sexta-feira, 24 de novembro de 2017

O Reinado dos políticos.

34º Domingo - Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo do Tempo Comum
26 de Novembro de 2017
1ª Leitura - Ez 34,11-12.15-17
11Assim diz o Senhor Deus:
Vede! Eu mesmo vou procurar minhas ovelhas
e tomar conta deles.
12Como o pastor toma conta do rebanho, de dia,
quando se encontra no meio das ovelhas dispersas,
assim vou cuidar de minhas ovelhas e vou resgatá-las
de todos os lugares em que foram dispersadas
num dia de nuvens e escuridão.
15Eu mesmo vou apascentar as minhas ovelhas
e fazê-las repousar - oráculo do Senhor Deus - .
16Vou procurar a ovelha perdida, reconduzir a extraviada,
enfaixar a da perna quebrada,
fortalecer a doente, e vigiar a ovelha gorda e forte.
Vou apascentá-las conforme o direito.
17Quanto a vós, minhas ovelhas
- assim diz o Senhor Deus -
eu farei justiça entre uma ovelha e outra,
entre carneiros e bodes.
Palavra do Senhor.
Nota da 1ª Leitura
Liberto das autoridades que dele abusam, o povo pode reconhecer que a verdadeira autoridade é o próprio Deus, que projeta liberdade e vida para todos. Desse modo, nasce um novo discernimento político: o povo aprende que só poderá construir uma sociedade justa e fraterna quando souber escolher governantes que façam do projeto de Javé o alicerce do seu próprio projeto.
Salmo - Sl 22,1-2a.2b-3.5-6 (R.1)
R. O Senhor é o pastor que me conduz;
não me falta coisa alguma.

2Pelos prados e campinas verdejantes *
ele me leva a descansar.
Para as águas repousantes me encaminha, *
3e restaura as minhas forças.R.

5Preparais à minha frente uma mesa, *
bem à vista do inimigo,
e com óleo vós ungis minha cabeça; *
o meu cálice transborda.R.

6Felicidade e todo bem hóo de seguir-me *
por toda a minha vida;
e, na casa do Senhor, habitarei *
pelos tempos infinitos.R.
Nota do Salmo
Oração de confiança de uma pessoa perseguida que se refugiou no templo. O temas do Pastor e do anfritião recordam a marcha pelo deserto e pelo dom da terra. A segurança junto a Deus se expressa com da ovelha cuidada pelo pastor. Junto a Deus a pessoa adquire forças para enfrentar as situações mais adversas.
Asilado no Templo, o peregrino experimenta a hospitalidade de Deus, que o acolhe, ampara e defende dos inimigos. Essa atitude de Deus é modelo para todas as comunidades que se comprometem com o projeto dele.

