados e consagradas, leigos e leigas, são chamados a assumir atitude de permanente conversão pastoral, que implica escutar com atenção e discernir “o que o Espírito está dizendo às Igrejas”.
Se não acontecer uma mudança real na ação pastoral serão inúteis nossos esforços de uma renovação catequética e conseqüentemente na formação de catequistas.
Mas como formar catequistas se muitos de nossos formadores não estão em condições de acompanhar os catequistas.
Nossa atenção hoje deve ser voltada também com a formação permanente e continuada dos educadores ou orientadores de cursos espalhados pelo país.
É necessário o acompanhamento na formação do catequista para a catequese iniciática. Não queremos mais pensar em uma formação como simples repasse de conceitos, alguém que repete o que ouviu nos cursos e congressos.
Queremos formar catequistas competentes, capazes de responder aos inúmeros desafios da nossa realidade atual. Temos que capacitar o catequista para ser uma pessoa de relações com alegria e otimismo.
Constatamos que muitos encontram dificuldades na transmissão da mensagem cristã e também de contar experiências.
Como levar as pessoas a um contato vivo e pessoal com Jesus Cristo, como fazê-los mergulhar nas riquezas do Evangelho, como iniciá-los verdadeiramente e eficazmente na vida da comunidade cristã e fazê-los participar da vida divina, cuja expressão maior são os sacramentos da iniciação?
Dada a necessidade de uma aprendizagem gradual e sistemática no conhecimento, no amor e no seguimento a Jesus Cristo, propõe-se:
a) Assumir, na comunidade eclesial, a iniciação cristã, buscando renovar a vida comunitária, despertando para a ação, compromisso missionário e sócio transformador.
É necessário esclarecer, em primeiro lugar, que por Iniciação cristã se entende todo o processo pelo qual alguém é incorporado ao mistério de Cristo Jesus. Iniciação é sempre iniciação ao mistério, é mergulho pessoal no mistério; ele está presente também no centro da fé.
Para ter acesso aos divinos mistérios a pessoa precisa, de uma maneira ou de outra, ser iniciada a essas realidades maravilhosas através de experiências que marcam profundamente. São os ritos iniciaticos. No decorrer dos séculos, porém, a iniciação foi se limitando à preparação aos sacramentos da iniciação Cristã (Batismo, Eucaristia, Confirmação). Às vezes tal preparação foi reduzida a uma síntese doutrinal, enfeixada no tradicional estilo de catecismo, pressupondo a vivencia cristã na família e na sociedade, marcadas, então, pelo cristianismo.
b) Motivar as comunidades para que o processo catequético de formação, adotado pela Igreja para a iniciação cristã, seja assumido por todos.
c) Investir na implementação da catequese de inspiração catecumenal, apresentando um itinerário catequético permanente (cf. DA 298).
d) Motivar os adultos para a vivencia da fé em comunidade, para que ela seja lugar de acolhida e de ajuda (cf. DGC 182c).
“O desejo de Deus está inscrito no coração do homem, já que o homem é criado por Deus e para Deus; e Deus não cessa de atrair o homem a si, e somente em Deus o homem há de encontrar a verdade e a felicidade que não cessa de procurar” (CIC 27)
Quem chega a idade adulta com essas indagações precisa de mais do que uma síntese doutrinal. Traz toda uma vida, cheia de experiências, perplexidades, alegrias e decepções.
O adulto cheio de perguntas quer descobrir sentido na vida, nos seus relacionamentos, no mistério de Deus já percebido através da criação, como primeiro livro da Revelação divina.
e) Criar condições na ação evangelizadora para que possa desenvolver uma catequese que fale ao coração dos adultos.
É necessário um verdadeiro mergulho no mistério, com uma experiência cada vez mais profunda das diversas dimensões da vida cristã. Isso não se faz num cursinho rápido e nem mesmo numa catequese isolada de outros aspectos da vida eclesial. Não se trata de aprender coisas, trata-se de adesão consciente a um projeto de vida.
f) Organizar meios e serviços, sobretudo paroquiais, para oferecer formação diferenciada aos adultos praticantes, aos batizados não praticantes ou afastados e aos convertidos que pedem o Batismo. Nisto está a riqueza do processo catecumenal, proposto pelo Rito de Iniciação Cristã de Adultos (RICA).
Brilhaste e resplandeceste diante de mim, e expulsaste dos meus olhos a cegueira. Exalaste o teu Espírito e aspirei o teu perfume, e desejei-te. Saboreei-te, e agora tenho fome e sede de ti. Tocaste-me, e abrasei-me na tua paz” (Santo Agostinho, Confissões X,27,38).
O catecumenato se define como “processo educativo-cristão, demarcado por tempos e etapas, dirigido a convertidos, no seio de uma comunidade eclesial, por meio de uma regeneração sacramental”.
