sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Quem será contra os cristãos?


2º Domingo da Quaresma Ano B
25 de fevereiro de 2018 

1ª Leitura - Gênesis 22,1-2.9-13.15-18

1 Depois disso, Deus provou Abraão, e disse-lhe: “Abraão!” “Eis-me aqui”, respondeu ele.
2 Deus disse: “Toma teu filho, teu único filho a quem tanto amas, Isaac; e vai à terra de Moriá, onde tu o oferecerás em holocausto sobre um dos montes que eu te indicar.”
9 Quando chegaram ao lugar indicado por Deus, Abraão edificou um altar; colocou nele a lenha, e amarrou Isaac, seu filho, e o pôs sobre o altar em cima da lenha.
10 Depois, estendendo a mão, tomou a faca para imolar o seu filho.
11 O anjo do Senhor, porém, gritou-lhe do céu: “Abraão! Abraão!” “Eis-me aqui!”
12 “Não estendas a tua mão contra o menino, e não lhe faças nada. Agora eu sei que temes a Deus, pois não me recusaste teu próprio filho, teu filho único.”
13 Abraão, levantando os olhos, viu atrás dele um cordeiro preso pelos chifres entre os espinhos; e, tomando-o, ofereceu-o em holocausto em lugar de seu filho.
15 Pela segunda vez chamou o anjo do Senhor a Abraão, do céu,
16 e disse-lhe: “Juro por mim mesmo, diz o Senhor: pois que fizeste isto, e não me recusaste teu filho, teu filho único, eu te abençoarei.
17 Multiplicarei a tua posteridade como as estrelas do céu, e como a areia na praia do mar. Ela possuirá a porta dos teus inimigos,
18 e todas as nações da terra desejarão ser benditas como ela, porque obedeceste à minha voz.”

Nota da 1ª Leitura

Deus tira todas as seguranças de Abraão, para lhe fazer uma promessa e entregar-lhe seu dom (cf. Gn 12, 1-9 e nota). Muitos obstáculos parecem tornar impossível a realização desse dom e promessa (velhice, esterilidade). Quando a promessa começa a cumprir-se com o nascimento de Isaac, Abraão  poderia acomodar-se e perder de vista o grande projeto, para o qual Deus o chamara. Por isso, Deus lhe pede um novo ato de fé que confirme sua obediência. Deus não, permite nova segurança para o homem se acomodar; pelo contrário desafia o homem está sempre alerta, a fim de relacionar-se com Deus e criar uma nova história. Só assim o projeto de Deus não será confundido com as limitações dos projetos humanos.

Salmo - 115/116B

Andarei na presença de Deus,
junto a ele na terra dos vivos.


Guardarei a minha fé, mesmo dizendo:
“É demais o sofrimento em minha vida!”
É sentida por demais pelo Senhor
a morte de seus santos, seus amigos.

Eis que sou o vosso servo, ó Senhor,
vosso servo que nasceu de vossa serva;
mas me quebrastes os grilhões da escravidão!
Por isso oferto um sacrifício de louvor,
invocando o nome santo do Senhor.

Vou cumprir minhas promessas ao Senhor
na presença de seu povo reunido;
nos átrios da casa do Senhor,
em teu meio, ó cidade de Sião!

Nota do Salmo

Hino de louvor ao Deus da Aliança.
1-2
Motivo do louvor: Deus se aliou para sempre com o seu povo. O convite é dirigido aos outros povos, para que todos participem dessa aliança.

2ª Leitura - Romanos 8,31-34

31 Que diremos depois disso? Se Deus é por nós, quem será contra nós?
32 Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas que por todos nós o entregou, como não nos dará também com ele todas as coisas?
33 Quem poderia acusar os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica.
34 Quem os condenará? Cristo Jesus, que morreu, ou melhor, que ressuscitou, que está à mão direita de Deus, é quem intercede por nós!

Nota da 2ª Leitura

Com o amor de Deus, manifestado em seu Filho, nada mais temos a temer: nem dificuldades, nem perseguições, nem martírio, nem  qualquer forma de dominação. Nada poderá desfazer o que Deus já realizou. Nada poderá impedir o testemunho dos Cristãos. E nada poderá opor-se à plena realização do projeto de Deus.