2ª Leitura - 1Cor 15,20-26.28
Irmãos:
20Na realidade, Cristo ressuscitou dos mortos
como primícias dos que morreram.
21Com efeito, por um homem veio a morte e é também
por um homem que vem a ressurreição dos mortos.
22Como em Adão todos morrem,
assim também em Cristo todos reviverão.
23Porém, cada qual segundo uma ordem determinada:
Em primeiro lugar, Cristo, como primícias;
depois, os que pertencem a Cristo,
por ocasião da sua vinda.
24A seguir, será o fim,
quando ele entregar a realeza a Deus-Pai, depois
de destruir todo principado e todo poder e força.
25Pois é preciso que ele reine até que todos os seus
inimigos estejam debaixo de seus pés.
26O último inimigo a ser destruído é a morte.
28E, quando todas as coisas estiverem submetidas a ele,
então o próprio Filho se submeterá
àquele que lhe submeteu todas as coisas,
para que Deus seja tudo em todos.
Palavra do Senhor.
Nota da 2ª Leitura
Dois estados da humanidade se opõem: o pecado e a morte, dos quais Adão é o símbolo; a graça e a vida, realizadas em Cristo (cf. Rm 5,17-21). A partir do pecado, existem na sociedade forças e estruturas que invertem o destino humano, desagregando, pervertendo, e até mesmo levando os homens à morte. Cristo foi morto por esta estrutura, mas Deus o ressuscitou e lhe deu poder de destruí-las. Após vencer essas forças, também a morte será vencida; então o triunfo será definitivo. Unida a Cristo, a humanidade estará de novo submetida a Deus e o Reino de Deus se manifestará completamente.
Evangelho - Mt 25,31-46
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:
31Quando o Filho do Homem vier em sua glória,
acompanhado de todos os anjos,
então se assentará em seu trono glorioso.
32Todos os povos da terra serão reunidos diante dele,
e ele separará uns dos outros,
assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos.
33E colocará as ovelhas à sua direita
e os cabritos à sua esquerda.
34Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita:
`Vinde benditos de meu Pai!
Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou
desde a criação do mundo!
35Pois eu estava com fome e me destes de comer;
eu estava com sede e me destes de beber;
eu era estrangeiro e me recebestes em casa;
36eu estava nu e me vestistes;
eu estava doente e cuidastes de mim;
eu estava na prisão e fostes me visitar'.
37Então os justos lhe perguntarão:
`Senhor, quando foi que te vimos com fome
e te demos de comer?
com sede e te demos de beber?
38Quando foi que te vimos como estrangeiro
e te recebemos em casa,
e sem roupa e te vestimos?
39Quando foi que te vimos doente ou preso,
e fomos te visitar?'
40Então o Rei lhes responderá:
`Em verdade eu vos digo,
que todas as vezes que fizestes isso
a um dos menores de meus irmãos,
foi a mim que o fizestes!'
41Depois o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda:
`Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno,
preparado para o diabo e para os seus anjos.
42Pois eu estava com fome e não me destes de comer;
eu estava com sede e não me destes de beber;
43eu era estrangeiro e não me recebestes em casa;
eu estava nu e não me vestistes;
eu estava doente e na prisão e não fostes me visitar'.
44E responderão também eles:
`Senhor, quando foi que te vimos com fome, ou com sede,
como estrangeiro, ou nu, doente ou preso,
e não te servimos?'
45Então o Rei lhes responderá:
`Em verdade eu vos digo,
todas as vezes que não fizestes isso
a um desses pequeninos,
foi a mim que não o fizestes!'
46Portanto, estes irão para o castigo eterno,
enquanto os justos irão para a vida eterna'.
Palavra da Salvação.
Nota do Evangelho
Esta é a única cena dos Evangelhos que mostra qual será o conteúdo do juízo final. Os homens vão ser julgados pela fé que tiveram em Jesus. Fé que significa reconhecimento e compromisso com a pessoa concreta de Jesus. Porém, onde está Jesus? Está identificado com os pobres e oprimidos, marginalizados por uma sociedade baseada na riqueza e no poder. Por isso, o julgamento será sobre a realização ou não de uma prática de justiça em favor da libertação dos pobres e oprimidos. Esta é a prática central da fé, desde o início apresentado por Mateus como o cerne de toda atividade de Jesus: “cumprir toda justiça” (3,15). É a condição para participar da vida do Reino.
Nólia Oliveira
Vejam como é desafiador a proposta do Reinado de Jesus Cristo no meio de nós. No Juízo final as pessoas serão julgadas se forem misericordiosas com os pobres e estrangeiros. 2018 é um ano eleitoral, várias propostas que os políticos criam para se reelegerem, muitas promessas. Época propícia para se falar dos pobres. Vídeos e áudios sensacionais e que fazem chorar. Depois que conseguem se eleger começa a guerra por conquistar o máximo de dinheiro possível por que sabe que um dia vai deixar de ser político. A luta por poder  é sabendo que sendo pobre não vai poder os privilégios que um político eleito tem.
O pobre morre por falta de condições de comprar medicamentos e pagar os autos preços de uma cirurgia. Salários super valorizados de médicos, Juízes de Governantes. Quando se está no poder, eles não se lembram das promessas de Deus. Eles não acreditam na Bíblia. Através dos impostos eles vivem uma vida de Reis. Os ricos e pobres pagam impostos. A injustiça está bem visível no salário do trabalhador e no alto salário do Empregador. È Justo? Desvalorizar a vida e a saúde de um pobre trabalhador, enquanto um sempre com seus privilégios?
Mas Deus julga também quem não quer trabalhar.. e também julga que quer explorar.
Então o julgamento será para aqueles que são solidários para com os que não teve condições de trabalhar e se desenvolver e os que não sabem sobreviver.

A Proposta para se salvar é amparar e acolher os pobres.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Quem é fiel?

