Mas o que sinto falta é de tudo o que é seu e que me faz falta.
Sinto falta de minhas faltas que em você não faltam.
Sinto falta do que eu gostaria de ser e que você ja é.
Estranho jeito de carecer, de parecer amor.
Hoje, neste ímpeto de honestidade que me faz dizer, eu descobrir minhas carências inconfessáveis que insisto em manter veladas.
Acessei o baú de minhas razões inconscientes e descobrir um motivo para não continuar mentindo.
Hoje eu quero lhe confessar o meu não amor, mesmo que pareça ser.
Eu não tenho o direito de adentrar o seu território com o objetivo de lhe roubar a escritura.
Amor só vale a pena se for para ampliar o que ja temos.
Você era melhor antes de mim, e só agora posso ver.
Nessa vida de fachadas tão atraentes e fascinantes; nestes tempos de retiradas e retirantes, sequestrados e sequestradores, a gente corre o risco de não saber exatamente quem somos. Mas o tempo de saber ja chegou.
Não quero mais conviver com o meu lado obscuro, e, por isso, ouso direcionar meus braços na direção da dose de honestidade que hoje me cabe.
Hoje quero lhe confessar o meu egoísmo. Quem sabe assim eu possa ainda que por um isntante amar você de verdade.
Perdoe-me se meu amor chegou tarde demais, se meu querer bem é inoportuno e em hora errada.
É que hoje eu quero lhe confessar meu desatino, meu segredo tão desconsertante: ao dizer que sinto falta de você.
Eu sinto falta é de mim mesmo.
Pe.Fábio de Mello
QUEM ME ROUBOU DE MIM?
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