Evangelho - Marcos 9,2-10

9 2 Seis dias depois, Jesus tomou consigo a Pedro, Tiago e João, e conduziu-os a sós a um alto monte. E
3 transfigurou-se diante deles. Suas vestes tornaram-se resplandecentes e de uma brancura tal, que nenhum lavadeiro sobre a terra as pode fazer assim tão brancas.
4 Apareceram-lhes Elias e Moisés, e falavam com Jesus.
5 Pedro tomou a palavra: “Mestre, é bom para nós estarmos aqui; faremos três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”.
6 Com efeito, não sabia o que falava, porque estavam sobremaneira atemorizados.
7 Formou-se então uma nuvem que os encobriu com a sua sombra; e da nuvem veio uma voz: “Este é o meu Filho muito amado; ouvi-o”.
8 E olhando eles logo em derredor, já não viram ninguém, senão só a Jesus com eles.
9 Ao descerem do monte, proibiu-lhes Jesus que contassem a quem quer que fosse o que tinham visto, até que o Filho do homem houvesse ressurgido dos mortos.
10 E guardaram esta recomendação consigo, perguntando entre si o que significaria: “Ser ressuscitado dentre os mortos”.

Nota do Evangelho

A vida e ação de Jesus não terminam na sua morte. A transfiguração é sinal de Ressurreição: a sociedade não conseguirá deter a pessoa e a atividade de Jesus, que irão continuar através de seus discípulos. A voz de Deus mostra que, daqui por diante, Jesus é a única autoridade. Todos os que ouvem o convite de Deus e seguem Jesus até o fim, começam desde já a participar da sua vitória final, quando ressuscitarão com ele. 

Edinólia Oliveira

Quem será contra os cristãos?
Jesus veio ao mundo com uma missão de falar como Deus conosco. Trouxe um projeto de vida e paz para a humanidade. Deus se encarnou, viveu como um de nós, morreu  como um de nós e ressuscitou: nós ressuscitaremos na esperança dos seus ensinamentos. Com a ressurreição de Jesus ninguém poderá deter os cristãos de avançarem a todas as nações o seu projeto de amor.
Muitos estão sendo feridos e passam fome por causa do orgulho e prepotência de uma ideologia sem a lógica de nosso Deus e Salvador.
Ninguém poderá deter os discípulos obedientes a Jesus Cristo Ressuscitado.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

O Reino do Homem contra o Reino de Deus


I DOMINGO DA QUARESMA  Ano B
18 de fevereiro de 2018

1ª Leitura - Gênesis 9,8-15

9 8 Disse também Deus a Noé e as seus filhos:
9 “Vou fazer uma aliança convosco e com vossa posteridade,
10 assim como com todos os seres vivos que estão convosco: as aves, os animais domésticos, todos os animais selvagens que estão convosco, desde todos aqueles que saíram da arca até todo animal da terra.
11 Faço esta aliança convosco: nenhuma criatura será destruída pelas águas do dilúvio, e não haverá mais dilúvio para devastar a terra.”
12 Deus disse: “Eis o sinal da aliança que eu faço convosco e com todos os seres vivos que vos cercam, por todas as gerações futuras:
13 Ponho o meu arco nas nuvens, para que ele seja o sinal da aliança entre mim e a terra.
14 Quando eu tiver coberto o céu de nuvens por cima da terra, o meu arco aparecerá nas nuvens,
15 e me lembrarei da aliança que fiz convosco e com todo ser vivo de toda espécie, e as águas não causarão mais dilúvio que extermine toda criatura.

Nota da 1ª Leitura

O arco-íris, que aparece depois da chuva, tornou-se o sinal da aliança de Deus com toda a criação. Através dessa aliança, Deus garante a vida para todos. Doravante, qualquer destruição que aparecer na história humana será devida aos homens, e não a Deus.

Salmo - 24/25

Verdade e amor são os caminhos do Senhor.

Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos
e fazei-me conhecer a vossa estrada!
Vossa verdade me oriente e me conduza,
porque sois o Deus da minha salvação.

Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura
e a vossa compaixão, que são eternas!
De mim lembrai-vos, porque sois misericórdia
e sois bondade sem limite, ó Senhor!

O Senhor é piedade e retidão
e reconduz ao bom caminho os pecadores.
Ele dirige os humildes na justiça
e aos pobres e ele ensina o seu caminho.