O catecumenato foi um caminho antigo e eficiente, desenvolvido pelas comunidades cristãs, aprofundado pelos Santos Padres.
A restauração do catecumenato, solicitada pela Igreja, quer retomar a dimensão mística, celebrativa, da catequese, considerando que um dos aspectos essenciais da educação da fé é levar as pessoas a uma autentica experiência cristã, na integridade de suas várias dimensões.
Teologicamente falando a iniciação Cristã possui quatro características que definem sua natureza:
1- Ela é obra do amor de Deus.
A iniciação cristã é graça benevolente e transformadora, que nos precede e nos cumula com os dons divinos em Cristo.
2- Esta obra divina se realiza na Igreja e pela mediação da Igreja.
Como corpo de Cristo, coloca os fundamentos da vida cristã e principalmente incorpora a Cristo os que estão sendo iniciados pelos sacramentos da iniciação.
3- Este dom de Deus realizado na e pela Igreja tem um terceiro elemento: requer a decisão livre da pessoa.
No processo ou itinerário de iniciação a pessoa é envolvida inteiramente em todas as esferas e dimensões do ser. O fracasso ou falta de perseverança no caminho da fé se deve, muitas vezes, à falta deste envolvimento total dos iniciados.
4- Por fim, a iniciação cristã é a participação humana no diálogo da salvação.
É na iniciação cristã que a pessoa começa a fazer parte da historia da Salvação.
O itinerário da iniciação cristã inclui sempre “o anuncio da Palavra, o acolhimento do Evangelho, que implica a conversão, a profissão de fé, o Batismo, a efusão do Espírito Santo, o acesso à comunhão eucarística.”
Jesus evangelizou os adultos e abençoou as crianças. NNós muitas vezes fazemos o contrario. Mas adultos que vão descobrindo o que, sem saber, seu coração sempre buscou, precisam de um processo bem vivido de iniciação. (cf. DNC 180-184)
Para sentir-se parte de uma tradição, um povo, uma comunidade religiosa (ou até mesmo de uma família) a pessoa precisa estar imersa no sentido de vida que caracteriza essa pertença.
Ficamos espantados quando ouvimos alguém que passou anos na Igreja de repente dizer que mudou de Igreja: “Encontrei Jesus!” “Como pode ser isso? Jesus estava aqui o tempo todo, na Palavra, na Eucaristia, na Missão...” Mas fica meio evidente que, mesmo que não tenha faltado a presença de Jesus, algo importante ficou ausente. Quem não encontrou Jesus de fato não foi iniciado na fé, mesmo que tenha estado junto de nós por muitos anos.
• Se vamos criar estruturas pastorais que possibilitem um real processo de iniciação, tanto para não batizados como para batizados insuficientemente catequizados, teremos que ter uma Igreja muito consciente da necessidade permanente de um testemunho qualificado. Os que vão acompanhar os que se iniciam, sem exceção, terão que crescer também.
A iniciação à vida cristã supõe uma comunidade que passe no teste do “vinde e vede”.
Uma comunidade comprometida com um processo de iniciação é aquela Igreja onde quem chega se sente em casa, acolhido num ambiente de fraterna cooperação, estimulado a servir com alegria e com a esperança de poder fazer diferença em meio aos sofrimentos e injustiças deste nosso mundo. Afinal, “A comunhão é missionária e a missão é para a comunhão.” (Chl,32; cf Dap 163).
A iniciação cristã é uma exigência da missão da Igreja nos dias de hoje: formar cristãos firmes e conscientes, nos tempos em que a opção religiosa é uma escolha e não tradição e imersão cultural.
A missão visa proclamar e fazer experimentar o mistério, não escondê-lo. mas ao mesmo tempo não podemos banalizar o acesso ao sagrado como se estivéssemos distribuindo algo sem conseqüências mais sérias.
Catecumenato: um caminho antigo e eficiente
Desde o século II, a iniciação cristã se fazia através do catecumenato. Foi uma feliz criação da Igreja, num tempo em que ela não podia contar com o apoio de uma cultura cristã na sociedade e ainda havia muito clima de segredo na prática cristã.
O núcleo do próprio desenvolvimento do ano litúrgico foi gerado nesse processo.
O catecúmeno, que corresponderia ao nosso catequizando de hoje, era visto como “aquele que deve ser iniciado na fé.”
O vocabulário da iniciação cristã foi elaborado pelos Santos Padres: refere-se às etapas consideradas indispensáveis para mergulhar (batismo significa mergulho) no mistério de Cristo e começar a fazer parte da comunidade eclesial em espírito e verdade.
O valor desse mistério de Cristo e da Igreja era experimentado e depois explicado numa vivencia marcada pelo Ito através de uma catequese chamada “mistagógica” (que inicia ao mistério).
Essa catequese fazia a pessoa recém batizada perceber o significado, valor e alcance dos ritos realizados. O rito, ao envolver a pessoa por inteiro, marca mais profundamente do que uma simples instrução e interioriza o que foi aprendido e proclamado, realçando a dimensão de compromisso.