33º Domingo do Tempo Comum Ano A 19/11/2017
1ª Leitura - Pr 31,10-13.19-20.30-31
Com habilidade trabalham as suas mãos.
10Uma mulher forte, quem a encontrará?
Ela vale muito mais do que as jóias.
11Seu marido confia nela plenamente,
e não terá falta de recursos.
12Ela lhe dá só alegria e nenhum desgosto,
todos os dias de sua vida.
13Procura ló e linho,
e com habilidade trabalham as suas mãos.
19Estende a mão para a roca e seus dedos seguram o fuso.
20Abre suas mãos ao necessitado
e estende suas mãos ao pobre.
30O encanto é enganador e a beleza é passageira;
a mulher que teme ao Senhor, essa sim, merece louvor.
31Proclamem o êxito de suas mãos,
e na praça louvem-na as suas obras!
Palavra do Senhor.
Nota da 1ª Leitura
Mais do que elogio a uma determinada esposa, o poema proclama a sabedoria personificada como esposa ideal, que leva o homem para a justiça, honra, prosperidade  e vida. É a companheira ideal para todos, homens e mulheres. Dessa forma a mulher fica livre das exigências desmedidas que a sociedade patriarcal e machista lhe impõe. 
Salmo - Sl 127,1-2.3.4-5 (R. 1a)
R. Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos!

1Feliz és tu se temes o Senhor*
e trilhas seus caminhos!
2Do trabalho de tuas mãos hás de viver,*
serás feliz, tudo irá bem!R.

3A tua esposa é uma videira bem fecunda*
no coração da tua casa;
os teus filhos são rebentos de oliveira*
ao redor de tua mesa.R.

4Será assim abençoado todo homem*
que teme o Senhor.
5O Senhor te abençoe de Sião,
cada dia de tua vida;*
para que vejas prosperar Jerusalém.R.
Nota do Salmo
Oração em estilo sapiencial ( sentença moral) sobre a felicidade do justo.
Temer a Deus consiste em reconhecer que só ele é Deus, e o homem não é Deus. Daí nasce a obediência à vontade de Deus, que abençoa e ensina o caminho da vida: trabalho honesto, amor matrimonial, paternidade e maternidade que partilham a vida.
Do ciclo familiar para todo o povo: da cidade da aliança Deus abençoa a todos, criando uma história de paz.
2ª Leitura - 1Ts 5,1-6
Que esse dia não vos surpreenda como um ladrão.
1Quanto ao tempo e à hora, meus irmãos,
não há por que vos escrever.
2Vós mesmos sabeis perfeitamente
que o dia do Senhor virá como ladrão, de noite.
3Quando as pessoas disserem: 'Paz e segurança!',
então de repente sobrevirá a destruição,
como as dores de parto sobre a mulher grávida.
E não poderão escapar.
4Mas vós, meus irmãos, não estais nas trevas, de modo
que esse dia vos surpreenda como um ladrão.
5Todos vós sois filhos da luz e filhos do dia.
Não somos da noite, nem das trevas.
6Portanto, não durmamos, como os outros,
mas sejamos vigilantes e sóbrios.
Palavra do Senhor.
Nota da 2ª Leitura
Saber com precisão a data da parusia de Cristo é desejo muito humano, porém fadado à frustração.Conforme a tradição cristã, só Deus Pai conhece o momento preciso: "Quanto a esse dia e hora , ninguém sabe nada, nem os anjos do céu, nem o Filho. Somente o Pai é que sabe". (Mc 13,32). Aos cristãos cabe esperar com espírito vigilante. 
Evangelho - Mt 25,14-30
Como foste fiel na administração de tão
pouco, vem participar de minha alegria.
Naquele tempo,
Jesus contou esta parábola a seus discípulos:
14Um homem ia viajar para o estrangeiro.
Chamou seus empregados e lhes entregou seus bens.
15A um deu cinco talentos,
a outro deu dois e ao terceiro, um;
a cada qual de acordo com a sua capacidade.
Em seguida viajou.
16O empregado que havia recebido cinco talentos
saiu logo,
trabalhou com eles, e lucrou outros cinco.
17Do mesmo modo, o que havia recebido dois
lucrou outros dois.
18Mas aquele que havia recebido um só,
saiu, cavou um buraco na terra,
e escondeu o dinheiro do seu patrão.
19Depois de muito tempo, o patrão voltou
e foi acertar contas com os empregados.
20O empregado que havia recebido cinco talentos
entregou-lhe mais cinco, dizendo:
`Senhor, tu me entregaste cinco talentos.
Aqui estão mais cinco que lucrei'.
21O patrão lhe disse: `Muito bem, servo bom e fiel!
como foste fiel na administração de tão pouco,
eu te confiarei muito mais.
Vem participar da minha alegria!'
22Chegou também o que havia recebido dois talentos,
e disse:
`Senhor, tu me entregaste dois talentos.
Aqui estão mais dois que lucrei'.
23O patrão lhe disse: `Muito bem, servo bom e fiel!
Como foste fiel na administração de tão pouco,
eu te confiarei muito mais.
Vem participar da minha alegria!'
24Por fim, chegou aquele que havia recebido um talento,
e disse: `Senhor, sei que és um homem severo,
pois colhes onde não plantaste
e ceifas onde não semeaste.
25Por isso fiquei com medo
e escondi o teu talento no chão.
Aqui tens o que te pertence'.
26O patrão lhe respondeu: `Servo mau e preguiçoso!
Tu sabias que eu colho onde não plantei
e que ceifo onde não semeei?
27Então devias ter depositado meu dinheiro no banco,
para que, ao voltar,
eu recebesse com juros o que me pertence.'
28Em seguida, o patrão ordenou:
`Tirai dele o talento e dai-o àquele que tem dez!
29Porque a todo aquele que tem
será dado mais, e terá em abundância,
mas daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado.
30Quanto a este servo inútil,
jogai-o lá fora, na escuridão.
Ali haverá choro e ranger de dentes!'
Palavra da Salvação.
Nota do Evangelho