Nota do Salmo

Súplica em estilo de reflexão sapiencial.
1-3
A menção de “inimigos” mostra que a situação tem causas ou conseqüências sociais.
4-5
A situação é obscura. O salmista pede que Deus lhe abra perspectivas.
6-7
Pede que seus erros involuntários não sejam empecilho para que Deus o trate com amor na situação angustiante em que se encontra.
8-11
Não está claro qual seja a falta ou pecado. Em todo caso, é ocasião para uma tomada de consciência e conversão.
12-15
O temor de Deus é a atitude própria de quem reconhece que Deus é Deus, e o homem não é Deus. Quando o homem reconhece que só Deus é o absoluto, passa a relativizar os projetos humanos e permanece aberto à contínua novidade do projeto de Deus.
16-22
Descreve sua própria situação deplorável e clama por libertação.

2ª Leitura - 1 Pedro 3,18-22

3 18 Pois também Cristo morreu uma vez pelos nossos pecados - o Justo pelos injustos - para nos conduzir a Deus. Padeceu a morte em sua carne, mas foi vivificado quanto ao espírito.
19 É neste mesmo espírito que ele foi pregar aos espíritos que eram detidos no cárcere, àqueles que outrora, nos dias de Noé, tinham sido rebeldes,
20 quando Deus aguardava com paciência, enquanto se edificava a arca, na qual poucas pessoas, isto é, apenas oito se salvaram através da água.
21 Esta água prefigurava o batismo de agora, que vos salva também a vós, não pela purificação das impurezas do corpo, mas pela que consiste em pedir a Deus uma consciência boa, pela ressurreição de Jesus Cristo.
22 Esse Jesus Cristo, tendo subido ao céu, está assentado à direita de Deus, depois de ter recebido a submissão dos anjos, dos principados e das potestades.

Nota da 2ª Leitura

Diante dos sofrimentos, o modelo sempre é a morte de Jesus, através do qual se realizou o ato definitivo da salvação. Pedro compara duas situações: o tempo de Noé e o tempo dos cristãos. No tempo de Noé, foi salvo um pequeno grupo de justos, enquanto a maioria pereceu. Com a descida de Jesus à mansão dos mortos, também eles tiveram que se confrontar com o Evangelho. No tempo dos cristãos, igualmente existe um grupo menor de batizados (“salvo pela água”), e a maioria ainda não se converteu. Agora, o testemunho dos batizados deve fazer com que os não convertidos se confrontem com o Evangelho.

Evangelho - Marcos 1,12-15

12 E logo o Espírito impeliu Jesus para o deserto.
13 Aí esteve quarenta dias. Foi tentado pelo demônio e esteve em companhia dos animais selvagens. E os anjos o serviam.
14 Depois que João foi preso, Jesus dirigiu-se para a Galiléia. Pregava o Evangelho de Deus, e dizia:
15 "Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo; fazei penitência e crede no Evangelho."

Nota do Evangelho

12-13
A tentação no deserto resume os conflitos que Jesus vai experimentar em toda a sua vida. Deverá enfrentar o representante das forças do mal que escravizam os homens. E Deus o sustentará nessa luta.
14-15
São as primeiras palavras de Jesus: elas apresentam a chave para interpretar toda a sua atividade. Cumprimento: em Jesus, Deus se entrega totalmente. Não é mais tempo de esperar. É hora de agir. O Reino é o amor de Deus que provoca transformação radical da situação injusta que domina os homens. Está próximo: o Reino é dinâmico e está sempre crescendo. Conversão: a ação de Jesus exige mudança radical da orientação de vida. Acreditar na Boa Notícia: é aceitar o que Jesus realiza e empenhar-se com ele.

Edinólia Oliveira

O Reino do Homem contra o Reino de Deus
Eu escolhi esse tema por causa das grandes ofensas que vejo nas redes sociais e na mídia por fanatismo político de quem é direita e de quem é esquerda. Quem vai salvar o país. O que o povo quer realmente com todas essas ofensas e disputas por poder. Como depositar  e acreditar na palavra do homem que luta por um lugar na Presidência da República.  O seu reinado é liderar o dinheiro dos impostos. Quem paga realmente os impostos? É o povo ou os empresários. Quem é o Senhor e quem o escravo?
Aceitar que o reino de Deus está separado do Reino do homem é fugir do compromisso de batizado e ficar enclausurado em quatro paredes não resolve nada.
O Batizado tem que assumir a missão de Jesus Cristo como sua também; É falar da proposta de Deus através dos ensinamentos de Jesus Cristo.


