quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Sangue e Água


O silêncio invade-me, não sei se devo dizer:
 minh’alma.
Um choro de desalento e meu sangue
 A fervilhar  que posso sentir
Decepção, depressão
Sangue, dor, amor, doação.

Mergulho no azul do céu
Sei que posso respirar, mesmo que pouco ar
E o choro?
A água lava, limpa a mentira
Sem cheiro se faz verdade.

Quem é o sangue a derramar?
Por se doar..
A pobreza aprende a amar com a cor do amor
Vermelho inflama e atrai a: não sei devo dizer
Minh’alma

A mística da alegria é a esperança
De plantar o amor mesmo que sendo verde
Posso dizer? Minh’alma
O madeiro um dia foi verde que a água alimentou
Foi cortado, usado, manchado de sangue
Sem compaixão de mim, eu choro
Onde está o amor, o ant-cristo me tirou
Quem vai ensinar o amor
Posso dizer a minh’alma? Ele Existe em mim.


Edinólia Oliveira da Silva



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