Ao longo do tempo, fomos perdendo a ligação com o real processo de iniciação. Principalmente com a cristandade.
Etimologicamente “iniciação” provem do latim “in-re”, ou seja, ir bem para dentro. No Dicionário Aurélio, sua definição é assim: “Processo ou série de processos de natureza ritual, que efetivam e marcam a promoção de indivíduos a novas posições sociais (como, por exemplo, sua passagem à diferentes fases do ciclo de vida e, em particular, sua incorporação à comunidade dos adultos) ou acesso a determinadas funções religiosas ou políticas”, OU AINDA “preparação pela qual se inicia alguém nos mistérios de alguma religião ou doutrina e a cerimônia dela decorrente”.
Em outras palavras, é um tempo de aproximação e imersão em novo jeito de ser, sinaliza uma mudança de vida, de comportamento, com a inserção num novo grupo.
O Documento de Aparecida é enfático ao falar da necessidade urgente de assumir o processo iniciático na evangelização: “Ou educamos na fé, colocando as pessoas realmente em contato com Jesus Cristo e convidando-as para seu seguimento, ou não cumpriremos nossa missão evangelizadora.
A restauração do catecumenato, solicitada pela Igreja (cf. CD 14, SC 64-68 e AG 14), com a devida inculturação, quer retomar a dimensão mística, celebrativa, da catequese, considerando que um dos aspectos essenciais da educação da fé é levar as pessoas a uma autentica experiência cristã, na integridade de suas várias dimensões.
A iniciação é graça benevolente e transformadora, que pelo Batismo nos torna filhos do Pai, na Eucaristia nos alimenta com o Corpo de Cristo e na Confirmação nos unge com a unção do Espírito.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O NOVO DIRETÓRIO NACIONAL DE CATEQUESE

Este diretório é destinado aos catequistas, Bispos, padres religiosos e deverá ser de ajuda para uma nova dimensão e qualificar o processo de evangelização, educação e amadurecimento da fé.
Dedica grande espaço para tratar dos eixos centrais da catequese: A Bíblia como texto base e principal da catequese; os momentos celebrativos; a unidade que deve haver entre liturgia e catequese; o princípio de interação, fé e vida; a importância da caminhada de fé da comunidade, como lugar e ambiente da catequese e o conteúdo da educação da fé. Ressalta ainda o grande desafio de uma catequese adulta com adultos, resgatando o catecumenato da Igreja primitiva.
O diretório Nacional de Catequese tem como objetivo apresentar a natureza e a finalidade da catequese, traçar os critérios de ação catequética, orientar, coordenar e estimular a atividade catequética nas diferentes regiões.
2.3. A finalidade do diretório
 Estabelecer os grandes princípios bíblicos teológicos pastorais que ajudam a promover e a renovar a mentalidade catequética;ü
Coordenar as diversas iniciativas catequéticas;ü
Orientar o planejamento e a realização da atividade catequética nos diferentes âmbitos: paróquia, diocese, regional;ü
Articular a ação catequética com a liturgia e com outras pastorais afins;ü
Estimular a ação catequética e promover a educação da fé.ü
2.4. O Novo diretório nos aponta para alguns desafios
A unidade na pastoral catequética;ü
Aü formação do catequista como comunicado de experiência de fé;
Fortalecer a unidade do princípio entre fé e vida na ação catequética;ü
O desafio da catequese com adultos;ü
O desafio de uma linguagem da fé mais compreensível às pessoas;ü
Instituir o ministério da catequese na Igreja;ü
Suscitar o gosto pela celebração litúrgica e pela dimensão orante e celebrativa da catequese;ü
O desafio de buscar uma catequese que ajude os catequizando a pensa, recriar, interiorizar valores;ü
2.5. O esquema geral do Novo diretório
Primeira parte: fundamentos teológicos-pastorais da catequese.
Segunda parte: Orientações para a catequese na Igreja particular: destinatários do processo catequético, lugares da catequese e sua organização; o ministério da catequese e seus protagonistas.
Capítulo primeiro: As conquistas do recente movimento catequético à luz do concílio vaticano II;
Capítulo segundo: A catequese na missão evangelizadora da Igreja;
Capítulo terceiro: A catequese no contexto da história e da realidade;
Capítulo Quarto: fala da mensagem e do conteúdo da catequese;
Capítulo quinto: A catequese como educação da fé; o modo de proceder de Deus e a pedagogia catequética;
Capítulo sexto: A catequese conforme as idades: com adultos, com idosos, na primeira infância, com jovens e adolescentes...
Capítulo sétimo: A catequese na Igreja particular e a formação e perfil dos catequistas
Capítulo oitavo: Este capítulo trata dos lugares da catequese, família, comunidade eclesial; e da missão do ministério da coordenação de catequese nos diferentes níveis.