domingo, 11 de fevereiro de 2018

A corrupção é uma lepra da sociedade


VI DOMINGO DO TEMPO COMUM  Ano B 11 de Fevereiro de 2018

 Leitura - 2 Reis 5,9-14

5 9 Naamã veio com seu carro e seus cavalos e parou à porta de Eliseu.
10 Este mandou-lhe dizer por um mensageiro: "Vai, lava-te sete vezes no Jordão e tua carne ficará limpa".
11 Naamã se foi, despeitado, dizendo: "Eu pensava que ele viria em pessoa, e, diante de mim, invocaria o Senhor, seu Deus, poria a mão no lugar infetado e me curaria da lepra.
12 Porventura os rios de Damasco, o Abana e o Farfar, não são melhores que todas as águas de Israel? Não me poderia eu lavar neles e ficar limpo?" E, voltando-se, retirou-se encolerizado.
13 Mas seus servos, aproximando-se dele, disseram-lhe: "Meu pai, mesmo que o profeta te tivesse ordenado algo difícil, não o deverias fazer? Quanto mais agora que ele te disse: ´Lava-te e serás curado´".
14 Naamã desceu ao Jordão e banhou-se ali sete vezes, como lhe ordenara o homem de Deus, e sua carne tornou-se tenra como a de uma criança.

Nota da 1ª Leitura

O único Deus que pode curar é Javé, e ele está ligado a um povo, a uma terra e a um projeto. A terra de Israel é sagrada, porque é a terra que Javé deu a seu povo, para realizar aí o projeto de vida. O Profeta realiza sinais que mostram a presença de Deus no meio do seu povo, o qual sofre as consequências de um sistema que causa mais opressão do que libertação. Uma das moças, escrava no estrangeiro, é capaz de ver esse Deus ultrapassando as fronteiras para curar e dar vida, enquanto o próprio rei de Israel desconhece o fato. Ao ser curado, o estrangeiro aprende que a vida é dom de Deus, e não objeto de troca. Por isso, reconhece que o único Deus é Javé. Giezi, que vive ao lado do profeta, não compreende essa gratuidade e procura tirar proveito para enriquecer-se, ganhando com isso a própria ruína. 

Salmo - 31/32

Sois, Senhor, para mim, alegria e refúgio.

Feliz o homem que foi perdoado
e cuja falta já foi encoberta!
Feliz o homem a quem o Senhor
não olha mais como sendo culpado
e em cuja alma não há falsidade!

Eu confessei, afinal, meu pecado
e minha falta vos fiz conhecer.
Disse: “Eu irei confessar meu pecado!”
E perdoastes, Senhor, minha falta.

Regozijai-vos, ó justos, em Deus,
e no Senhor exultai de alegria!
Corações retos, cantai jubilosos!

Nota do Salmo

Agradecimento pelo perdão recebido.
1-2:
Quando Deus cobre o pecado com  o perdão, o homem se sente liberto.
3-5
Quando, porém, o homem encobre seu próprio pecado, passa a experimentar como peso o sofrimento da culpa e até o próprio Deus.
6-7
Perdoado o salmista volta para a comunidade, que unida canta o perdão. A primeira instrução é que, após o pecado, se suplique a Deus sem perda de tempo.
8-9
Instrução sapiencial, talvez feita por um sacerdote. Na experiência do perdão, o pecador descobre o caminho de Deus, que é o amor que liberta e faz viver. O importante é não ser teimoso como animal selvagem, que precisa ser domado.
10-11
Lição e convite finais: ser injusto é ser insensato, porque a injustiça acarreta sofrimento, enquanto a conversão é fonte de alegria.

2ª Leitura - 1 Coríntios 10,31-11,1

10 31 Portanto, quer comais quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus.
32 Não vos torneis causa de escândalo, nem para os judeus, nem para os gentios, nem para a Igreja de Deus.
33 Fazei como eu: em todas as circunstâncias procuro agradar a todos. Não busco os meus interesses próprios, mas os interesses dos outros, para que todos sejam salvos.
1 Tornai-vos os meus imitadores, como eu o sou de Cristo.