Não basta está preparado, esperando passivamente a manifestação de Jesus. É preciso arriscar e lançar-se à ação, para que os dons recebidos frutifiquem e cresçam. Jesus confiou a comunidade cristã a revelação da vontade de Deus e a chave do Reino. No julgamento, ele pedirá contas por esse dom. A comunidade o repartiu e o fez crescer, ou escondeu dos homens?

sábado, 11 de novembro de 2017

Quem é sábio?

32º Domingo do Tempo Comum Ano A da Igreja Católica - 12/11/2017
1ª Leitura - Sb 6,12-16
A sabedoria é encontrada por aqueles que a procuram.
Leitura do Livro da Sabedoria 6,12-16
12A Sabedoria é resplandecente e sempre viçosa.
Ela é facilmente contemplada por aqueles que a amam,
e é encontrada por aqueles que a procuram.
13Ela até se antecipa,
dando-se a conhecer aos que a desejam.
14Quem por ela madruga não se cansará,
pois a encontrará sentada à sua porta.
15Meditar sobre ela é a perfeição da prudência;
e quem ficar acordado por causa dela
em breve há de viver despreocupado.
16Pois ela mesma sai à procura dos que a merecem,
cheia de bondade, aparece-lhes nas estradas
e vai ao seu encontro em todos os seus projetos.
Palavra do Senhor.
Nota da 1ª Leitura
A sabedoria é o bom senso que cresce e se aprofunda em meio a adversidade. No exercício continuo do discernimento sobre circunstâncias e situações. O desejo de aprender é o ponto de partida; o ponto de chagada ultrapassa a nossa vida, pois a perfeição da sabedoria é o próprio discernimento de Deus.

Salmo - Sl 62,2.3-4.5-6.7-8 (R. 2b)
R. A minh'alma tem sede de vós, e vos deseja, ó Senhor.

2Sois vós, ó Senhor, o meu Deus!*
Desde a aurora ansioso vos busco!
A minh'alma tem sede de vós,
minha carne também vos deseja,*
como terra sedenta e sem água!R.

3Venho, assim, contemplar-vos no templo,*
para ver vossa glória e poder.
4Vosso amor vale mais do que a vida:*
e por isso meus lábios vos louvam.R.

5Quero, pois vos louvar pela vida,*
e elevar para vós minhas mãos!
6A minh'alma será saciada,
como em grande banquete de festa;*
cantará a alegria em meus lábios.R.

7Penso em vós no meu leito, de noite,*
nas vigílias suspiro por vós!
8Para mim fostes sempre um socorro;*
de vossas asas à sombra eu exulto!R.
Nota do Salmo
Súplica de um levita exilado.
Longe do Templo, onde se manifesta a presença do  Deus da Aliança, o levita se sente privado do seu elemento vital.
Na esperança de voltar um dia a participar do louvor e banquetes rituais, o salmista reconhece que o amor de Deus vale mais do que a vida. Esta só tem sentido quando movida por esse amor.
Lembrança de Deus, no silêncio da noite. Mesmo longe do Templo e da terra prometida, o exilado sente a presença de Deus que lhe sustenta o ânimo. Tratas-se de uma presença muito especial: a ausência sentida.
Os inimigos são os de portadores. A mensão do rei, talvez Sedecias, faz pensar que o salmista teria sido deportado em 597 a.C. 


