sexta-feira, 24 de novembro de 2017

O Reinado dos políticos.

34º Domingo - Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo do Tempo Comum
26 de Novembro de 2017
1ª Leitura - Ez 34,11-12.15-17
11Assim diz o Senhor Deus:
Vede! Eu mesmo vou procurar minhas ovelhas
e tomar conta deles.
12Como o pastor toma conta do rebanho, de dia,
quando se encontra no meio das ovelhas dispersas,
assim vou cuidar de minhas ovelhas e vou resgatá-las
de todos os lugares em que foram dispersadas
num dia de nuvens e escuridão.
15Eu mesmo vou apascentar as minhas ovelhas
e fazê-las repousar - oráculo do Senhor Deus - .
16Vou procurar a ovelha perdida, reconduzir a extraviada,
enfaixar a da perna quebrada,
fortalecer a doente, e vigiar a ovelha gorda e forte.
Vou apascentá-las conforme o direito.
17Quanto a vós, minhas ovelhas
- assim diz o Senhor Deus -
eu farei justiça entre uma ovelha e outra,
entre carneiros e bodes.
Palavra do Senhor.
Nota da 1ª Leitura
Liberto das autoridades que dele abusam, o povo pode reconhecer que a verdadeira autoridade é o próprio Deus, que projeta liberdade e vida para todos. Desse modo, nasce um novo discernimento político: o povo aprende que só poderá construir uma sociedade justa e fraterna quando souber escolher governantes que façam do projeto de Javé o alicerce do seu próprio projeto.
Salmo - Sl 22,1-2a.2b-3.5-6 (R.1)
R. O Senhor é o pastor que me conduz;
não me falta coisa alguma.

2Pelos prados e campinas verdejantes *
ele me leva a descansar.
Para as águas repousantes me encaminha, *
3e restaura as minhas forças.R.

5Preparais à minha frente uma mesa, *
bem à vista do inimigo,
e com óleo vós ungis minha cabeça; *
o meu cálice transborda.R.

6Felicidade e todo bem hóo de seguir-me *
por toda a minha vida;
e, na casa do Senhor, habitarei *
pelos tempos infinitos.R.
Nota do Salmo
Oração de confiança de uma pessoa perseguida que se refugiou no templo. O temas do Pastor e do anfritião recordam a marcha pelo deserto e pelo dom da terra. A segurança junto a Deus se expressa com da ovelha cuidada pelo pastor. Junto a Deus a pessoa adquire forças para enfrentar as situações mais adversas.
Asilado no Templo, o peregrino experimenta a hospitalidade de Deus, que o acolhe, ampara e defende dos inimigos. Essa atitude de Deus é modelo para todas as comunidades que se comprometem com o projeto dele.