Nota da 2ª Leitura

A interpretação individualista da liberdade não é cristã. O livre agir do cristão está submetido a valores maiores: a solidariedade comunitária e a responsabilidade pelo crescimento e amadurecimento comum de todos. Para atingir esses valores é que existe a liberdade.
A auto-suficiência e o fechamento egoísta criam uma falsa liberdade. E a liberdade cristã consiste em viver como filho de Deus e irmão dos outros. Dar glória a Deus é reconhecer que só Deus é absoluto. Ser irmão dos outros é viver a solidariedade para crescer junto. Paulo se apresenta como modelo a imitar, pois tem consciência de ser o “Evangelho vivo”, isto é, de viver na sua vida o próprio comportamento de Jesus.

Evangelho - Marcos 1,40-45

40 Aproximou-se de Jesus um leproso, suplicando-lhe de joelhos: "Se queres, podes limpar-me."
41 Jesus compadeceu-se dele, estendeu a mão, tocou-o e lhe disse: "Eu quero, sê curado."
42 E imediatamente desapareceu dele a lepra e foi purificado.
43 Jesus o despediu imediatamente com esta severa admoestação:
44 "Vê que não o digas a ninguém; mas vai, mostra-te ao sacerdote e apresenta, pela tua purificação, a oferenda prescrita por Moisés para lhe servir de testemunho."
45 Este homem, porém, logo que se foi, começou a propagar e divulgar o acontecido, de modo que Jesus não podia entrar publicamente numa cidade. Conservava-se fora, nos lugares despovoados; e de toda parte vinham ter com ele.

Nota do Evangelho

O leproso era marginalizado, devendo viver fora da cidade, longe do convívio social, por motivos higiênicos e religiosos (Lv 13, 45-46). Jesus fica irado contra uma sociedade que produz a marginalização. Por isso, o homem curado deve apresentar-se para dar testemunho contra um sistema que não cura, mas só declara quem pode ou não participar da vida social. O marginalizado agora se torna testemunho vivo, que anuncia Jesus, aquele que purifica. E Jesus está fora da cidade, lugar que se torna o centro de nova relação social: o lugar dos marginalizados é o lugar onde se pode encontrar Jesus.

Edinólia Oliveira

Eu escrevi esse tema que a corrupção é uma lepra da sociedade. Políticos corruptos roubam o suor sagrado do trabalhador e vai dar lucro em outro país enfraquecendo nossa nação. A Política corrupta e que escraviza o povo com um sistema ditador que gera a guerra e consequentemente a fome e muitas doenças que marginalizam o povo pobre.
Na Bíblia, Palavra de Deus viva nos orienta a viver na liberdade e nos dar a sabedoria para que tenhamos saúde perdoando nossos semelhantes e vivermos unidos num só amor; O amor de Deus que nos purifica de todos pecado.



domingo, 4 de fevereiro de 2018

Pastores Mercenários

5º Domingo do Tempo Comum Ano B
04 de fevereiro de 2018

1a Leitura - Jó 7,1-4.6-7

7 1 A vida do homem sobre a terra é uma luta, seus dias são como os dias de um mercenário.
2 Como um escravo que suspira pela sombra, e o assalariado que espera seu soldo,
3 assim também eu tive por sorte meses de sofrimento, e noites de dor me couberam por partilha.
4 Apenas me deito, digo: Quando chegará o dia? Logo que me levanto: Quando chegará a noite? E até a noite me farto de angústias.
5 Minha carne se cobre de podridão e de imundície, minha pele racha e supura.
6 Meus dias passam mais depressa do que a lançadeira, e se desvanecem sem deixar esperança.
7 Lembra-te de que minha vida nada mais é do que um sopro, de que meus olhos não mais verão a felicidade.

Nota da 1ª Leitura

A condição do doente é tão dolorosa, que o tempo parece arrastar-se lentamente. Por trás da impaciência esconde-se o anseio pela cura ou, se esta é impossível, pela libertação do sofrimento através da morte.

Salmo - 146/147

Louvai a Deus, porque ele é bom e conforta os corações.

Louvai a Deus, porque ele é bom, cantai ao nosso Deus, porque é suave:
ele é digno de louvor, ele o merece!
O Senhor reconstruiu Jerusalém
e os dispersos de Israel juntou de novo.

Ele conforta os corações despedaçados,
ele enfaixa suas feridas e as cura;
fixa o número de todas as estrelas
e chama a cada uma por seu nome.