2ª Leitura - 1Ts 4,13-18
Deus trará de volta, com Cristo, os que
através dele entraram no sono da morte.
Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses 4,13-18
13Irmãos, não queremos deixar-vos na incerteza
a respeito dos mortos,
para que não fiqueis tristes
como os outros, que não têm esperança.
14Se Jesus morreu e ressuscitou - e esta é nossa fé -
de modo semelhante Deus trará de volta, com Cristo,
os que através dele entraram no sono da morte.
15Isto vos declaramos, segundo a palavra do Senhor:
nós que formos deixados com vida para a vinda do Senhor
não levaremos vantagem em relação aos que morreram.
16Pois o Senhor mesmo, quando for dada a ordem,
à voz do arcanjo e ao som da trombeta,
descerá do céu
e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.
17Em seguida, nós que formos deixados com vida
seremos arrebatados com eles nas nuvens,
para o encontro com o Senhor, nos ares.
E assim estaremos sempre com o Senhor.
18Exortai-vos, pois, uns aos outros,
com estas palavras.
Palavra do Senhor.


Evangelho - Mt 25,1-13
O noivo está chegando. Ide ao seu encontro.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 25,1-13
Naquele tempo,
disse Jesus, a seus discípulos, esta parábola:
1'O Reino dos Céus é como a história das dez jovens
que pegaram suas lâmpadas de óleo
e saíram ao encontro do noivo.
2Cinco delas eram imprevidentes,
e as outras cinco eram previdentes.
3As imprevidentes pegaram as suas lâmpadas,
mas não levaram óleo consigo.
4As previdentes, porém, levaram vasilhas com óleo
junto com as lâmpadas.
5O noivo estava demorando
e todas elas acabaram cochilando e dormindo.
6No meio da noite, ouviu-se um grito:
`O noivo está chegando. Ide ao seu encontro!'
7Então as dez jovens se levantaram
e prepararam as lâmpadas.
8As imprevidentes disseram às previdentes:
`Dai-nos um pouco de óleo,
porque nossas lâmpadas estão se apagando.'
9As previdentes responderam:
`De modo nenhum,
porque o óleo pode ser insuficiente
para nós e para vós.
É melhor irdes comprar aos vendedores'.
10Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou,
e as que estavam preparadas
entraram com ele para a festa de casamento.
E a porta se fechou.
11Por fim, chegaram também as outras jovens e disseram:
`Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!'
12Ele, porém, respondeu:
`Em verdade eu vos digo: Não vos conheço!'
13Portanto, ficai vigiando,
pois não sabeis qual será o dia, nem a hora.
Palavra da Salvação.

Nota do Evangelho
Nesta parábola, o noivo é Jesus, que que virá no fim da história. As virgens representam as comunidades cristãs, que devem sempre está preparadas para o encontro com o Senhor, mediante a prática da justiça (o óleo). 



sábado, 4 de novembro de 2017

Quem é Santo?

31º Domingo do Tempo Comum - Solenidade de Todos os Santos

Primeira Leitura (Ap 7,2-4.9-14)
Leitura do Livro do Apocalipse de São João:
Eu, João, 2vi um outro anjo, que subia do lado onde nasce o sol. Ele trazia a marca do Deus vivo e gritava, em alta voz, aos quatro anjos que tinham recebido o poder de danificar a terra e o mar, dizendo-lhes: 3“Não façais mal à terra, nem ao mar, nem às árvores, até que tenhamos marcado na fronte os servos do nosso Deus”.
4Ouvi então o número dos que tinham sido marcados: eram cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel.
9Depois disso, vi uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas, e que ninguém podia contar. Estavam de pé diante do trono e do Cordeiro; trajavam vestes brancas e traziam palmas na mão. 10Todos proclamavam com voz forte: “A salvação pertence ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro”.
11Todos os anjos estavam de pé, em volta do trono e dos Anciãos, e dos quatro Seres vivos, e prostravam-se, com o rosto por terra, diante do trono. E adoravam a Deus, dizendo: 12“Amém. O louvor, a glória e a sabedoria, a ação de graças, a honra, o poder e a força pertencem ao nosso Deus para sempre. Amém”. 13E um dos Anciãos falou comigo e perguntou: “Quem são esses vestidos com roupas brancas? De onde vieram?”14Eu respondi: “Tu é que sabes, meu senhor”.
E então ele me disse: “Esses são os que vieram da grande tribulação. Lavaram e alvejaram as suas roupas no sangue do Cordeiro”.
- Palavra do Senhor.
Nota da 1ª Leitura
O aspecto positivo do grande Dia é a salvação. O povo de Deus (doze tribos) é protegido no julgamento (os Anjos seguram os quatro ventos). A marca na fronte é o sinal da salvação e da pertença a Deus. O povo de Deus é apresentado como o Israel total e perfeito (12 x 12 x 1.000 = 144.000). é um povo incontável (v. 9), porque a salvação está aberta para todos os homens (gente de todas as nações, tribos, povos e línguas).
O povo de Deus reconhece que a salvação vem de Deus e do Cordeiro. Não são as coisas e nem os homens absolutizados que salvam. Unido aos anjos e à criação, o povo de Deus adora a Deus e reconhece que a plenitude do louvor pertence somente a Deus.