2ª Leitura - 1Cor 15,20-26.28
Irmãos:
20Na realidade, Cristo ressuscitou dos mortos
como primícias dos que morreram.
21Com efeito, por um homem veio a morte e é também
por um homem que vem a ressurreição dos mortos.
22Como em Adão todos morrem,
assim também em Cristo todos reviverão.
23Porém, cada qual segundo uma ordem determinada:
Em primeiro lugar, Cristo, como primícias;
depois, os que pertencem a Cristo,
por ocasião da sua vinda.
24A seguir, será o fim,
quando ele entregar a realeza a Deus-Pai, depois
de destruir todo principado e todo poder e força.
25Pois é preciso que ele reine até que todos os seus
inimigos estejam debaixo de seus pés.
26O último inimigo a ser destruído é a morte.
28E, quando todas as coisas estiverem submetidas a ele,
então o próprio Filho se submeterá
àquele que lhe submeteu todas as coisas,
para que Deus seja tudo em todos.
Palavra do Senhor.
Nota da 2ª Leitura
Dois estados da humanidade se opõem: o pecado e a morte, dos quais Adão é o símbolo; a graça e a vida, realizadas em Cristo (cf. Rm 5,17-21). A partir do pecado, existem na sociedade forças e estruturas que invertem o destino humano, desagregando, pervertendo, e até mesmo levando os homens à morte. Cristo foi morto por esta estrutura, mas Deus o ressuscitou e lhe deu poder de destruí-las. Após vencer essas forças, também a morte será vencida; então o triunfo será definitivo. Unida a Cristo, a humanidade estará de novo submetida a Deus e o Reino de Deus se manifestará completamente.
Evangelho - Mt 25,31-46
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:
31Quando o Filho do Homem vier em sua glória,
acompanhado de todos os anjos,
então se assentará em seu trono glorioso.
32Todos os povos da terra serão reunidos diante dele,
e ele separará uns dos outros,
assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos.
33E colocará as ovelhas à sua direita
e os cabritos à sua esquerda.
34Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita:
`Vinde benditos de meu Pai!
Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou
desde a criação do mundo!
35Pois eu estava com fome e me destes de comer;
eu estava com sede e me destes de beber;
eu era estrangeiro e me recebestes em casa;
36eu estava nu e me vestistes;
eu estava doente e cuidastes de mim;
eu estava na prisão e fostes me visitar'.
37Então os justos lhe perguntarão:
`Senhor, quando foi que te vimos com fome
e te demos de comer?
com sede e te demos de beber?
38Quando foi que te vimos como estrangeiro
e te recebemos em casa,
e sem roupa e te vestimos?
39Quando foi que te vimos doente ou preso,
e fomos te visitar?'
40Então o Rei lhes responderá:
`Em verdade eu vos digo,
que todas as vezes que fizestes isso
a um dos menores de meus irmãos,
foi a mim que o fizestes!'
41Depois o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda:
`Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno,
preparado para o diabo e para os seus anjos.
42Pois eu estava com fome e não me destes de comer;
eu estava com sede e não me destes de beber;
43eu era estrangeiro e não me recebestes em casa;
eu estava nu e não me vestistes;
eu estava doente e na prisão e não fostes me visitar'.
44E responderão também eles:
`Senhor, quando foi que te vimos com fome, ou com sede,
como estrangeiro, ou nu, doente ou preso,
e não te servimos?'
45Então o Rei lhes responderá:
`Em verdade eu vos digo,
todas as vezes que não fizestes isso
a um desses pequeninos,
foi a mim que não o fizestes!'
46Portanto, estes irão para o castigo eterno,
enquanto os justos irão para a vida eterna'.
Palavra da Salvação.
Nota do Evangelho
Esta é a única cena dos Evangelhos que mostra qual será o conteúdo do juízo final. Os homens vão ser julgados pela fé que tiveram em Jesus. Fé que significa reconhecimento e compromisso com a pessoa concreta de Jesus. Porém, onde está Jesus? Está identificado com os pobres e oprimidos, marginalizados por uma sociedade baseada na riqueza e no poder. Por isso, o julgamento será sobre a realização ou não de uma prática de justiça em favor da libertação dos pobres e oprimidos. Esta é a prática central da fé, desde o início apresentado por Mateus como o cerne de toda atividade de Jesus: “cumprir toda justiça” (3,15). É a condição para participar da vida do Reino.
Nólia Oliveira
Vejam como é desafiador a proposta do Reinado de Jesus Cristo no meio de nós. No Juízo final as pessoas serão julgadas se forem misericordiosas com os pobres e estrangeiros. 2018 é um ano eleitoral, várias propostas que os políticos criam para se reelegerem, muitas promessas. Época propícia para se falar dos pobres. Vídeos e áudios sensacionais e que fazem chorar. Depois que conseguem se eleger começa a guerra por conquistar o máximo de dinheiro possível por que sabe que um dia vai deixar de ser político. A luta por poder  é sabendo que sendo pobre não vai poder os privilégios que um político eleito tem.
O pobre morre por falta de condições de comprar medicamentos e pagar os autos preços de uma cirurgia. Salários super valorizados de médicos, Juízes de Governantes. Quando se está no poder, eles não se lembram das promessas de Deus. Eles não acreditam na Bíblia. Através dos impostos eles vivem uma vida de Reis. Os ricos e pobres pagam impostos. A injustiça está bem visível no salário do trabalhador e no alto salário do Empregador. È Justo? Desvalorizar a vida e a saúde de um pobre trabalhador, enquanto um sempre com seus privilégios?
Mas Deus julga também quem não quer trabalhar.. e também julga que quer explorar.
Então o julgamento será para aqueles que são solidários para com os que não teve condições de trabalhar e se desenvolver e os que não sabem sobreviver.

A Proposta para se salvar é amparar e acolher os pobres.

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