É grande e onipotente o nosso Deus, 
seu saber não tem medida nem limites.
O Senhor Deus é o amparo dos humildes,
mas dobra até o chão os que são ímpios.

Nota do Salmo

Hino de louvor ao Deus que liberta e restaura a vida do seu povo.
1: Convite ao louvor
2-3
Motivos fundamentais: a volta do exílio e a reconstrução de Jerusalém.
4-11
Deus é o Senhor do universo, conduzindo o ritmo da natureza . É também o Senhor da história, onde realiza o julgamento para libertar os pobres. Sua exigência é que o povo reconheça como único Deus e confie no seu amor.
12-14
O novo convite é feito aos repatriados, que podem agora habitar tranquilos na cidade.
15-20
Síntese: Deus é o Senhor absoluto do universos e da história, que ele dirige com sua palavra.

2ª Leitura - 1 Coríntios 9,16-19.22-23

Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios.
9 16 Anunciar o Evangelho não é glória para mim; é uma obrigação que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho!
17 Se o fizesse de minha iniciativa, mereceria recompensa. Se o faço independentemente de minha vontade, é uma missão que me foi imposta.
18 Então em que consiste a minha recompensa? Em que, na pregação do Evangelho, o anuncio gratuitamente, sem usar do direito que esta pregação me confere.
19 Embora livre de sujeição de qualquer pessoa, eu me fiz servo de todos para ganhar o maior número possível.
22 Fiz-me fraco com os fracos, a fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, a fim de salvar a todos.
23 E tudo isso faço por causa do Evangelho, para dele me fazer participante.

Nota da 2ª Leitura

Paulo não reivindica nenhum direito. Não considera seu ministério como profissão, da qual poderia tirar proveito e prestígio, mas como missão, na qual o Senhor o empenhou pessoalmente. Paulo vive a liberdade radical, que o leva a tornar-se disponível e solidário para com todos.
Usando as imagens do atletismo e do pugilato, Paulo incentiva os cristãos a lutarem pela fé; e isso não pode ser feito sem séria disciplina.

Evangelho - Marcos 1,29-39

1 29 Assim que saíram da sinagoga, dirigiram-se com Tiago e João à casa de Simão e André.
30 A sogra de Simão estava de cama, com febre; e sem tardar, falaram-lhe a respeito dela.
31 Aproximando-se ele, tomou-a pela mão e levantou-a; imediatamente a febre a deixou e ela pôs-se a servi-los.
32 À tarde, depois do pôr-do-sol, levaram-lhe todos os enfermos e possessos do demônio. 33 Toda a cidade estava reunida diante da porta.
34 Ele curou muitos que estavam oprimidos de diversas doenças, e expulsou muitos demônios. Não lhes permitia falar, porque o conheciam.
35 De manhã, tendo-se levantado muito antes do amanhecer, ele saiu e foi para um lugar deserto, e ali se pôs em oração.
36 Simão e os seus companheiros saíram a procurá-lo.
37 Encontraram-no e disseram-lhe: "Todos te procuram."
38 E ele respondeu-lhes: "Vamos às aldeias vizinhas, para que eu pregue também lá, pois, para isso é que vim."
39 Ele retirou-se dali, pregando em todas as sinagogas e por toda a Galiléia, e expulsando os demônios.

Nota do Evangelho

29-34
Para os antigos, a febre era de origem demoníaca. Libertos do demônio, os homens podem levantar-se e pôr-se a serviço. Os demônios reconhecem que é Jesus, porque sentem que a palavra e ação dele ameaça o domínio que eles têm sobre o homem.
35-39
O deserto é ponto de partida para a missão. Aí Jesus encontra o Pai, que o envia para salvar os homens. Mas encontra também a tentação: Pedro sugere que Jesus aproveite a popularidade conseguida num dia. É o primeiro diálogo com  os discípulos, e já se nota tensão.

Edinólia Oliveira

Eu usei esse tema de hoje de uma crítica aos pastores. Generalizando todo líder religioso que visa em primeiro lugar o dinheiro e o poder. Jesus é totalmente o inverso de ter poder e dinheiro. A primeira proposta de Jesus é a cura. Uma cura física e mental e espiritual.

Os demônios são egoístas e dominam a fraqueza humana. Na obediência prática dos ensinamentos de Jesus Cristo, reconhecemos o valor de ser um missionário e propagar a verdadeira felicidade  e saúde mental aos seres humanos.