Responsório (Sl 23)
— É assim a geração dos que procuram o Senhor!
— Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra,/ o mundo inteiro com os seres que o povoam;/ porque ele a tornou firme sobre os mares,/ e sobre as águas a mantém inabalável.
— “Quem subirá até o monte do Senhor,/ quem ficará em sua santa habitação?”/ “Quem tem mãos puras e inocente coração,/ quem não dirige sua mente para o crime.
— Sobre este desce a bênção do Senhor/ e a recompensa de seu Deus e Salvador”./ “É assim a eração dos que o procuram,/ e do Deus de Israel buscam a face”.
Nota do Salmo
Procissão que termina com diálogo litúrgico na porta de Jerusalém, para celebrar a conquista da cidade (cf. 2Sm 5,6-10). A presença de Javé é simbolizada pela Arca da Aliança.
Talvez um cântico durante a procissão.
Pergunta e resposta sobre as condições para entrar na cidade de Javé. Cf. Sl 15 e nota.
Diálogo diante da porta da cidade, entre a procissão que chega e um grupo que fica no alto das muralhas, representação dos jebuseus, antigos moradores da cidade.

Segunda Leitura (1Jo 3,1-3)
Leitura da Primeira Carta de São João:
Caríssimos: 1Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos! Se o mundo não nos conhece, é porque não conheceu o Pai.
2Caríssimos, desde já somos filhos de Deus, mas nem sequer se manifestou o que seremos! Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é. 3Todo o que espera nele purifica-se a si mesmo, como também ele é puro.
- Palavra do Senhor.
Nota da 2ª Leitura
O dom do Espírito nas pessoas a contínua memória e compreensão sobre a pessoa de Jesus (cf. Jo 14,26). É o Espírito, portanto, que gera fé em Jesus e fé é compromisso que produz vida nova. Essa vida, porém, não se traduz apenas por um conhecimento intelectual, mas pela prática do mandamento do amor, que não significa apenas amar com sentimento e com afeto, mas através de ações concretas que provocam a vida e a liberdade dos irmãos. A prática do amor não tem limites, pois devemos amar como Jesus amou: assim como ele foi até o fim dando sua vida por nós, também nós devemos dar a vida pelos irmãos. O Evangelho não pede que sejamos perfeitos para depois amar; pede-nos, sim, que amemos concretamente, certos de que Deus é maior do que a nossa consciência e compreende e perdoa todas as nossas imperfeições.

Anúncio do Evangelho (Mt 5,1-12a)
Naquele tempo, 1vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, 2e Jesus começou a ensiná-los:
3“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.
4Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados.
5Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra.
6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
7Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
8Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
9Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.
10Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus! 11Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. 12aAlegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus”.
— Palavra da Salvação.
Nota do Evangelho
As bem-aventuranças são o anúncio da felicidade, porque proclamam a libertação, e não o conformismo ou a alienação. Elas anunciam a vinda do Reino através da palavra e ação de Jesus. Estas tornam presente no mundo a justiça do próprio Deus. Justiça para aqueles que são inúteis ou incômodos para uma estrutura de sociedade baseada na riqueza que explora e no poder que oprime.
Os que buscam a justiça do Reino são os “pobres em espírito.” Sufocados no seu anseio pelos valores que a sociedade injusta rejeita, esses pobres estão profundamente convictos de que eles tem necessidade de Deus, pois só com Deus esses valores podem vigorar, surgindo assim uma nova sociedade.